O SUCESSO DOS JOGOS FLORAIS
No momento em que publicamos este volume de trovas sobre SAUDADE, que foi o tema dos II Jogos Florais de Friburgo, realizam-se nessa linda cidade do Estado do Rio as festas dos III Jogos, e para lá se dirigem os dez vencedores do Concurso de trovas. Este ano, o tema foi: CIÚME .
Tem sido realmente extraordinário o sucesso alcançado pela iniciativa minha, e de Luiz Otávio, transplantando para o Brasil a semente desses torneios culturais que se originaram na Idade Média, e ainda hoje são realizados em muitas cidades européias, na França, na Espanha e em Portugal.
Em sua secção, “Porta de Livraria”, no jornal “O Globo”, do Rio, do dia 15 de janeiro deste ano, Antonio Olinto acentuou, ao referir-se aos III Jogos Florais de Friburgo: “Os Jogos Florais de Nova Friburgo, patrocinados pela “Porta de Livraria” de “O Globo” e realizados naquela cidade fluminense todos os anos, em maio, tornaram-se uma constante do calendário de poesia do País. Como resultado da iniciativa, baseada em idéia de J. G. de Araujo Jorge e Luís Otávio, houve no Brasil um surto de trovas. Cerca de 50 volumes de trovas saíram nos últimos três anos, lançados por editoras do Rio. No Estado do Rio, várias outras cidades promovem festas de poesia: Campos, São Fidelis, Teresópolis”.
* * *
O sucesso alcançado com a realização dos Jogos Florais, positivou-se com a classificação em 7.º lugar da poetisa portuguesa Ana Rolão Preto Martins Abano, residente em Benguela, África Ocidental Portuguesa.
Vieram trovas, não apenas do Brasil, dos estados mais distantes, mas de Portugal e Províncias Ultramarinas, até onde chegue a língua portuguesa.
Mas a colocação da poetisa da África portuguesa, nos deixou, a nós promotores dos Jogos Florais às voltas com um sério problema. Como trazer, de tão longe, com os gastos que tal viagem necessariamente implicaria, a poetisa vitoriosa?
O Regulamento do Concurso estabelece que os 10 vencedores têm direito a passagens pagas a Friburgo, e estadia de 18 dias em Hotel da cidade, para participarem das festas dos Jogos Florais e dos Festejos de aniversário da cidade, que se comemora a 16 de Maio.
Procuramos o então Ministro da Educação Brígido Tinoco, nosso velho amigo, fluminense de boa cepa, homem de cultura e poeta, e lhe expusemos nossas dificuldades. Na ocasião o Presidente Jânio Quadros iniciava, em boa hora, a sua política de aproximação com os povos da Ásia, e da África, e nossa promoção, de certa forma, ia ao encontro dos objetivos de nossa política externa.
E como que por um passe de mágica, diante da compreensão e boa vontade de Brígido Tinoco, e da aprovação de Jânio Quadros, conseguimos que o Governo Brasileiro convidasse oficialmente a poetisa vitoriosa a participar dos II Jogos Florais. Dificuldades imprevistas entretanto, e a exigüidade de tempo, impediram que Ana Rolão Preto Martins Abano pudesse vir ao Brasil na ocasião. Mas, de posse das passagens, com validade para um ano, a poetisa deverá estar presente aos III Jogos Florais, como convidado especial.
* * *
O tema saudade é um tema caro a brasileiros e portugueses. Saudade é uma palavra de que orgulha o idioma português pelo fato de os outros povos não encontrarem outra capaz de traduzi-la.
E o resultado, é que, enquanto aos I Jogos Florais concorram cerca de 4 mil trovas, aos II Jogos Florais, foram mandadas mais de 10 mil !
Quem não escreveu sobre saudade? No meu “Cantigas de Menino Grande” , tenho estas duas trovinhas:
“No peito dos marinheiros
nasceu, cresceu, emigrou...
