André Carlos Salzano Masini nasceu em São Paulo, em 1960. Estudou no I.E. Caetano de Campos e no Colégio Arquidiocesano. Aos 12 anos escreveu sua primeira história, "A invasão dos gatos pretos" (hoje perdida), que tinha como personagens os meninos e meninas de sua rua. Mas apesar de ter dedicado bastante tempo para concluir esse manuscrito de vários capítulos, ele não havia pensado no motivo que o levava a escrever nem no que pretendia fazer com a história.
A partir dos 15 anos passou a se interessar por biologia e ecologia. Tornou-se membro de um ativo grupo de estudos de história natural (o GHISNAT), que realizava freqüentes excursões à mata-atlântica. Acabou se acostumando com a Serra do Mar, onde acampava freqüentemente, muitas vezes em regiões remotas. Quando tinha 16 anos viveu nos EUA por cerca de um ano, aprendendo fluentemente a língua inglesa. Aos 17 anos, junto com outros membros do GHISNAT fundou o "Sobrevivência", um jornal de ecologia, que só teve um número, com 4 páginas. Também aos 17 anos escreveu sua primeira história de ficção científica, "O monte além do deserto", que existe até hoje em manuscrito.
A escolha da faculdade foi difícil. Ele queria estudar "Ciências Naturais", uma carreira excessivamente ampla, que há décadas já havia sido desmembrada. Teve então que optar por uma única ciência entre biologia, física, química, ecologia e geologia. Acabou escolhendo esta última. Ao fim do 2º ano de colégio, em 1978, passou no vestibular para Ciências da Terra na USP, mas não pôde se matricular por não ter o 3º ano completo. Passou novamente em 1979, e desta vez pôde cursar.
Durante a faculdade foi um dos membros da diretoria colegiada do centro acadêmico da Geologia. Na mesma época, começou a estudar filosofia por conta própria e a interessar-se por redação publicitária. Passou a fazer o exercício de analisar e reescrever alguns anúncios que via em revistas. Resolveu apresentar essas suas versões a agências de publicidade que, de modo geral não apreciaram muito a iniciativa. Mas uma delas gostou do trabalho e, mais tarde, acabou oferecendo-lhe um emprego como redator publicitário.
Ao se formar em geologia, trabalhou em mineração na Bahia e também um pouco em Goiás e Minas. A partir de 1985 passou a trabalhar como geólogo autônomo, participando de trabalhos em diversos estados, incluindo São Paulo, Minas, Goiás, Mato Grosso, Bahia, Tocantins e Pernambuco, atividade que manteve depois, de forma intermitente, até início de 1994. Durante 1985 trabalhou também como redator publicitário, na Link Publicidade Ltda. No segundo semestre desse ano criou junto com um sócio a Craft Comunicações, um estúdio de criação publicitária, que sobreviveu apenas seis meses. No fim desse ano escreveu a primeira versão de HUMANOS, com o título de A CLASSE HUMANA.
Em 1986 foi contratado pela ELC Electroconsult – uma grande empresa italiana de engenharia, que operava em todo o mundo. A empresa precisava de um geólogo jovem, com prática de mapeamento, que aceitasse viver na selva, e que falasse fluentemente inglês e italiano. André foi para o Equador, onde trabalhou por um ano na cordilheira oriental dos Andes, no edifício vulcânico do Vulcão El Reventador, região de florestas e campos de lavas intocada pelo ser humano; um dos lugares mais chuvosos do mundo, um ambiente imaculado, com pontos que para serem atingidos necessitavam de quatro dias de caminhada. Muitas dessas incursões eram realizadas solitariamente ou com a companhia de um único “machetero”.
De volta ao Brasil, trabalhou em uma empresa de engenharia como geólogo, mas, com a escassez cada vez maior de trabalhos de geologia, foi pouco a pouco passando, na própria empresa, a trabalhar como analista de suporte, analista de sistemas e programador. Mas tarde tornou-se analista independente, prestando serviços desenvolvimento, implantação, treinamento e manutenção de sistemas para diversas empresas pequenas. Paralelamente realizou pequenos trabalhos autônomos como geólogo.
Em fins de 1993 foi morar na Austrália, mas as coisas por lá não correram como planejado, acabou voltando para o Brasil no ano seguinte.
A volta não planejada para o Brasil não foi fácil. André teve de se adaptar a trabalhar como programador C e Assembler, em uma empresa de processamento e armazenamento de imagens. Quando esse trabalho acabou, as coisas se tornaram ainda piores. Para ele, a área de sistemas de informação, com o domínio absoluto do Windows, tornava-se cada dia mais decepcionante: com a mudança do foco das atenções – que originalmente estava nas coisas que realmente importam, como a integridade dos dados e a otimização dos recursos – para frivolidades como telas coloridas ou outras distrações. A mudança do tipo de diálogo entre o analista e o cliente – que originalmente era técnico e sério – para uma encenação mistificadora, em que todos fazem pose, mas ninguém sabe exatamente do que está falando. Uma mudança que, para quem pretendia ser profissional de informática, e não ator canastrão, tornava as coisas bastante sombrias. Profissionalmente, foram anos difíceis.
