DANDALUNDA. É como também se chama Iemanjá, Anambunucu, Dona Janaína, Mãe Dandá. Veja IEMANJÁ
DANTE DE LAYTANO nasceu no dia 23 de março de 1908, na cidade de Porto Alegre, RS. Bacharelou-se pela Faculdade de Direito da Universidade de Porto Alegre. Foi juiz municipal de Sobradinho (RS) e de Torres (RS), promotor público da Comarca de Cachoeira do Sul (RS) e consultor jurídico da Secretaria de Agricultura. Professor Catedrático da Faculdade de Filosofia da PUC, professor de Literatura da Língua Portuguesa, do Curso de Jornalismo e professor catedrático da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade do Rio Grande do Sul, Dante Laytano, pertencendo a diversas organizações culturais, é cronista, crítico literário, sociólogo. Na área de Folclore publicou Congadas (1945), A estância gaúcha (1952), Pequrno esboço de um estudo do linguajar gaúcho-brasileiro (1961) e O folclore do Rio Grande do Sul (1987).
DA-REDE-RASGADA. Diz-se da pessoa que não leva nada a sério. Alguém metido a besta, insolente. Moça mal comportada.
DAR-O-NÓ. Significa casar. Significa, também, quando qualquer problema ficou difícil, como na expressão: "Agora, deu-o-nó. E não há quem desate".
DAR-O-PIRA. Ir embora, se mandar, sumir, desaparecer, escafeder-se.
DEDOS. Os passatempos e as brincadeiras feitas com os dedos são muito interessantes. O nome dado aos dedos pelas crianças é de origem portuguesa: dedo mindinho, seu vizinho, maior de todos, fura-bolo, cata-piolho. As formas eruditas, usadas pelos adultos, são: mínimo, anular, médio, indicador e polegar. Tem a brincadeira feita com as criancinhas: "Dedo mindinho, seu vizinho, maior de todos, fura-bolo e cata-piolho. Depois toca-se na palma da mão da criança, perguntando: Onde está o bolinho que deixei aqui? O gato comeu, responde. Vai-se subindo pelo braço, cocegando e dizendo em cada parada: aqui descansou, aqui almoçou, aqui comeu, aqui parou e sobe-se até as axilas, fazendo cócegas: está aqui, está aqui. Outra brincadeira: toca-se em cada dedo da criança dizendo: "Este diz que quer comer; este diz não ter o que; este diz que vai furtar; este diz que não vá lá; este diz que Deus dará!" É com os dedos que se dá cafuné. (Ver CAFUNÉ). Com os dedos é feita a brincadeira de cama-de-gato. (Ver CAMA-DE-GATO). Até na linguagem popular vamos encontrar os dedos na boca do povo, como na expressão: "Dei dois dedos de prosa com ele". O dedo indicador serve para mostrar a direção de uma rua, de uma casa, de uma pessoa, e também acionar o gatilho das armas de fogo. Os dedos tocam instrumentos de corda. Dizem umas pessoas engraçadas que a gente devia ter um olho na ponta do dedo indicador.
DEFUNTO. As viúvas para não pronunciarem o nome dos maridos, em suas conversas, dizem: - "O defunto do meu marido..." O morto também é o finado, o falecido, além de defunto. Nas notícias policiais o morto é o cadáver, como nas manchetes: "O cadáver da vítima foi encontrado dias depois", etc. Mas essa, viúvas herdaram esse tabu de não pronunciarem o nome de seus falecidos esposos, dos australianos, polinésios, mongóis, tuaregues, acambas da África Central.
DEIXADA. É o nome que se dá à mulher abandonada pelo marido: - "Fulana não é solteira, nem viúva. É deixada!" A expressão é comum no Nordeste.
DEIXE-OS-PATOS-PASSAR. É uma expressão baseada num conto popular meio esquecido. Também se usa carneiros em lugar de patos. Significa alguma coisa que não acaba nunca, que jamais acontecerá, como na expressão no dia de são nunca.
DENDÊ. O dendê é um azeite indispensável na culinária afro-brasileira. A palmeira que dá o dendê é encontrada em todo o litoral africano do Atlântico e foi trazida para o Brasil pelos escravos africanos. Na linguagem popular pernambucana, dendê quer dizer pitéu, gostoso, coisa boa, apreciável; também coisa difícil, obstáculo.