Mas nos porões dos “negreiros”
foi que a saudade... chorou!
Demos à saudade portuguesa, que era ânsia, mais profundidade, com os gemidos de dor dos “negreiros”. A saudade brasileira, é portuguesa e africana. Por isso, confessei:
Partiu com sonhos de glória
Ficou, com a dor da tristeza!
Eis, afinal, toda a história
da saudade portuguesa!
* * *
Neste livro, os leitores encontrarão 100 das mais lindas trovas que a saudade já inspirou. Entre as vinte primeiras trovas classificadas há concorrentes do Rio, de São Paulo, de Juiz de Fora, de Niterói, de Campos, de Bandeirantes (no Estado do Paraná); e de Benguela, na África.
O vencedor dos II Jogos Florais, Anis Murad. (que se revelou aliás trovador como concorrente a esse torneio) obteve cinco trovas premiadas entre as vinte primeiras. Além de sagrar-se vencedor, viu outras trovas suas se Classificarem em 5.º, 11.º 16.° e 20.° lugares. Anis Murad estréia aliás, em livro, como trovador, com o volume n° 9 de nossa Coleção.
* * *
Deve-se à iniciativa dos Jogos Florais, um verdadeiro surto trovadoresco. Eu, por exemplo, recebo livros de trovas que me são mandados de todos os recantos do Brasil. A nossa “Coleção Trovadores Brasileiros”, já se seguiu o lançamento este ano, pela Livraria Freitas Bastos, da “Coleção de Trovas e Trovadores” organizada por Aparício Fernandes e Zalkind Piatogorsky.
Aparício Fernandes escreve aliás para a Rádio Globo dois programas diários de trovas: “Trovas e Trovadores”, as 10:50h. apresentado pelo meu velho amigo Luiz de Carvalho, e "Pensamento e trova do dia" às 15:05h, na voz de Mário Luiz. Unindo-se a Zalkind Piatogorsky, poeta e trovador,organizaram essa nova coleção que apareceu logo com um “time” completo de trovadores, pois foram lançados de uma vez, onze volumes, todos com a denominação genérica de CANTIGAS.
Eu próprio, através do meu programa na Rádio Tupi, aos sábados, às 18:30 horas, programa que já está no ar há três anos, tenho divulgado a trova e os torneios Florais. Campos, antes mesmo dos nossos Jogos Florais já realizara o seu I SalãoCampista de Trovas, sob o patrocínio da Academia Pedralva.
São Fidelis, linda cidade fluminense, vive um grande movimento cultural com os seus Festivais Fidelenses de Poesia, se ampliam anualmente em julho, tendo à frente o poeta Antonio Augusto de Assis. E o Festival Fidelense de Poesia, se amplia com uma exposição de livros, autógrafos, poemas, trovas e agora, pensam, seus organizadores em promover um concurso de trovas, tal como idealizamos em Friburgo, escolhem também uma “Musa dos Trovadores”, pleito a que concorrem moças escolhidas como “ Musas dos Trovadores ”, em várias cidades do norte do Estado: Miracema, Itaocára, Cambuci, Itaperuna, Pádua.
Cruzeiro, em São Paulo , comemorou o 60.° aniversário do Município com um grande Concurso de trovas e a publicação de uma “Antologia da Poesia Cruzeirense”.
Na Bahia, o Grêmio Brasileiro dos Trovadores, tendo a frente o dinâmico Rodolfo Cavalcanti, poeta popular, realiza periodicamente concursos de trovas. E já que falamos na “ boa terra ”, nunca será demais relembrar que a idéia dos “ Jogos Florais de Nova Friburgo ” ocorreu-nos, a mim e ao Luiz Otávio quando em viagem à Bahia, depois que vencemos um concurso de trovas.
