VIOLÕES
Como são tristes os acordes
dos violões em serenata,
que atravessam as madrugadas,
na tentativa de responder
os enigmas da tristeza,
que a simples vivência não pode,
nem em sonho, resolver.
Como são nostálgicas
as mensagens dos violões,
que ensinam os amantes
a enfrentarem com galhardia
o desespero e o sofrimento
de um amor que já acabou...
Como são doces as cantigas
de amor dos violões,
estas que ensinam os jovens
a prudentemente esperar,
do amor estranhas mazelas,
ao invés de tolas venturas
e de sonhos de realização...
A RIMA BOA
Quero encontrar a rima boa
para poder, enfim, terminar
com chave de ouro esta loa
que um dia irá me consagrar...
Quero a rima que o povo entoa,
no dia a dia do seu falar,
para compor um versinho a toa,
que um dia irá me consagrar...
Quero ver como é que soa
esta rima que encontrar,
para que ela seja a coroa
que um dia irá me consagrar...
Quero a rima que apregoa
a mercadoria a se liquidar,
ou então, aquela que povoa
o sonho que irá me consagrar...
A SORTE NAS CARTAS
A sorte nas cartas,
a sorte lançada,
o futuro,
o passado
a vida e o nada...
A verdade das cartas,
a mistificação do poder,
a vidência,
a eficiência,
os estertores da Ciência!
Combinações nas cartas,
naipes e números,
figuras, segredos,
o impossível de ocorrer!
A morte nas cartas,
a morte marcada,
o destino, o carma,
a volta à vida passada,
correndo contra o relógio
para dizer coisas escondidas
e ditar regras, direções,
leis e idiossincrasias,
impossíveis de aceitar...
AOS ABRAÇOS COM A VIDA
Na tela amarela
está quem por mim vela,
aos abraços com a vida insurgida.
E a cela, a trela
em mim esculpidas,
não eram belas
nem sinceras como ela.
Aos abraços com a vida
a bela é dela,
e é também dela
a vela amarela construída
de macela e tela,
de cor pálida e singela.
Aos abraços com a vida
ela é a tela
onde se pintam
as histórias de amor,
que abraçadas
com a vida se entretecem...
E dela a vida zomba,
como aquela vela,
pois não é feliz
quem sofre
por causa das tramas
da vida que acontecem.
CANSAÇO
Sentir o tempo passar
sem ter nada para fazer,
é o mesmo que tomar veneno
e deitar-se para morrer...
Ver a vida sem alegria,
sentir o cansaço de vivê-la,
é o mesmo que querer felicidade
sem nunca ser capaz de tê-la.
Sentir o cansaço de ser
na vida apenas uma imagem,
é o mesmo que estar no retrato,
é o mesmo que mandar mensagem
algures para as estrelas,
na esperança de encontrar alguém
onde, há milênios se sabe,
não pode existir ninguém!
CRIANÇAS
Fecha os olhos!
Deixa que te beije,
deixa que te olhe bem...
Talvez a noite
que te impede de ver
seja a mesma noite
que trago dentro de mim.
Querida...
Talvez sejamos jovens para amar,
mas o nosso amor,
esse amor não é criança!
Fechemos os olhos...
Somos crianças
sonhando com um amor
que talvez termine
quando voltares a ver...
FLOR DO CLÃ
Ai! Quão vão és, má dor que não faz bem
E não me dás só vez de sol e paz.
Ai! Quão chã és, tal dor que só me vem
Pra ser tão rés, e ser a que me faz
O fã do fim, do fel dum só que tem
Na cruz o mal, o sal, o pó, o gás,
Da luz sem par, sem lar, que é o zen
Da flor do clã, que só a dor me traz.
Ai! Flor do clã, que a fé não quer me dar,
Nem quer ser gen do dom que é a foz
Da mãe da luz sem fim, que é um lar.
Ai! Flor do clã, que a rir vem ter a nós
Bem cá na mão, pra ter a lei de par
E ser o fim da luz, que não tem voz...
