A noite chegou depressa,
no inverno trouxe o frio;
vem a tristeza e começa
a encher meu mundo vazio.
Assim como a vida é breve
e os meus sonhos passageiros,
hoje meu ser não se atreve
em lances aventureiros...
De ti não quero mais nada,
apenas lembrança triste,
pois minh´alma apaixonada
ao teu desdém não resiste !
Eras tu, mulher querida,
o meu precioso troféu,
quando encontrei-te na vida,
parece que entrei no céu !
Eu já fiz diversas trovas
e tantas quadras também,
sempre estou compondo novas
destinadas ao meu Bem !
Eu nunca fiquei sabendo,
se tinhas um outro alguém
e por isso não compreendo
o teu silêncio também !
Hoje levantei mais tarde,
tinha pouco o que fazer;
mas, amor, você me aguarde,
que nunca a pude esquecer !...
Já fiz trovas de improviso
na distante mocidade,
mas, menestrel sem juízo,
delas só tenho saudade...
Luas cheias e as estrelas
povoam o imaginário,
sonhadores, vinde vê-las,
da noite o lindo cenário !...
Mais um ano se passou
e continua a poesia,
que Quintana dos deixou
para nossa nostalgia...
Na breve, efêmera vida,
não saibam, talvez, mas quis,
com a poesia escolhida,
sempre alguém fazer feliz !
Não considero perdida,
aquela ingênua ilusão,
que invadiu a minha vida
num momento de paixão...
Não consigo mais te ver
e procuro te encontrar,
para sentir o prazer
de finalmente te amar.
Nos caminhos da existência,
foram tristes ou risonhos,
os dias de convivência
na imensidão dos meus sonhos...
O meu amor tem segredos
que nunca pude externar;
me invadem todos os medos
de a não poder conquistar !
O pôr-do-sol pede um verso
no fim da tarde que desce,
medito e com Deus converso
nesta trova feita prece.
O sol-nascente desperta,
na imensidão do Universo,
o viajor de vida incerta
e o poeta que faz verso.
Os poemas que ficaram,
quando ingênuo e sem memória,
na sala em que o assassinaram,
hoje contam sua história.
Para conversar com Deus,
olho os céus e me comovo,
mas lembrando os beijos teus,
retorno à terra de novo !
Procurei teu coração
com toda a sinceridade,
mas retorno à solidão
para viver de saudade...
Procuro encontrar-te ainda
para saber como vais
e a tarde que agora finda
me responde: “Nunca mais !”
Quando estas quadras componho,
pensando no meu amor,
a vida parece um sonho,
para eu ser um sonhador.
Quando te vejo e sorris,
não sei que faço, senhora,
para a gente ser feliz
não há dia, nem tem hora!
Quem fizer a gentileza
de não levar por ofensa,
que me ame até na pobreza
sem esperar recompensa.
Quem tiver devotamento
pra algum amor que vier,
vai viver um bom momento,
sejam homem ou mulher.
Quis escrever um soneto,
levando mensagem nova,
mas esbarrei no quarteto,
e então compus esta trova...
Recordo a tua beleza
e também o quanto és boa,
me apaixono, com certeza,
e faço versos à-toa !
Só não compreende a ventura
de um simples beijo roubado,
uma infeliz criatura
que não foi apaixonado.
Tinha um sonho benfazejo,
ao raiar da adolescência,
ser um cantor sertanejo
para as prendas da querência.
Vou reler Mário de Andrade,
os poemas são assim;
falam a realidade:
este, portanto, seu fim.
Fonte:
O Autor
no inverno trouxe o frio;
vem a tristeza e começa
a encher meu mundo vazio.
Assim como a vida é breve
e os meus sonhos passageiros,
hoje meu ser não se atreve
em lances aventureiros...
De ti não quero mais nada,
apenas lembrança triste,
pois minh´alma apaixonada
ao teu desdém não resiste !
Eras tu, mulher querida,
o meu precioso troféu,
quando encontrei-te na vida,
parece que entrei no céu !
Eu já fiz diversas trovas
e tantas quadras também,
sempre estou compondo novas
destinadas ao meu Bem !
Eu nunca fiquei sabendo,
se tinhas um outro alguém
e por isso não compreendo
o teu silêncio também !
Hoje levantei mais tarde,
tinha pouco o que fazer;
mas, amor, você me aguarde,
que nunca a pude esquecer !...
Já fiz trovas de improviso
na distante mocidade,
mas, menestrel sem juízo,
delas só tenho saudade...
Luas cheias e as estrelas
povoam o imaginário,
sonhadores, vinde vê-las,
da noite o lindo cenário !...
Mais um ano se passou
e continua a poesia,
que Quintana dos deixou
para nossa nostalgia...
Na breve, efêmera vida,
não saibam, talvez, mas quis,
com a poesia escolhida,
sempre alguém fazer feliz !
Não considero perdida,
aquela ingênua ilusão,
que invadiu a minha vida
num momento de paixão...
Não consigo mais te ver
e procuro te encontrar,
para sentir o prazer
de finalmente te amar.
Nos caminhos da existência,
foram tristes ou risonhos,
os dias de convivência
na imensidão dos meus sonhos...
O meu amor tem segredos
que nunca pude externar;
me invadem todos os medos
de a não poder conquistar !
O pôr-do-sol pede um verso
no fim da tarde que desce,
medito e com Deus converso
nesta trova feita prece.
O sol-nascente desperta,
na imensidão do Universo,
o viajor de vida incerta
e o poeta que faz verso.
Os poemas que ficaram,
quando ingênuo e sem memória,
na sala em que o assassinaram,
hoje contam sua história.
Para conversar com Deus,
olho os céus e me comovo,
mas lembrando os beijos teus,
retorno à terra de novo !
Procurei teu coração
com toda a sinceridade,
mas retorno à solidão
para viver de saudade...
Procuro encontrar-te ainda
para saber como vais
e a tarde que agora finda
me responde: “Nunca mais !”
Quando estas quadras componho,
pensando no meu amor,
a vida parece um sonho,
para eu ser um sonhador.
Quando te vejo e sorris,
não sei que faço, senhora,
para a gente ser feliz
não há dia, nem tem hora!
Quem fizer a gentileza
de não levar por ofensa,
que me ame até na pobreza
sem esperar recompensa.
Quem tiver devotamento
pra algum amor que vier,
vai viver um bom momento,
sejam homem ou mulher.
Quis escrever um soneto,
levando mensagem nova,
mas esbarrei no quarteto,
e então compus esta trova...
Recordo a tua beleza
e também o quanto és boa,
me apaixono, com certeza,
e faço versos à-toa !
Só não compreende a ventura
de um simples beijo roubado,
uma infeliz criatura
que não foi apaixonado.
Tinha um sonho benfazejo,
ao raiar da adolescência,
ser um cantor sertanejo
para as prendas da querência.
Vou reler Mário de Andrade,
os poemas são assim;
falam a realidade:
este, portanto, seu fim.
Fonte:
O Autor
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