Teresópolis, promove este ano, de 1.º a 6 de julho, o I Festival Brasileiro de Literatura, iniciativa da Academia- Teresopolitana de Letras, e de seu presidente, Artur Dalmaso. O Festival se baseia em concursos literários, podendo os candidatos se inscreverem em cinco gêneros: poesia, crônica, conto, ensaio, biografia e crítica, Como vêem, um Festival, em amplas proporções.
Várias cidades do Brasil, no momento, cogitam de torneios semelhantes. Coincidência ou não, no Rio se realiza agora todo ano no mês de julho, o Festival Brasileiro do Escritor este ano o festival terá lugar na sede do Museu de Arte Moderna, e certamente repetirá o sucesso dos dois primeiros , realizados em Copacabana.
Em Pouso Alegre, estado de Minas, já aconteceram os I Jogos Florais da cidade, também com um concurso de trovas, cujo tema foi ESPERANÇA.
As cem trovas selecionadas nesse festival constituem o volume n.º 11 de nossa Coleção. Santos, Juiz de Fora, Sorocaba, (leio pelos jornais e revistas) estão pensando na realização de festas e torneios semelhantes.
* * *
Alastra-se, portanto, pelo Brasil a “trovite”. Verdadeira epidemia, que não deve ser combatida, antes deve ser difundida cada vez mais pois, vai progressivamente interessando um maior número de brasileiros pelos problemas das letras e da cultura. As trovas são o primeiro degrau da poesia, o que está. mais perto do povo. Eu próprio já escrevi:
Cartilhas do coração
onde o povo se inicia,
os livros de trovas, são
um ABC de poesia:
Vamos portanto “alfabetizar” a alma do povo ensinando-a a sentir e a cantar com os trovadores. Porque, permitam-me mais esta quadrinha:
Modificando o ditado
direi: “Comer... e trovar...”
(está mais de que provado)
- “a questão é começar...”
J . G . de Araujo Jorge
Coleção “Trovadores Brasileiros”
Organização de Luiz Otávio e J.G. de Araujo Jorge
Editora Vecchi – 1959
Fonte:
http://www.jgaraujo.com.br/
No momento em que publicamos este volume de trovas sobre SAUDADE, que foi o tema dos II Jogos Florais de Friburgo, realizam-se nessa linda cidade do Estado do Rio as festas dos III Jogos, e para lá se dirigem os dez vencedores do Concurso de trovas. Este ano, o tema foi: CIÚME .
Tem sido realmente extraordinário o sucesso alcançado pela iniciativa minha, e de Luiz Otávio, transplantando para o Brasil a semente desses torneios culturais que se originaram na Idade Média, e ainda hoje são realizados em muitas cidades européias, na França, na Espanha e em Portugal.
Em sua secção, “Porta de Livraria”, no jornal “O Globo”, do Rio, do dia 15 de janeiro deste ano, Antonio Olinto acentuou, ao referir-se aos III Jogos Florais de Friburgo: “Os Jogos Florais de Nova Friburgo, patrocinados pela “Porta de Livraria” de “O Globo” e realizados naquela cidade fluminense todos os anos, em maio, tornaram-se uma constante do calendário de poesia do País. Como resultado da iniciativa, baseada em idéia de J. G. de Araujo Jorge e Luís Otávio, houve no Brasil um surto de trovas. Cerca de 50 volumes de trovas saíram nos últimos três anos, lançados por editoras do Rio. No Estado do Rio, várias outras cidades promovem festas de poesia: Campos, São Fidelis, Teresópolis”.
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O sucesso alcançado com a realização dos Jogos Florais, positivou-se com a classificação em 7.º lugar da poetisa portuguesa Ana Rolão Preto Martins Abano, residente em Benguela, África Ocidental Portuguesa.
Vieram trovas, não apenas do Brasil, dos estados mais distantes, mas de Portugal e Províncias Ultramarinas, até onde chegue a língua portuguesa.