DENTES. Os dentes são usados nos amuletos para combater o mau-olhado. Quando colocados no pescoço das crianças facilitam uma dentição forte, principalmente os de jacaré e da aranha-caranguejeira. Na Europa, colares feitos com dentes de tubarão e cação-lixa livram as crianças do medo. Entre os africanos e ameríndios os dentes do inimigos abatidos eram os troféus de maior valor. A criança atira o dente extraído da primeira dentição (os chamados dentes de leite) pra cima do telhado da casa, dizendo: "Mourão, Mourão toma teu dente podre, dá cá meu dente são!". Esse hábito tornou-se muito popular no Brasil. Também se usa atirar o dente no mar, para trazer felicidade para a criança. Na sabedoria de muitos países corre a expressão "Olho por olho, dente por dente", significando que as pessoas devem pagar o mal com o mal e o bem com o bem.
DESAFIO. O desafio é uma disputa entre poetas cantadores e que, vindo de Portugal, foi, no Nordeste onde melhor se aclimatou. O desafio é acompanhado por viola, na maioria dos casos. Outros cantadores nordestinos, como o negro Inácio da Catingueira, usavam, nos desafios, também o pandeiro. Os desafios são verdadeiras pelejas entre os cantadores que procuram diminuir as qualidades e aumentar os defeitos dos parceiros, mas que no fim dá tudo certo, de vez que tudo não passou de uma cantoria.
DESPACHO. Despacho é feitiço, macumba, ebó, coisa-feita. O ebó ou despacho é de procedência africana. Muitas vezes basta uma pequena quantidade de pipocas, embrulhos com farinha e azeite-de-dendê ou outros objetos usados na feitiçaria, para se fazer um despacho que deve ser jogado na direção da pessoa a quem se quer fazer mal.
DIABO. Veja CÃO.
DIA-DA-MENTIRA. Tudo começou em 1564, quando Carlos IX, rei da França, determinou que o ano começasse no dia primeiro de janeiro, no que foi seguido por outros países da Europa e, depois, por quase todos os países do mundo. É claro que no início a confusão foi geral, de vez que os meios de comunicação eram inexistentes. Não havia, na época, rádio, nem mesmo o jornal, pois a invenção da imprensa, por Gutemberg, só aconteceu muitos anos depois. Antes do rei Carlos IX determinar que o dia primeiro de janeiro fosse o começo do ano, este tinha início no dia primeiro de abril, o que resultou ficar conhecido como o dia-da-mentira, por causa das brincadeiras feitas com intenção de fazer rir. Surgiram, então, as brincadeiras em todo o mundo, como a da carta que se mandava por um portador destinada a outra pessoa, na qual se lia: - "Hoje é primeiro de abril. Mande este burro para onde ele quiser ir".
DIA-DE-SÃO-PAGAMIÃO. É um santo também imaginário, inventado pelo povo como o Dia-de-São-Nunca. O Dia-de-São-Pagamião tem dia certo; é o dia em que as pessoas recebem seus salários: "Eu só lhe pago no dia-de-São-Pagamião".
DIA-DE-SÃO-NUNCA. Nunca é um santo que não existe; é um santo criado pela imaginação popular. "Só lhe pagarei no dia-de-São-Nunca", isto é, nunca o pagamento da dívida será efetuado.
DINHEIRO. É bom o recebedor persignar-se (fazer o sinal da cruz) com o primeiro dinheiro que ganhar com seu trabalho, para que nunca lhe falte o que fazer.
DOBRADIÇA. A dobradiça é um passo com que o dançador do frevo marca o compasso da música carnavalesca, dobrando várias vezes a cintura, como se fosse uma dobradiça de porta. A coreografia do frevo – o passo – é muito rica.
DOIS-DOIS. É o nome que o povo dá, na Bahia, aos santos Cosme e Damião, festejados no dia 27 de setembro, com refeições oferecidas a sete crianças, seguindo-se o almoço dos adultos e danças, diante do peji ou altar onde estão as imagens dos santos gêmeos. A dança é muito animada, ao som de um atabaque e de um agogô.
