quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n.45)


Trova do Dia

O meu viver enfadonho,
só de amarguras composto,
põe as rugas do meu sonho
sobre as rugas do meu rosto!
GISLAINE CANALES/SC

Trova Potiguar

As gaiolas da maldade
são projetos anti-ninhos,
retirando a liberdade
das asas dos passarinhos
DJALMA MOTA/RN

Uma Trova Premiada

2010 > São Paulo/SP
Tema > FEITIÇO > Vencedora

Desprezei-te, fui omisso,
quis um “caso” passageiro...
Mas o Amor fez o feitiço
virar contra o feiticeiro!
RENATO ALVES/RJ

Uma Poesia livre

– Clevane Pessoa/RN –
RASGOS.

Às vezes somos motivados por um nada
aparente
noutras, agimos por todos os motivos
- novos e antigos...
Em certas ocasiões, estamos compromissados
aos amigos
mas noutras, o que fazemos, de fato,
é para atingir os inimigos...
Mágoas, dissabores, sendo omisso ou valente,
o ser humano vai esboçando seu próprio retrato
quando age de uma forma ou de outra forma
quando se revolta ou quando se conforma
quando obtém fracassos ou se enche de glória...
E é em cada rasgo de personalidade
que nós diferenciamos dos demais
para escrever a nossa própria história
atracando ou nos afastando
de nosso próprio cais...

Uma Trova de Ademar

Após um sonho, acordei
num desespero medonho,
pois neste sonho, eu te amei...
Mas foi somente no sonho!...
ADEMAR MACEDO/RN

...E Suas Trovas Ficaram

Se mentes quando me dizes
que me amas, que me queres,
eu sou, entre as infelizes,
a mais feliz das mulheres !...
MARISOL/RJ

Estrofe do Dia

Ao passar em Afogados
Diga a minha esposa bela,
Que eu derramei duas lágrimas
Sentindo saudade dela;
Tive sede, bebi uma
E a outra, eu guardei pra ela.
JOÃO PARAIBANO/PB

Soneto do Dia

– Antero de Quental/Portugal –
NA MÃO DE DEUS.

Na mão de Deus, na sua mão direita,
Descansou afinal meu coração.
Do palácio encantado da Ilusão
Desci a passo e passo a escada estreita.

Como as flores mortais, com que se enfeita
A ignorância infantil, despojo vão,
Depois do Ideal e da Paixão
A forma transitória e imperfeita.

Como criança, em lôbrega jornada,
Que a mãe leva ao colo agasalhada
E atravessa, sorrindo vagamente,

Selvas, mares, areias do deserto...
Dorme o teu sono, coração liberto,
Dorme na mão de Deus eternamente!

Fonte:
Ademar Macedo

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