sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n.40)


Trova do Dia

Tantos passos caminhei
por labirintos incertos.
Hoje nas trovas achei
como vencer os desertos.
JOSÉ FELDMAN/PR

Trova Potiguar

Quando Deus criou o mundo
Deu chance a todas matizes
Mas com seu saber profundo
Não disse a cor aos juízes
MARCOS MEDEIROS/RN

Uma Trova Premiada

2010 > São Paulo/SP
Tema > FEITIÇO > Vencedora

Facilmente me dominas,
bastando apenas piscar...
- É o feitiço das meninas
que brincam no teu olhar!
A. A. DE ASSIS/PR

Uma Poesia livre

– Djalma Mota/RN –
SOLIDÃO

Sozinho...
Nunca havia sentido tanta solidão.
No fim da noite,
quando quase tudo silencia,
um tempestade carregada do vazio,
recai sobre o meu corpo debilitado.
Não encontro sequer,
um sinal que motive uma minúscula alegria.
Nem mesmo o meu velho violão.
Quero mergulhar esse sentimento
nos copos adormecidos das bebidas indesejáveis...
... Um copo... Uma pausa...
... De volta ao sentimento,
mais um copo e, um copo a mais,
suficiente à companhia das horas sombrias.
É tarde! Ou seja, quase madrugada.
Minha consciência embriagada,
ainda assim reconhece:
– Pára! É o limite!
Deste modo,
retorno ao mundo desencantado
das velhas ilusões – o meu mundo real,
onde tomo conhecimento
das minhas desventuras.
Eis a sina de um ser sozinho!

Uma Trova de Ademar

A mensagem mais bonita
e de uma força tamanha,
há dois mil anos foi dita
lá no sermão da montanha!
ADEMAR MACEDO/RN

...E Suas Trovas Ficaram

Não estranhes que o Mar largo
seja salgado demais:
é devido ao pranto amargo
que se chora em cada cais.
DIMAS LOPES DE ALMEIDA/PORTUGAL

Estrofe do Dia

Cavalo fica pra sela,
Batente para janela,
Fogão ficou pra panela,
Cangaceiro pro sertão;
Cadeira ficou pra réu,
Cabeça para chapéu,
Noiva ficou para o véu
E eu para cantar quadrão.
LOURIVAL BANDEIRA/CE

Soneto do Dia

– Alceu Wamosy/RS –
ÚLTIMA PÁGINA.

Todo este grande amor que nasceu em segredo,
e cresceu e floriu na humildade mais pura,
teve o encanto pueril desses contos de enredo
quase ingênuo, onde a graça ao candor se mistura.

Entrou nos nossos corações como a brancura
de uma réstia de luar numa alcova entra a medo.
Nunca teve esse fogo intenso de loucura,
que há em todo amor que nasce tarde e morre cedo.

E quando ele aflorou tímido e pequenino,
como uma estrela azul no meu, no teu destino,
não sei que estranha voz ao coração me disse,

que este amor suave e bom, de pureza e lealdade,
sendo o primeiro amor da tua meninice,
era o último amor da minha mocidade.

Fonte:
Ademar Macedo

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