DONA SANTA. O nome de dona Santa era Maria Júlia do Nascimento, mas seus familiares lhe deram o tratamento de Santa, Santinha por ser uma menina muito dócil e querida de todos. Foi escolhida como rainha do Maracatu Leão Coroado. Até que seu marido – João Vitorino – foi coroado rei da Nação Elefante, quando deixou de ser rainha. Mas quando o marido morreu, Dona Santa assumiu a direção do Maracatu Elefante até sua morte, em 1962. O acervo do Maracatu Elefante foi doado à Fundação Joaquim Nabuco.
DOR-DE-COTOVELO. 1. Também chamada de dor-de-viúva; é uma dor mais ou menos forte e rápida, causada por uma pancada no cotovelo onde fica situado o nervo cubital; 2. Na linguagem popular, é a situação em que fica o namorado (a) quando o namoro acaba e um dos dois fica roendo, sentindo a falta do outro parceiro.
DOR-DE-VIÚVA. Veja DOR-DE-COTOVELO
DORMIR. Quando a pessoa está dormindo, sua alma deixa o corpo e viaja. Antes de dormir, os católicos dizem uma oração, recomendando sua alma a Deus, pedindo proteção para que ela não sofra influência de forças malignas, para que volte ao corpo da pessoa. Uma série de crendices tem o ato de dormir como tema: a pessoa não deve dormir com sede, porque o anjo da guarda levanta-se de noite para beber água e pode se afogar no pote; não dormir com a casa sem água porque a alma pode sentir sede e procurar os rios, os lagos, as cacimbas e se cair dentro d'água, o corpo morre; não dormir em cima da mesa, porque dá azar, como também, não dormir com os pés para a porta da rua.
DUNGA. É o valentão, o homem que não tem medo de nada, nem de ninguém. É o chefe do bando, da galera. É o chefe político local, o mandão, que tudo resolve e todos lhe obedecem.
Fontes:
LÓSSIO, Rúbia. Dicionário de Folclore para Estudantes. Ed. Fundação Joaquim Nabuco
Imagem = http://www.terracapixaba.com.br
DANTE DE LAYTANO nasceu no dia 23 de março de 1908, na cidade de Porto Alegre, RS. Bacharelou-se pela Faculdade de Direito da Universidade de Porto Alegre. Foi juiz municipal de Sobradinho (RS) e de Torres (RS), promotor público da Comarca de Cachoeira do Sul (RS) e consultor jurídico da Secretaria de Agricultura. Professor Catedrático da Faculdade de Filosofia da PUC, professor de Literatura da Língua Portuguesa, do Curso de Jornalismo e professor catedrático da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade do Rio Grande do Sul, Dante Laytano, pertencendo a diversas organizações culturais, é cronista, crítico literário, sociólogo. Na área de Folclore publicou Congadas (1945), A estância gaúcha (1952), Pequrno esboço de um estudo do linguajar gaúcho-brasileiro (1961) e O folclore do Rio Grande do Sul (1987).
DA-REDE-RASGADA. Diz-se da pessoa que não leva nada a sério. Alguém metido a besta, insolente. Moça mal comportada.
DAR-O-NÓ. Significa casar. Significa, também, quando qualquer problema ficou difícil, como na expressão: "Agora, deu-o-nó. E não há quem desate".
DAR-O-PIRA. Ir embora, se mandar, sumir, desaparecer, escafeder-se.