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Como são tristes os acordes
dos violões em serenata,
que atravessam as madrugadas,
na tentativa de responder
os enigmas da tristeza,
que a simples vivência não pode,
nem em sonho, resolver.
Como são nostálgicas
as mensagens dos violões,
que ensinam os amantes
a enfrentarem com galhardia
o desespero e o sofrimento
de um amor que já acabou...
Como são doces as cantigas
de amor dos violões,
estas que ensinam os jovens
a prudentemente esperar,
do amor estranhas mazelas,
ao invés de tolas venturas
e de sonhos de realização...
A RIMA BOA
Quero encontrar a rima boa
para poder, enfim, terminar
com chave de ouro esta loa
que um dia irá me consagrar...
Quero a rima que o povo entoa,
no dia a dia do seu falar,
para compor um versinho a toa,
que um dia irá me consagrar...
Quero ver como é que soa
esta rima que encontrar,
para que ela seja a coroa
que um dia irá me consagrar...
Quero a rima que apregoa
a mercadoria a se liquidar,
ou então, aquela que povoa
o sonho que irá me consagrar...
A SORTE NAS CARTAS
A sorte nas cartas,
a sorte lançada,
o futuro,
o passado
a vida e o nada...
A verdade das cartas,
a mistificação do poder,
a vidência,
a eficiência,
os estertores da Ciência!
Combinações nas cartas,
naipes e números,
figuras, segredos,
o impossível de ocorrer!
A morte nas cartas,
a morte marcada,
o destino, o carma,
a volta à vida passada,
correndo contra o relógio
para dizer coisas escondidas
e ditar regras, direções,
leis e idiossincrasias,
impossíveis de aceitar...
AOS ABRAÇOS COM A VIDA
Na tela amarela
está quem por mim vela,
aos abraços com a vida insurgida.
E a cela, a trela
em mim esculpidas,
não eram belas
nem sinceras como ela.
Aos abraços com a vida
a bela é dela,
e é também dela
a vela amarela construída
de macela e tela,
de cor pálida e singela.
Aos abraços com a vida
ela é a tela
onde se pintam
as histórias de amor,
que abraçadas
com a vida se entretecem...
E dela a vida zomba,
como aquela vela,
pois não é feliz
quem sofre
por causa das tramas
da vida que acontecem.
CANSAÇO
Sentir o tempo passar
sem ter nada para fazer,
é o mesmo que tomar veneno
e deitar-se para morrer...
Ver a vida sem alegria,
sentir o cansaço de vivê-la,
é o mesmo que querer felicidade
sem nunca ser capaz de tê-la.
Sentir o cansaço de ser
na vida apenas uma imagem,
é o mesmo que estar no retrato,
é o mesmo que mandar mensagem
algures para as estrelas,
na esperança de encontrar alguém
onde, há milênios se sabe,
não pode existir ninguém!
CRIANÇAS
Fecha os olhos!
Deixa que te beije,
deixa que te olhe bem...
Talvez a noite
que te impede de ver
seja a mesma noite
que trago dentro de mim.
Querida...
Talvez sejamos jovens para amar,
mas o nosso amor,
esse amor não é criança!
Fechemos os olhos...
Somos crianças
sonhando com um amor
que talvez termine
quando voltares a ver...
FLOR DO CLÃ
Ai! Quão vão és, má dor que não faz bem
E não me dás só vez de sol e paz.
Ai! Quão chã és, tal dor que só me vem
Pra ser tão rés, e ser a que me faz
O fã do fim, do fel dum só que tem
Na cruz o mal, o sal, o pó, o gás,
Da luz sem par, sem lar, que é o zen
Da flor do clã, que só a dor me traz.
Ai! Flor do clã, que a fé não quer me dar,
Nem quer ser gen do dom que é a foz
Da mãe da luz sem fim, que é um lar.
Ai! Flor do clã, que a rir vem ter a nós
Bem cá na mão, pra ter a lei de par
E ser o fim da luz, que não tem voz...
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