A poesia, ao contrário do que pensam muitos desavisados, e outros tantos que acreditam poder ostentar impunemente o título de poeta, a poesia não é fácil, nem admite facilidades. E, como diz Kaváfis, cidadão da Cidade dos Poetas não constitui pouca nem pequena glória, mas muito poucos são admitidos em sua ágora. E nem lhe importam a fama adjetiva, a premiação bajuladora, ou a constituição de bandos literários, que visam, o mais das vezes, a mera promoção pessoal. Com esses, a Arte Poética é implacável . Com o tempo, percebem que quanto mais caminharam mais se distanciaram do tanto que desejavam. E Vênus sequer se digna conceder-lhes saber de suas presenças.
Este, e é bom que se diga, não é absolutamente o caso de Flávio Rubens. Sua poesia é feita do mesmo aço nobre que forjou as espadas dos guerreiros romanescos, sua palavra possui a exatidão dos dardos de Diana, seus temas alcançam profundidades inexploradas. E que prazer, então, na sua leitura!
O poeta é substantivo e viril, sem deixar perder os sons da lira órfica, sem descuidar a dupla face apolínea e dionisíaca. Enganam-se os maniqueistas apressados quando opõem Apolo a Dionísio, o que é tão comum hoje em dia, que se renega o pensamento em prol de uma ação cada vez mais particularizada e tecnicista. Os gregos nunca levaram tal distinção a sério. Pois há o prazer solar , tanto quanto o sol do prazer, sem contar as noites de hécate, outra face apolínea. E isto é Flávio Rubens. Em A carne e o Aval, por exemplo. Poema corajoso no tema. preciso no verso, implacável na definição do tipo, sensível e humano, até solidário, perante a grandeza poética de sua personagem. Assim é Flávio Rubens.
A quem muito ainda se poderia louvar.
Fonte:
Artigo de Paulo Bauler. In http://www.geocities.com/livronline/flaviorubens/
Este, e é bom que se diga, não é absolutamente o caso de Flávio Rubens. Sua poesia é feita do mesmo aço nobre que forjou as espadas dos guerreiros romanescos, sua palavra possui a exatidão dos dardos de Diana, seus temas alcançam profundidades inexploradas. E que prazer, então, na sua leitura!
O poeta é substantivo e viril, sem deixar perder os sons da lira órfica, sem descuidar a dupla face apolínea e dionisíaca. Enganam-se os maniqueistas apressados quando opõem Apolo a Dionísio, o que é tão comum hoje em dia, que se renega o pensamento em prol de uma ação cada vez mais particularizada e tecnicista. Os gregos nunca levaram tal distinção a sério. Pois há o prazer solar , tanto quanto o sol do prazer, sem contar as noites de hécate, outra face apolínea. E isto é Flávio Rubens. Em A carne e o Aval, por exemplo. Poema corajoso no tema. preciso no verso, implacável na definição do tipo, sensível e humano, até solidário, perante a grandeza poética de sua personagem. Assim é Flávio Rubens.
A quem muito ainda se poderia louvar.
Fonte:
Artigo de Paulo Bauler. In http://www.geocities.com/livronline/flaviorubens/
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