Jornal Ecos entrevista o divulgador e editor Douglas Lara
Jornal'Ecos: Douglas: Você nasceu em Sorocaba, uma grande cidade paulista, a origem de sua família é de Sorocaba mesmo?
Douglas: Vânia, que bom conversar contigo. Sim, nasci em Sorocaba em 24 de janeiro de 1938 que aproximadamente 70 anos atrás era uma cidade média do interior do estado de São Paulo, ficando a 90 quilômetros da capital.
Penso que não existia melhor lugar para nascer. A vida em Sorocaba era de pessoas ordeiras e do bem, amigas e nasci do casamento de minha mãe Victoria (com seis irmãos) e Ramon Lara Rodrigues (que também tinha seis irmãos). Meus pais foram morar com meus avós maternos Elias Salum e Henriqueta Dias Salum numa casa enorme com muita gente no centro de Sorocaba). Todos trabalhavam e vivíamos alegras e muito felizes.
Conheci e convivi durante muitos anos com minha avó Henriqueta que quando casei-me e tive meu primeiro filho, o Douglas Junior foi morar conosco em São Paulo, cidade que mudei-me em 1958 para fazer vestibular na faculdade de economia na USP.
Meus avós paternos foram imigrantes espanhóis que trouxeram 6 filhos primeiro para a Argentina onde nasceu em Buenos Aires e posteriormente decidiram imigrar para o Brasil na época com 7 filhos.
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Jornal'Ecos: Como transcorreu sua infância? Tem alguma recordação de algum fato que o marcou com ênfase?
Douglas: Minha infância foi muito alegre e divertida no meio de muitos tios e primos.
Meu único irmão, o Dorival nasceu quando eu já tinha 7 anos de idade o que fez com que meus pais tivessem dois filhos únicos, dos mesmos pais.
Morava com minha vó e bisavó.
Como era comum na época, aos treze anos fui trabalhar com meus tios que tinham uma pequena manufatura de sapatos ... meu primeiro salário foi um dicionário de português.
Ai você pode ver que meus tios tinham sensibilidade e perceberam que teria que estudar muito a língua pátria.
Quando criança tudo era permitido, exceto não estudar.
E Sorocaba, chamada terra das escolas e das indústrias oferecia para todos seus moradores trabalho e estudo.
Vânia, agora irei contar um pouco de minhas peraltices.
Na minha infância, saia muito com meus tios que tinham 14 anos ou mais portanto moleques.
Uma das coisas que mais gostávamos de fazer era nadar no rio Sorocaba, que ficava bem próximo de onde morávamos.
Quem conhece Sorocaba sabe que o rio passa no centro da cidade ...
Jornal'Ecos: Douglas: Você nasceu em Sorocaba, uma grande cidade paulista, a origem de sua família é de Sorocaba mesmo?
Douglas: Vânia, que bom conversar contigo. Sim, nasci em Sorocaba em 24 de janeiro de 1938 que aproximadamente 70 anos atrás era uma cidade média do interior do estado de São Paulo, ficando a 90 quilômetros da capital.
Penso que não existia melhor lugar para nascer. A vida em Sorocaba era de pessoas ordeiras e do bem, amigas e nasci do casamento de minha mãe Victoria (com seis irmãos) e Ramon Lara Rodrigues (que também tinha seis irmãos). Meus pais foram morar com meus avós maternos Elias Salum e Henriqueta Dias Salum numa casa enorme com muita gente no centro de Sorocaba). Todos trabalhavam e vivíamos alegras e muito felizes.
Conheci e convivi durante muitos anos com minha avó Henriqueta que quando casei-me e tive meu primeiro filho, o Douglas Junior foi morar conosco em São Paulo, cidade que mudei-me em 1958 para fazer vestibular na faculdade de economia na USP.
Meus avós paternos foram imigrantes espanhóis que trouxeram 6 filhos primeiro para a Argentina onde nasceu em Buenos Aires e posteriormente decidiram imigrar para o Brasil na época com 7 filhos.
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Jornal'Ecos: Como transcorreu sua infância? Tem alguma recordação de algum fato que o marcou com ênfase?
Douglas: Minha infância foi muito alegre e divertida no meio de muitos tios e primos.
Meu único irmão, o Dorival nasceu quando eu já tinha 7 anos de idade o que fez com que meus pais tivessem dois filhos únicos, dos mesmos pais.
Morava com minha vó e bisavó.
