terça-feira, 9 de novembro de 2010

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n.44)


Trova do Dia

Vivo, no ocaso, otimista
pois, quando o sol vai-se embora,
vejo o pincel de um Artista
pondo, em meu céu... tons de aurora...
MARINA BRUNA/SP

Trova Potiguar

A noite sai do espetáculo,
inerme, discreta e estranha;
o sol por trás de um pináculo
eriça a luz na montanha... (...)
MANOEL CAVALCANTE/RN

Uma Trova Premiada

2010 > São Paulo/SP
Tema > FEITIÇO > Vencedora

Noel, em tarde tranquila,
compondo um samba sutil,
fez o Feitiço da Vila
enfeitiçar o Brasil!...
HERMOCLYDES SIQUEIRA FRANCO/RJ

Uma Poesia

– Prof. Garcia/RN –
TODOS CHORARÃO.

Se não houver mais flores nos jardins,
se faltar o perfume dos rosais,
sofrerão nossos anjos querubins
ao romper das auroras matinais!
Se faltarem belezas campesinas,
sabiás e os mais lindos rouxinóis,
que serão das auroras tão divinas
sem os cantos que encantam todos nós?
Sem os perfumes virginais dos campos,
sem a voz maviosa das cascatas,
chorarão os poetas pirilampos,
no silêncio final da voz das matas.
Todos nós choraremos de desgosto,
nunca mais os poetas vão cantar,
rolarão muitos prantos pelo rosto,
"as almas dos poetas vão chorar".

Uma Trova de Ademar

Eu ouvi, desde criança,
que uma chuva, sendo fina,
traz os pingos de esperança
para a “nação” nordestina...
ADEMAR MACEDO/RN

...E Suas Trovas Ficaram

É fácil guardar rancores,
é simples mudar de rota;
difícil é sorrir nas dores
ou suportar a derrota.
MÁRIO BARRETO/PE

Estrofe do Dia

A praia é uma virgem deitada na areia,
De olhos abertos, contemplando a Lua.
Enquanto, nas águas, a barca flutua,
Lá no firmamento, Diana passeia…
O Sol, com ciúme, a praia incendeia,
Com raiva da Lua que não quis casar:
A Lua queixosa começa a chorar!
Na cama do céu, coitada, desmaia...
Derramando prantos de prata na praia;
Que coisa bonita na beira do mar!
OTACÍLIO BATISTA/PE

Soneto do Dia

– Guilherme de Almeida/SP –
NÓS

Quando as folhas caírem nos caminhos,
ao sentimentalismo do sol poente,
nós dois iremos vagarosamente,
de braços dados, como dois velhinhos...

E que dirá de nós toda essa gente,
quando passarmos mudos e juntinhos?
---" Como se amaram esses coitadinhos!
Como ela vai, como ele vai contente!"

E por onde eu passar e tu passares,
hão de seguir-nos todos os olhares
e debruçar-se as flores nos barrancos...

E por nós, na tristeza do sol posto,
hão de falar as rugas do meu rosto...
Hão de falar os teus cabelos brancos...

Fonte:
Ademar Macedo

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