DEDOS. Os passatempos e as brincadeiras feitas com os dedos são muito interessantes. O nome dado aos dedos pelas crianças é de origem portuguesa: dedo mindinho, seu vizinho, maior de todos, fura-bolo, cata-piolho. As formas eruditas, usadas pelos adultos, são: mínimo, anular, médio, indicador e polegar. Tem a brincadeira feita com as criancinhas: "Dedo mindinho, seu vizinho, maior de todos, fura-bolo e cata-piolho. Depois toca-se na palma da mão da criança, perguntando: Onde está o bolinho que deixei aqui? O gato comeu, responde. Vai-se subindo pelo braço, cocegando e dizendo em cada parada: aqui descansou, aqui almoçou, aqui comeu, aqui parou e sobe-se até as axilas, fazendo cócegas: está aqui, está aqui. Outra brincadeira: toca-se em cada dedo da criança dizendo: "Este diz que quer comer; este diz não ter o que; este diz que vai furtar; este diz que não vá lá; este diz que Deus dará!" É com os dedos que se dá cafuné. (Ver CAFUNÉ). Com os dedos é feita a brincadeira de cama-de-gato. (Ver CAMA-DE-GATO). Até na linguagem popular vamos encontrar os dedos na boca do povo, como na expressão: "Dei dois dedos de prosa com ele". O dedo indicador serve para mostrar a direção de uma rua, de uma casa, de uma pessoa, e também acionar o gatilho das armas de fogo. Os dedos tocam instrumentos de corda. Dizem umas pessoas engraçadas que a gente devia ter um olho na ponta do dedo indicador.
DEFUNTO. As viúvas para não pronunciarem o nome dos maridos, em suas conversas, dizem: - "O defunto do meu marido..." O morto também é o finado, o falecido, além de defunto. Nas notícias policiais o morto é o cadáver, como nas manchetes: "O cadáver da vítima foi encontrado dias depois", etc. Mas essa, viúvas herdaram esse tabu de não pronunciarem o nome de seus falecidos esposos, dos australianos, polinésios, mongóis, tuaregues, acambas da África Central.
DEIXADA. É o nome que se dá à mulher abandonada pelo marido: - "Fulana não é solteira, nem viúva. É deixada!" A expressão é comum no Nordeste.
DEIXE-OS-PATOS-PASSAR. É uma expressão baseada num conto popular meio esquecido. Também se usa carneiros em lugar de patos. Significa alguma coisa que não acaba nunca, que jamais acontecerá, como na expressão no dia de são nunca.
DENDÊ. O dendê é um azeite indispensável na culinária afro-brasileira. A palmeira que dá o dendê é encontrada em todo o litoral africano do Atlântico e foi trazida para o Brasil pelos escravos africanos. Na linguagem popular pernambucana, dendê quer dizer pitéu, gostoso, coisa boa, apreciável; também coisa difícil, obstáculo.
DENTES. Os dentes são usados nos amuletos para combater o mau-olhado. Quando colocados no pescoço das crianças facilitam uma dentição forte, principalmente os de jacaré e da aranha-caranguejeira. Na Europa, colares feitos com dentes de tubarão e cação-lixa livram as crianças do medo. Entre os africanos e ameríndios os dentes do inimigos abatidos eram os troféus de maior valor. A criança atira o dente extraído da primeira dentição (os chamados dentes de leite) pra cima do telhado da casa, dizendo: "Mourão, Mourão toma teu dente podre, dá cá meu dente são!". Esse hábito tornou-se muito popular no Brasil. Também se usa atirar o dente no mar, para trazer felicidade para a criança. Na sabedoria de muitos países corre a expressão "Olho por olho, dente por dente", significando que as pessoas devem pagar o mal com o mal e o bem com o bem.
DESAFIO. O desafio é uma disputa entre poetas cantadores e que, vindo de Portugal, foi, no Nordeste onde melhor se aclimatou. O desafio é acompanhado por viola, na maioria dos casos. Outros cantadores nordestinos, como o negro Inácio da Catingueira, usavam, nos desafios, também o pandeiro. Os desafios são verdadeiras pelejas entre os cantadores que procuram diminuir as qualidades e aumentar os defeitos dos parceiros, mas que no fim dá tudo certo, de vez que tudo não passou de uma cantoria.
DESPACHO. Despacho é feitiço, macumba, ebó, coisa-feita. O ebó ou despacho é de procedência africana. Muitas vezes basta uma pequena quantidade de pipocas, embrulhos com farinha e azeite-de-dendê ou outros objetos usados na feitiçaria, para se fazer um despacho que deve ser jogado na direção da pessoa a quem se quer fazer mal.
DIABO. Veja CÃO.