Como era comum na época, aos treze anos fui trabalhar com meus tios que tinham uma pequena manufatura de sapatos ... meu primeiro salário foi um dicionário de português.
Ai você pode ver que meus tios tinham sensibilidade e perceberam que teria que estudar muito a língua pátria.
Quando criança tudo era permitido, exceto não estudar.
E Sorocaba, chamada terra das escolas e das indústrias oferecia para todos seus moradores trabalho e estudo.
Vânia, agora irei contar um pouco de minhas peraltices.
Na minha infância, saia muito com meus tios que tinham 14 anos ou mais portanto moleques.
Uma das coisas que mais gostávamos de fazer era nadar no rio Sorocaba, que ficava bem próximo de onde morávamos.
Quem conhece Sorocaba sabe que o rio passa no centro da cidade ...
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Jornal'Ecos: Douglas, explique um pouco mais isso e como seus pais controlavam estas peraltices de menino?
Douglas: Vânia, meu pai tinha um método infalível que era o de verificar minhas orelhas ao chegar do trabalho ... muito simples amiga ... as orelhas de quem vai nadar ficam brilhantes. Só que tinha como advogados de defesa, minha mãe, avó e bisavó, tios e tias que moravam sob o mesmo teto para defender o pequeno sobrinho, filho, neto e bisneto.
Recordo bem e agora conto para meu neto que eu era uma menino traquino que costumava perturbar os jogadores e torcedores nos jogos de várzea.
Recordo-me como se fosse hoje uma passagem no qual um jogador saiu do campo e veio para meu lado para me bater ... e iria bater se não fossem meus tios que pediram para ele deixar o 'moleque' em paz, ele é apenas uma criança ... rindo
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Jornal'Ecos: Que faziam seus pais?
Douglas: Meu pai, Ramon Lara Rodrigues, era carpinteiro da Estrada de Ferro Sorocabana e minha mãe, Victória Salum Lara era tecelã na fabrica de tecidos Votorantim onde permaneceu durante uns quinze anos quando passou apenas a fazer os deveres domésticos e posteriormente cuidar de uma loja de calçados que eles tinham no centro de Sorocaba na rua Barão do Rio Branco.
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Jornal'Ecos: Parece-me que você exerceu cargos em que liderava as ciências exatas, já naquela época se interessava pela literatura?
Douglas: Cursei contabilidade após terminar o ginásio, na OSE - Organização Sorocabana de Ensino vindo a concluir em 1957 e a literatura que conhecia estava relacionada com os estudos que era forçado para passar de ano.
Em 1957, um pouco depois da instalação da faculdade de medicina em Sorocaba decidi com apoio de meus pais preparar-me para o vestibular na USP. Ai tive a oportunidade de conhecer a literatura suficiente para o exame, tendo conhecido a escrita de Erico Veríssimo, Jorge Amado, Graciliano Ramos e outros autores que eram presença constante nas re;ações de livros que tínhamos que estudar para o exame de português.
Ao entrar na faculdade tive que ir trabalhar pois meus pais não tinham condições de manter um filho adulto, dentro dos padrões brasileiros apenas estudando.
E meu trabalho foi direcionado para trabalhos onde a contabilidade a a matemática financeira eram mais importante.
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Jornal'Ecos: Gostava de ler e tem algum autor que leu com mais persistência?
Douglas: Tomei gosto pela leitura e principalmente pelos autores citados e outros importados que faziam sucesso na época, como Dale Carnegie ... do como vencer na vida e como fazer amigos que hoje são chamados de auto ajuda.
Comecei a ser influenciado pelas mocinhas colegas de escola e aprendi um pouco de poesia e literatura mais para não 'fazer feio' no meio dos jovens da época.
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Jornal'Ecos: Quando começou a navegar já escrevia alguns textos e os divulgava?
Douglas: Colocava apensa alguns pensamentos e citações, mesmo sem base arriscava.
Durante muitos anos usei um 'lema', toda decisão é uma solução intermediária.
Isto tem muita verdade hoje no episódio da disputa do gás com a Bolívia, os dirigentes dos vários paises envolvidos não sustentam em pé o que falaram quando estavam sentados, desculpe Vânia ocupar seu espaço para um pequeno desabafo.
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Jornal'Ecos: Qual foi a primeira antologia organizada por você e de que forma aconteceu?
Douglas: Onze Autores da Web, atendendo solicitação de uma amiga de Jacareí na base de vamos escrever um livro juntos.
