segunda-feira, 13 de maio de 2024

Recordando Velhas Cancões (Maria, Maria)


Compositores: Milton Nascimento e Fernando Brandt

Maria, Maria é um dom, uma certa magia
Uma força que nos alerta
Uma mulher que merece viver e amar
Como outra qualquer do planeta

Maria, Maria é o som, é a cor, é o suor
É a dose mais forte e lenta
De uma gente que ri quando deve chorar
E não vive, apenas aguenta

Mas é preciso ter força, é preciso ter raça
É preciso ter gana sempre
Quem traz no corpo a marca
Maria, Maria mistura a dor e a alegria

Mas é preciso ter manha, é preciso ter graça
É preciso ter sonho sempre
Quem traz na pele essa marca
Possui a estranha mania de ter fé na vida

Mas é preciso ter força, é preciso ter raça
É preciso ter gana sempre
Quem traz no corpo a marca
Maria, Maria mistura a dor e a alegria

Mas é preciso ter manha, é preciso ter graça
É preciso ter sonho sempre
Quem traz na pele essa marca
Possui a estranha mania de ter fé na vida
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Maria, Maria: Um Hino de Resiliência e Esperança por Milton Nascimento
A canção 'Maria, Maria', composta por Milton Nascimento e Fernando Brant, é uma obra que transcende o tempo com sua mensagem de resiliência e esperança. Lançada em 1978, no álbum 'Clube da Esquina 2', a música se tornou um dos clássicos da Música Popular Brasileira (MPB), sendo interpretada como um hino de força e coragem, especialmente para as mulheres brasileiras.

A letra da música retrata a figura de Maria como uma representação de todas as mulheres, destacando suas lutas e a capacidade de enfrentar adversidades com determinação. A 'certa magia' e a 'força que nos alerta' mencionadas na canção podem ser interpretadas como a energia e a resiliência femininas, que inspiram e movem a sociedade. A repetição do nome 'Maria' reforça a universalidade da personagem, tornando-a um símbolo de todas as mulheres que, apesar das dificuldades, mantêm a fé e a esperança na vida.

A música também aborda a realidade de muitas pessoas que 'não vivem, apenas aguentam', sugerindo uma crítica social às condições de vida de muitos brasileiros. A 'dose mais forte e lenta' pode ser vista como as dificuldades diárias enfrentadas, mas que são suportadas com um sorriso, mesmo quando seria natural chorar. A 'estranha mania de ter fé na vida' é um traço cultural do povo brasileiro, que apesar dos desafios, mantém o otimismo e a capacidade de sonhar com dias melhores. 'Maria, Maria' é, portanto, um convite à reflexão sobre a força feminina e a resiliência humana, elementos essenciais para a superação dos obstáculos da vida.

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