DIA-DA-MENTIRA. Tudo começou em 1564, quando Carlos IX, rei da França, determinou que o ano começasse no dia primeiro de janeiro, no que foi seguido por outros países da Europa e, depois, por quase todos os países do mundo. É claro que no início a confusão foi geral, de vez que os meios de comunicação eram inexistentes. Não havia, na época, rádio, nem mesmo o jornal, pois a invenção da imprensa, por Gutemberg, só aconteceu muitos anos depois. Antes do rei Carlos IX determinar que o dia primeiro de janeiro fosse o começo do ano, este tinha início no dia primeiro de abril, o que resultou ficar conhecido como o dia-da-mentira, por causa das brincadeiras feitas com intenção de fazer rir. Surgiram, então, as brincadeiras em todo o mundo, como a da carta que se mandava por um portador destinada a outra pessoa, na qual se lia: - "Hoje é primeiro de abril. Mande este burro para onde ele quiser ir".
DIA-DE-SÃO-PAGAMIÃO. É um santo também imaginário, inventado pelo povo como o Dia-de-São-Nunca. O Dia-de-São-Pagamião tem dia certo; é o dia em que as pessoas recebem seus salários: "Eu só lhe pago no dia-de-São-Pagamião".
DIA-DE-SÃO-NUNCA. Nunca é um santo que não existe; é um santo criado pela imaginação popular. "Só lhe pagarei no dia-de-São-Nunca", isto é, nunca o pagamento da dívida será efetuado.
DINHEIRO. É bom o recebedor persignar-se (fazer o sinal da cruz) com o primeiro dinheiro que ganhar com seu trabalho, para que nunca lhe falte o que fazer.
DOBRADIÇA. A dobradiça é um passo com que o dançador do frevo marca o compasso da música carnavalesca, dobrando várias vezes a cintura, como se fosse uma dobradiça de porta. A coreografia do frevo – o passo – é muito rica.
DOIS-DOIS. É o nome que o povo dá, na Bahia, aos santos Cosme e Damião, festejados no dia 27 de setembro, com refeições oferecidas a sete crianças, seguindo-se o almoço dos adultos e danças, diante do peji ou altar onde estão as imagens dos santos gêmeos. A dança é muito animada, ao som de um atabaque e de um agogô.
DONA SANTA. O nome de dona Santa era Maria Júlia do Nascimento, mas seus familiares lhe deram o tratamento de Santa, Santinha por ser uma menina muito dócil e querida de todos. Foi escolhida como rainha do Maracatu Leão Coroado. Até que seu marido – João Vitorino – foi coroado rei da Nação Elefante, quando deixou de ser rainha. Mas quando o marido morreu, Dona Santa assumiu a direção do Maracatu Elefante até sua morte, em 1962. O acervo do Maracatu Elefante foi doado à Fundação Joaquim Nabuco.
DOR-DE-COTOVELO. 1. Também chamada de dor-de-viúva; é uma dor mais ou menos forte e rápida, causada por uma pancada no cotovelo onde fica situado o nervo cubital; 2. Na linguagem popular, é a situação em que fica o namorado (a) quando o namoro acaba e um dos dois fica roendo, sentindo a falta do outro parceiro.
DOR-DE-VIÚVA. Veja DOR-DE-COTOVELO
DORMIR. Quando a pessoa está dormindo, sua alma deixa o corpo e viaja. Antes de dormir, os católicos dizem uma oração, recomendando sua alma a Deus, pedindo proteção para que ela não sofra influência de forças malignas, para que volte ao corpo da pessoa. Uma série de crendices tem o ato de dormir como tema: a pessoa não deve dormir com sede, porque o anjo da guarda levanta-se de noite para beber água e pode se afogar no pote; não dormir com a casa sem água porque a alma pode sentir sede e procurar os rios, os lagos, as cacimbas e se cair dentro d'água, o corpo morre; não dormir em cima da mesa, porque dá azar, como também, não dormir com os pés para a porta da rua.
DUNGA. É o valentão, o homem que não tem medo de nada, nem de ninguém. É o chefe do bando, da galera. É o chefe político local, o mandão, que tudo resolve e todos lhe obedecem.
Fontes:
LÓSSIO, Rúbia. Dicionário de Folclore para Estudantes. Ed. Fundação Joaquim Nabuco
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