Mas a colocação da poetisa da África portuguesa, nos deixou, a nós promotores dos Jogos Florais às voltas com um sério problema. Como trazer, de tão longe, com os gastos que tal viagem necessariamente implicaria, a poetisa vitoriosa?
O Regulamento do Concurso estabelece que os 10 vencedores têm direito a passagens pagas a Friburgo, e estadia de 18 dias em Hotel da cidade, para participarem das festas dos Jogos Florais e dos Festejos de aniversário da cidade, que se comemora a 16 de Maio.
Procuramos o então Ministro da Educação Brígido Tinoco, nosso velho amigo, fluminense de boa cepa, homem de cultura e poeta, e lhe expusemos nossas dificuldades. Na ocasião o Presidente Jânio Quadros iniciava, em boa hora, a sua política de aproximação com os povos da Ásia, e da África, e nossa promoção, de certa forma, ia ao encontro dos objetivos de nossa política externa.
E como que por um passe de mágica, diante da compreensão e boa vontade de Brígido Tinoco, e da aprovação de Jânio Quadros, conseguimos que o Governo Brasileiro convidasse oficialmente a poetisa vitoriosa a participar dos II Jogos Florais. Dificuldades imprevistas entretanto, e a exigüidade de tempo, impediram que Ana Rolão Preto Martins Abano pudesse vir ao Brasil na ocasião. Mas, de posse das passagens, com validade para um ano, a poetisa deverá estar presente aos III Jogos Florais, como convidado especial.
* * *
O tema saudade é um tema caro a brasileiros e portugueses. Saudade é uma palavra de que orgulha o idioma português pelo fato de os outros povos não encontrarem outra capaz de traduzi-la.
E o resultado, é que, enquanto aos I Jogos Florais concorram cerca de 4 mil trovas, aos II Jogos Florais, foram mandadas mais de 10 mil !
Quem não escreveu sobre saudade? No meu “Cantigas de Menino Grande” , tenho estas duas trovinhas:
“No peito dos marinheiros
nasceu, cresceu, emigrou...
Mas nos porões dos “negreiros”
foi que a saudade... chorou!
Demos à saudade portuguesa, que era ânsia, mais profundidade, com os gemidos de dor dos “negreiros”. A saudade brasileira, é portuguesa e africana. Por isso, confessei:
Partiu com sonhos de glória
Ficou, com a dor da tristeza!
Eis, afinal, toda a história
da saudade portuguesa!
* * *
Neste livro, os leitores encontrarão 100 das mais lindas trovas que a saudade já inspirou. Entre as vinte primeiras trovas classificadas há concorrentes do Rio, de São Paulo, de Juiz de Fora, de Niterói, de Campos, de Bandeirantes (no Estado do Paraná); e de Benguela, na África.
O vencedor dos II Jogos Florais, Anis Murad. (que se revelou aliás trovador como concorrente a esse torneio) obteve cinco trovas premiadas entre as vinte primeiras. Além de sagrar-se vencedor, viu outras trovas suas se Classificarem em 5.º, 11.º 16.° e 20.° lugares. Anis Murad estréia aliás, em livro, como trovador, com o volume n° 9 de nossa Coleção.
* * *
Deve-se à iniciativa dos Jogos Florais, um verdadeiro surto trovadoresco. Eu, por exemplo, recebo livros de trovas que me são mandados de todos os recantos do Brasil. A nossa “Coleção Trovadores Brasileiros”, já se seguiu o lançamento este ano, pela Livraria Freitas Bastos, da “Coleção de Trovas e Trovadores” organizada por Aparício Fernandes e Zalkind Piatogorsky.
Aparício Fernandes escreve aliás para a Rádio Globo dois programas diários de trovas: “Trovas e Trovadores”, as 10:50h. apresentado pelo meu velho amigo Luiz de Carvalho, e "Pensamento e trova do dia" às 15:05h, na voz de Mário Luiz. Unindo-se a Zalkind Piatogorsky, poeta e trovador,organizaram essa nova coleção que apareceu logo com um “time” completo de trovadores, pois foram lançados de uma vez, onze volumes, todos com a denominação genérica de CANTIGAS.