Deveria serem dez, porém a idéia foi um sucesso entre os internautas que terminamos em onze.
Dos onze apenas o Adhemar Molon permaneceu em todas antologias que organizei e sempre falo em tom jocoso que ele escreve mais rápido que podemos ler. E, ele não deixou de comparecer em nenhum dos lançamentos. É o que chamamos de 'amigãó de todas as horas'.
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Jornal'Ecos: Como realmente você faz para conciliar as notícias o trabalho de divulgação e a organização das antologias?
Douglas: Tenho muito tempo, tenho todos os dias e apenas uma ou duas antologias por ano.
A antologia fixa é sempre lançada na ultima quinta feira de julho de cada ano.
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Jornal'Ecos: Poderia falar algo sobre os anseios dos escritores que se reúnem nas coletâneas?
Douglas: As antologias são as tribunas onde cada um escreve o que quer sem censura de tema ou de assunto. É como uma conversa entre amigos onde cada um perpetua no papel o que pensa e como escreve e expõe suas idéias e ideais.
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Jornal'Ecos: E esse interessante trabalho tem realizado suas expectativas?
Douglas: Acredito ter conseguido atender as expectativas dos autores e poetas que participam da coletâneas o que é nosso objetivo e para isso conto com o suporte e respaldo seu e do Mylton Ottoni.
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Jornal'Ecos: Atualmente qual o trabalho no qual está se empenhando?
Douglas: No Roda Mundo 2006, na segunda edição da semana do escritor e na antologia dos escritores do Jornalecos todos já com data marcada de lançamento.
Diariamente edito um jornal eletrônico 'Acontece em Sorocaba, no qual tento trazer noticias de interesse para amigos internautas.
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Jornal'Ecos: Algum sonho a realizar?
Douglas: Nada em particular, apenas saúde para continuar ajudando quem me procura e desejo de ser procurado bastante para ser útil dentro de minhas possibilidades.
Estou realizando um sonho em poder ser entrevistado por escritora experiente e podendo contar algumas coisas que parecem causos misturado com a verdade.
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Douglas: Vânia, meu pai tinha um método infalível que era o de verificar minhas orelhas ao chegar do trabalho ... muito simples amiga ... as orelhas de quem vai nadar ficam brilhantes. Só que tinha como advogados de defesa, minha mãe, avó e bisavó, tios e tias que moravam sob o mesmo teto para defender o pequeno sobrinho, filho, neto e bisneto.
Recordo bem e agora conto para meu neto que eu era uma menino traquino que costumava perturbar os jogadores e torcedores nos jogos de várzea.
Recordo-me como se fosse hoje uma passagem no qual um jogador saiu do campo e veio para meu lado para me bater ... e iria bater se não fossem meus tios que pediram para ele deixar o 'moleque' em paz, ele é apenas uma criança ... rindo
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Jornal'Ecos: Que faziam seus pais?
Douglas: Meu pai, Ramon Lara Rodrigues, era carpinteiro da Estrada de Ferro Sorocabana e minha mãe, Victória Salum Lara era tecelã na fabrica de tecidos Votorantim onde permaneceu durante uns quinze anos quando passou apenas a fazer os deveres domésticos e posteriormente cuidar de uma loja de calçados que eles tinham no centro de Sorocaba na rua Barão do Rio Branco.
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Jornal'Ecos: Parece-me que você exerceu cargos em que liderava as ciências exatas, já naquela época se interessava pela literatura?
Douglas: Cursei contabilidade após terminar o ginásio, na OSE - Organização Sorocabana de Ensino vindo a concluir em 1957 e a literatura que conhecia estava relacionada com os estudos que era forçado para passar de ano.
Em 1957, um pouco depois da instalação da faculdade de medicina em Sorocaba decidi com apoio de meus pais preparar-me para o vestibular na USP. Ai tive a oportunidade de conhecer a literatura suficiente para o exame, tendo conhecido a escrita de Erico Veríssimo, Jorge Amado, Graciliano Ramos e outros autores que eram presença constante nas re;ações de livros que tínhamos que estudar para o exame de português.
Ao entrar na faculdade tive que ir trabalhar pois meus pais não tinham condições de manter um filho adulto, dentro dos padrões brasileiros apenas estudando.
E meu trabalho foi direcionado para trabalhos onde a contabilidade a a matemática financeira eram mais importante.
