(Prosa poética)
Houve um choro
- uma vida.
Nascia ou renascia?
Quem sabe!
Sugava o alimento.
- boca rosada
- mãos pequenas
No peito da mãe
Com dor em demasia
- cantarolava
- sorria.
Olhos curiosos
- utopia.
Incenso de rosas
- dormia...
Berço que balançava
Mãos calejadas
- Clamor.
Ao se abrir em plumas
- nevoas e flores
Apreciava
- a leve paina.
Deslizava voava
Ao soprar o vento
- na paina plena.
Livre! Entrelaçava
A pequenina
- sobre a cama.
Reconheceu o sol
- depois a lua.
Após, aurora nua.
Longos passos
Primeira palavra.
- atenua-se
Cala, encanta.
Floresce a dança.
- perpetua
Papel, lápis de cor
- magia e luz.
Revela
- rebeldia
- pranto
- distância
- desafeto
Olhos chorosos
- fúria.
Desencanto
- força bruta.
Sonhos, velas
- risos.
Esvai-se
- infância
Vem à luta.
Amarguras
- desventuras
Camarim sem teto.
Solidão
- breu da noite
- alma escura
- visão.
Esperança
- revolta.
Trança
- combinação.
Ser
- ilusão
Valsas, versos, risos.
Conduta pouca
- audácia.
Vestes vermelhas
- cabelos caracolados.
- peitos fartos
- paixões
- migalhas.
Agulhas
- fornalhas.
Momentos
- poucos.
Rosas nascem.
- o sol nasce.
- a lua desce.
Rosas pálidas
- morrem
É hora do querer
- saber, buscar.
- aprender
A arte ameaça.
Seu sangue
- jorra desejos
Sabedoria donde?
- ninguém sabe!
Induz
Florestas ouvem,
- o murmurar:
Pensamentos
- soltos ao infinito.
Mais ávido
- que as mãos
Atenta-se ao nada.
Em seu santuário
-autarcia
Guinado de fel.
Sonhos desencantam
- poesias:
Dormindo engavetados.
Os poemas vazam
- lábios negros
O futuro não chega.
O ardor se espalha
- promessas
Densas tardes
Noites tensas
- proezas.
O chocalho soa.
- criança ainda chora
Do peito da mãe
- não há lembrança.
- apenas vida.
Amarguras tantas
-escorrem sobre os dias
Novos botões se abrem.
Sobre o ar contagioso
- adormecem
Calados morrem.
Sem lamúrias se vão
A cidade mudou
As ruas acolhem
-seus segredos.
O céu entardece.
O mar esbraveja
- enredos
Cinzas
- colorem o ar.
Os átomos
- não se cruzam
Uma criança vela
- curiosa
- à distância
Frio está o corpo.
O sorriso
- não regressará.
Não desta Rosa.
Fonte:
A Autora
Houve um choro
- uma vida.
Nascia ou renascia?
Quem sabe!
Sugava o alimento.
- boca rosada
- mãos pequenas
No peito da mãe
Com dor em demasia
- cantarolava
- sorria.
Olhos curiosos
- utopia.
Incenso de rosas
- dormia...
Berço que balançava
Mãos calejadas
- Clamor.
Ao se abrir em plumas
- nevoas e flores
Apreciava
- a leve paina.
Deslizava voava
Ao soprar o vento
- na paina plena.
Livre! Entrelaçava
A pequenina
- sobre a cama.
Reconheceu o sol
- depois a lua.
Após, aurora nua.
Longos passos
Primeira palavra.
- atenua-se
Cala, encanta.
Floresce a dança.
- perpetua
Papel, lápis de cor
- magia e luz.
Revela
- rebeldia
- pranto
- distância
- desafeto
Olhos chorosos
- fúria.
Desencanto
- força bruta.
Sonhos, velas
- risos.
Esvai-se
- infância
Vem à luta.
Amarguras
- desventuras
Camarim sem teto.
Solidão
- breu da noite
- alma escura
- visão.
Esperança
- revolta.
Trança
- combinação.
Ser
- ilusão
Valsas, versos, risos.
Conduta pouca
- audácia.
Vestes vermelhas
- cabelos caracolados.
- peitos fartos
- paixões
- migalhas.
Agulhas
- fornalhas.
Momentos
- poucos.
Rosas nascem.
- o sol nasce.
- a lua desce.
Rosas pálidas
- morrem
É hora do querer
- saber, buscar.
- aprender
A arte ameaça.
Seu sangue
- jorra desejos
Sabedoria donde?
- ninguém sabe!
Induz
Florestas ouvem,
- o murmurar:
Pensamentos
- soltos ao infinito.
Mais ávido
- que as mãos
Atenta-se ao nada.
Em seu santuário
-autarcia
Guinado de fel.
Sonhos desencantam
- poesias:
Dormindo engavetados.
Os poemas vazam
- lábios negros
O futuro não chega.
O ardor se espalha
- promessas
Densas tardes
Noites tensas
- proezas.
O chocalho soa.
- criança ainda chora
Do peito da mãe
- não há lembrança.
- apenas vida.
Amarguras tantas
-escorrem sobre os dias
Novos botões se abrem.
Sobre o ar contagioso
- adormecem
Calados morrem.
Sem lamúrias se vão
A cidade mudou
As ruas acolhem
-seus segredos.
O céu entardece.
O mar esbraveja
- enredos
Cinzas
- colorem o ar.
Os átomos
- não se cruzam
Uma criança vela
- curiosa
- à distância
Frio está o corpo.
O sorriso
- não regressará.
Não desta Rosa.
Fonte:
A Autora
Imagem = http://pt.wikipedia.org/wiki/Rosa
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