Eu próprio, através do meu programa na Rádio Tupi, aos sábados, às 18:30 horas, programa que já está no ar há três anos, tenho divulgado a trova e os torneios Florais. Campos, antes mesmo dos nossos Jogos Florais já realizara o seu I SalãoCampista de Trovas, sob o patrocínio da Academia Pedralva.
São Fidelis, linda cidade fluminense, vive um grande movimento cultural com os seus Festivais Fidelenses de Poesia, se ampliam anualmente em julho, tendo à frente o poeta Antonio Augusto de Assis. E o Festival Fidelense de Poesia, se amplia com uma exposição de livros, autógrafos, poemas, trovas e agora, pensam, seus organizadores em promover um concurso de trovas, tal como idealizamos em Friburgo, escolhem também uma “Musa dos Trovadores”, pleito a que concorrem moças escolhidas como “ Musas dos Trovadores ”, em várias cidades do norte do Estado: Miracema, Itaocára, Cambuci, Itaperuna, Pádua.
Cruzeiro, em São Paulo , comemorou o 60.° aniversário do Município com um grande Concurso de trovas e a publicação de uma “Antologia da Poesia Cruzeirense”.
Na Bahia, o Grêmio Brasileiro dos Trovadores, tendo a frente o dinâmico Rodolfo Cavalcanti, poeta popular, realiza periodicamente concursos de trovas. E já que falamos na “ boa terra ”, nunca será demais relembrar que a idéia dos “ Jogos Florais de Nova Friburgo ” ocorreu-nos, a mim e ao Luiz Otávio quando em viagem à Bahia, depois que vencemos um concurso de trovas.
Teresópolis, promove este ano, de 1.º a 6 de julho, o I Festival Brasileiro de Literatura, iniciativa da Academia- Teresopolitana de Letras, e de seu presidente, Artur Dalmaso. O Festival se baseia em concursos literários, podendo os candidatos se inscreverem em cinco gêneros: poesia, crônica, conto, ensaio, biografia e crítica, Como vêem, um Festival, em amplas proporções.
Várias cidades do Brasil, no momento, cogitam de torneios semelhantes. Coincidência ou não, no Rio se realiza agora todo ano no mês de julho, o Festival Brasileiro do Escritor este ano o festival terá lugar na sede do Museu de Arte Moderna, e certamente repetirá o sucesso dos dois primeiros , realizados em Copacabana.
Em Pouso Alegre, estado de Minas, já aconteceram os I Jogos Florais da cidade, também com um concurso de trovas, cujo tema foi ESPERANÇA.
As cem trovas selecionadas nesse festival constituem o volume n.º 11 de nossa Coleção. Santos, Juiz de Fora, Sorocaba, (leio pelos jornais e revistas) estão pensando na realização de festas e torneios semelhantes.
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Alastra-se, portanto, pelo Brasil a “trovite”. Verdadeira epidemia, que não deve ser combatida, antes deve ser difundida cada vez mais pois, vai progressivamente interessando um maior número de brasileiros pelos problemas das letras e da cultura. As trovas são o primeiro degrau da poesia, o que está. mais perto do povo. Eu próprio já escrevi:
Cartilhas do coração
onde o povo se inicia,
os livros de trovas, são
um ABC de poesia:
Vamos portanto “alfabetizar” a alma do povo ensinando-a a sentir e a cantar com os trovadores. Porque, permitam-me mais esta quadrinha:
Modificando o ditado
direi: “Comer... e trovar...”
(está mais de que provado)
- “a questão é começar...”
J . G . de Araujo Jorge
Coleção “Trovadores Brasileiros”
Organização de Luiz Otávio e J.G. de Araujo Jorge
Editora Vecchi – 1959
Fonte:
http://www.jgaraujo.com.br/
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