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Jornal'Ecos: Gostava de ler e tem algum autor que leu com mais persistência?
Douglas: Tomei gosto pela leitura e principalmente pelos autores citados e outros importados que faziam sucesso na época, como Dale Carnegie ... do como vencer na vida e como fazer amigos que hoje são chamados de auto ajuda.
Comecei a ser influenciado pelas mocinhas colegas de escola e aprendi um pouco de poesia e literatura mais para não 'fazer feio' no meio dos jovens da época.
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Jornal'Ecos: Quando começou a navegar já escrevia alguns textos e os divulgava?
Douglas: Colocava apensa alguns pensamentos e citações, mesmo sem base arriscava.
Durante muitos anos usei um 'lema', toda decisão é uma solução intermediária.
Isto tem muita verdade hoje no episódio da disputa do gás com a Bolívia, os dirigentes dos vários paises envolvidos não sustentam em pé o que falaram quando estavam sentados, desculpe Vânia ocupar seu espaço para um pequeno desabafo.
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Jornal'Ecos: Qual foi a primeira antologia organizada por você e de que forma aconteceu?
Douglas: Onze Autores da Web, atendendo solicitação de uma amiga de Jacareí na base de vamos escrever um livro juntos.
Deveria serem dez, porém a idéia foi um sucesso entre os internautas que terminamos em onze.
Dos onze apenas o Adhemar Molon permaneceu em todas antologias que organizei e sempre falo em tom jocoso que ele escreve mais rápido que podemos ler. E, ele não deixou de comparecer em nenhum dos lançamentos. É o que chamamos de 'amigãó de todas as horas'.
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Jornal'Ecos: Como realmente você faz para conciliar as notícias o trabalho de divulgação e a organização das antologias?
Douglas: Tenho muito tempo, tenho todos os dias e apenas uma ou duas antologias por ano.
A antologia fixa é sempre lançada na ultima quinta feira de julho de cada ano.
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Jornal'Ecos: Poderia falar algo sobre os anseios dos escritores que se reúnem nas coletâneas?
Douglas: As antologias são as tribunas onde cada um escreve o que quer sem censura de tema ou de assunto. É como uma conversa entre amigos onde cada um perpetua no papel o que pensa e como escreve e expõe suas idéias e ideais.
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Jornal'Ecos: E esse interessante trabalho tem realizado suas expectativas?
Douglas: Acredito ter conseguido atender as expectativas dos autores e poetas que participam da coletâneas o que é nosso objetivo e para isso conto com o suporte e respaldo seu e do Mylton Ottoni.
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Jornal'Ecos: Atualmente qual o trabalho no qual está se empenhando?
Douglas: No Roda Mundo 2006, na segunda edição da semana do escritor e na antologia dos escritores do Jornalecos todos já com data marcada de lançamento.
Diariamente edito um jornal eletrônico 'Acontece em Sorocaba, no qual tento trazer noticias de interesse para amigos internautas.
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Jornal'Ecos: Algum sonho a realizar?
Douglas: Nada em particular, apenas saúde para continuar ajudando quem me procura e desejo de ser procurado bastante para ser útil dentro de minhas possibilidades.
Estou realizando um sonho em poder ser entrevistado por escritora experiente e podendo contar algumas coisas que parecem causos misturado com a verdade.
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Jornal'Ecos: Douglas agradeço ter aceito meu convite e o espaço é todo seu. Quer deixar algum recado aos seus leitores e àqueles que lhe procuram para a divulgação de seus textos literários? Parabéns pelo seu brilhante e belo trabalho.
Douglas: Sou uma pessoa feliz e realizada e considero estar nesta vida para ajudar.
Obrigado e votos de felicidades a todos escritores e editores do Jornalecos e principalmente você, Vânia querida que me acompanha durante alguns anos.
Fonte:
Vania Moreira Diniz. Jornal'Ecos da Literatura Lusófona - 10 de Maio de 2006 - Edição N°40
http://www.jornalecos.net/entrevistalara.htm
Douglas: Sou uma pessoa feliz e realizada e considero estar nesta vida para ajudar.
Obrigado e votos de felicidades a todos escritores e editores do Jornalecos e principalmente você, Vânia querida que me acompanha durante alguns anos.
Fonte:
Vania Moreira Diniz. Jornal'Ecos da Literatura Lusófona - 10 de Maio de 2006 - Edição N°40
http://www.jornalecos.net/entrevistalara.htm
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