sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Neusa Padovani Martins (Aprendendo a gostar de ler)

Quem gosta muito de filmes sente um prazer imenso em freqüentar as salas de cinema, as vídeo locadoras e os inúmeros canais da TV por assinatura dedicados exclusivamente aos filmes dos mais variados gêneros. Um amante de Cinema ao entrar em uma vídeo locadora para escolher filmes para serem locados poderia ser comparado, a grosso modo , a um amante de pizza que entra numa pizzaria para escolher uma pizza num longo cardápio. Por isso é que se costuma dizer que um bom filme deveria ser degustado. A sensação que se tem ao escolher filmes para serem locados é uma experiência única onde a imaginação envolve-se com a emoção ante o simples ato de ler a sinopse do filme.

O mesmo acontece com quem é amante dos livros. Este ao avistar uma livraria com suas vitrinas forradas deles, sente um impulso imediato de tocá-los folheando suas páginas para vagarosa apreciação e avaliação. Há quem diga que o cheiro de uma livraria é algo de raro prazer e por isso mesmo ao escolher um livro, seja numa livraria ou numa biblioteca, o amante dos livros muitas vezes demora-se nesta tarefa de forma proposital. Através de um livro a pessoa viaja para outras culturas, conversa com personagens imaginários, forma opiniões, debate com suas próprias dúvidas, aprendendo a explorar novos conhecimentos, adquirindo outras visões de sua realidade.

Existem pessoas que não conseguem viver sem ler. Elas lêem com avidez tudo o que podem das mais diversas formas e nos mais diversos locais. Porém nem todos são assim e muito pouco apreciam a leitura. Quando isso ocorre deveria-se ter o cuidado para não se forçar ninguém a ler porque não é esta a forma correta de se formar um leitor de verdade. Basta que se veja a quantas anda a literatura dentro das escolas frente aos alunos.

O que se deve fazer é dar à pessoa condições de ter acesso aos livros de forma que ela possa escolher o livro certo para ser lido naquele momento de sua vida. Este livro certo não deve significar o último lançamento ou aquele que todos estão lendo e comentando. Mas sim aquele que possa ir de encontro às suas necessidades pessoais seja lá relacionadas ao que for.

Assim como os filmes, os livros são classificados por seus gêneros e assuntos centrais havendo quem aprecie mais um do que outro. Por isso pode soar de forma indelicada fazer uma indicação de leitura para alguém dizendo que um livro é melhor para ela do que um outro. Também não é correto dizer que certos livros são melhores que outros, porque desde que bem escritos, todos os livros podem ser bons, sendo que o que diferencia um do outro é o conteúdo que cada um tem.

Infelizmente hoje em dia vemos que além daquela pessoa que não teve chance de aprender a ler e escrever existe aquela que apesar de letrada e muitas vezes bem graduada, e que por pura preguiça e inércia mental, insiste em cultivar uma ignorância deliberada não dando importância aos assuntos relacionados à cultura e educação, correndo atrás de outros prazeres pessoais mais imediatos que aliviem sua ansiedade e angústia frente à vida que tem.
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De qualquer forma quando alguém não gosta muito de ler, mas quer fazer uso de uma boa leitura, seria aconselhável que se buscasse aqueles livros que estão mais voltados às áreas de seu maior interesse, como por exemplo, se alguém gosta de música deve procurar livros cujo tema central esteja voltado para a música e assim por diante, até que a pessoa comece a sentir prazer em ler. Não é tarefa das mais fáceis, tampouco missão impossível de ser atingida, pois uitos se transformaram em bons leitores percorrendo este caminho.
Então, o que você está esperando para tentar? Comece hoje mesmo e “boa leitura”.

Fonte:
http://www.sorocult.com/

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