terça-feira, 17 de março de 2009

Luís Delfino (1834 – 1910)


Luís Delfino dos Santos nasceu em Desterro, Ilha de Santa Catarina, Brasil, e 1834 e faleceu no Rio de Janeiro, em 1910. Político e poeta brasileiro, considerado “o segundo poeta mais importante de Santa Catarina, superado apenas por Cruz e Sousa.”

Filho de Tomás dos Santos e de Delina Vitorina dos Santos. Casou com Maria Carolina Puga Garcia dos Santos, consórcio do qual nasceu, entre outros, Tomás Delfino dos Santos. Irmão de José Delfino dos Santos.

Morou em sua cidade natal até os dezesseis anos de idade. Mudou-se então para o Rio de Janeiro, onde se formou em medicina pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, em 1857

Sua poesia, de rima e métrica perfeitas, era publicada freqüentemente na maioria dos jornais e revistas da sua época, o que o fez conhecido e amado como poeta. Foi eleito pelos colegas escritores "Príncipe dos Poetas Brasileiros" em 1898. Foi chamado também de "Victor Hugo brasileiro".

Sua obra é imensa - escreveu mais de cinco mil poemas - e foi publicada em quatorze livros, por seu filho, Tomás Delfino dos Santos, entre 1926 e 1943. Sua poesia vai do romantismo ao parnasianismo, passando pelo simbolismo. A perfeição na rima em métrica dá cadência e musicalidade à obra de Luís Delfino. O amor e a mulher eram seus temas preferidos.

"Foi ele um verdadeiro obsessionado pelo mito da beleza, da sensualidade, da idealizada companhia feminina, cantando o amor com toda a sua força e com todas as suas formas de atração...", analisa Lauro Junkes. E é justamente Lauro Junkes, que estuda a obra e a vida de Luiz Delfino há mais de vinte anos, que organiza e publica dois volumes - "Poesia Completa - Sonetos" e "Poesia Completa - Poemas Longos", totalizando mais de mil e trezentas páginas, reunindo toda a poesia conhecida do poeta, resgatada dos livros que o filho de Delfino editou.

Já havia feito sua estréia literária, em 1852, com a publicação do conto O Órfão do Templo, na revista carioca Beija-Flor. Em 1859 tornou-se membro da Academia Filosófica, associação literária que reunia acadêmicos de Medicina e médicos. Entre 1861 e 1881 colaborou nos periódicos Revista Popular, Diário de Rio de Janeiro, A Estação e Gazetinha. O poema mais famoso de sua primeira fase poética, A Filha d´África, foi publicado em 1862, na Revista Popular. Em 1885, foi eleito o maior poeta vivo do Brasil, em concurso da revista A Semana. Foi colaborador, em 1886, da revista A Vida Moderna, e entre 1898 e 1904, dos periódicos simbolistas Vera-Cruz, A Meridional, Revista Contemporânea e Rosa-Cruz.

Seus livros de poesia só foram editados postumamente; entre eles estão Algas e Musgos (1927), Íntimas e Aspásias (1935) e Imortalidades (1941).

É patrono da Academia Santoamarense de Letras.

Foi senador por Santa Catarina no início da República Velha.

Fontes:
– Jornal de Poesia. http://www.jornaldepoesia.jor.br/
http://pt.wikipedia.org/
http://www.antoniomiranda.com.br/
http://www.itaucultural.org.br/

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