Mas, em meio a isso tudo, André continuava a escrever. Começava a preparar a segunda versão de HUMANOS, escrevia poesias e contos, e trabalhava em uma obra sui generis uma mistura de ensaio estético-histórico-filosófico com manifesto poético. Ele também continuava a apresentar seus trabalhos a editoras e a colecionar as educadas cartas de recusa que recebia (isso quando as editoras sequer se dignavam a responder).
Em 1996, com a situação na informática cada vez mais sombria, decidiu estudar para o concurso para Auditor Fiscal do Tesouro Nacional (hoje Auditor Fiscal da Receita Federal) e acabou passando no concurso em junho desse ano. Enquanto esperava ser chamado, continuou a escrever obstinadamente: concluiu seu manifesto poético e a segunda versão de HUMANOS, e "editou" ambos em impressora a laser. O manifesto poético recebeu algumas duras críticas.
No fim de 1997 André tomou posse no cargo de AFRF, em Cascavel, no oeste do Paraná. Nessa nova situação, ele aos poucos foi sentindo que nunca seus trabalhos literários haviam estado tão longe dos leitores. Em 1999, ele caiu de cama com uma hepatite A que se agravou, ficou meses deitado sem forças. Mas essa situação o levou a refletir sobre sua vida e a finalmente entender que nenhuma editora, nem ninguém, iria sequer examinar o valor de seu trabalho se ele não fizesse algo. Assim, ao se recuperar da doença, decidiu que editaria ele próprio seus livros. Publicou Pequena Coletânea de Poesias de Língua Inglesa em 2000, e Humanos em 2002 (a terceira versão da obra). Dedica-se também, desde 2000 à coleta de material e estudos para um livro ainda inédito: uma abordagem filosófica ampla da transgressão e da punição. Além disso deu palestras em universidades sobre poesia, tradução e sobre Edgar Allan Poe e O Corvo. Humanos conquistou um bom espaço na imprensa de vários estados brasileiros, inclusive em programas de televisão de âmbito nacional, principalmente considerando-se o fato de ser uma edição do autor.
Em 2001 casou-se com Elizangela de Carli. Em 2002 nasceu sua primeira filha, Talita Luísa.
Em abril de 2003 passou a escrever uma coluna semanal (que saia às quartas feiras) no jornal O Paraná. Ocupou esse espaço com textos de gêneros diversos, como artigos sobre política e conjuntura internacional, crônicas, contos humorísticos, e artigos filosóficos sobre a época em que vivemos. Os artigos receberam uma resposta bastante positiva, tanto dos leitores locais, como de outros jornais, que solicitaram permissão para republicações, entre eles o Jornal da União Brasileira dos Escritores.
Em 2004, por problemas de saúde ligados ao excesso de atividade, André deixou de escrever sua coluna no jornal. Mas continua a trabalhar em sua obra filosófica sobre a transgressão e a punição.
A Casa da Cultura foi idealizado por ele em 2003, mas atualmente, participa dela com idéias gerais, e ocasionalmente redigindo algum texto. Toda a gerência executiva do site está a cargo de sua esposa Elizangela de Carli Masini.
Fonte:
Casa da Cultura.
A partir dos 15 anos passou a se interessar por biologia e ecologia. Tornou-se membro de um ativo grupo de estudos de história natural (o GHISNAT), que realizava freqüentes excursões à mata-atlântica. Acabou se acostumando com a Serra do Mar, onde acampava freqüentemente, muitas vezes em regiões remotas. Quando tinha 16 anos viveu nos EUA por cerca de um ano, aprendendo fluentemente a língua inglesa. Aos 17 anos, junto com outros membros do GHISNAT fundou o "Sobrevivência", um jornal de ecologia, que só teve um número, com 4 páginas. Também aos 17 anos escreveu sua primeira história de ficção científica, "O monte além do deserto", que existe até hoje em manuscrito.
A escolha da faculdade foi difícil. Ele queria estudar "Ciências Naturais", uma carreira excessivamente ampla, que há décadas já havia sido desmembrada. Teve então que optar por uma única ciência entre biologia, física, química, ecologia e geologia. Acabou escolhendo esta última. Ao fim do 2º ano de colégio, em 1978, passou no vestibular para Ciências da Terra na USP, mas não pôde se matricular por não ter o 3º ano completo. Passou novamente em 1979, e desta vez pôde cursar.
Durante a faculdade foi um dos membros da diretoria colegiada do centro acadêmico da Geologia. Na mesma época, começou a estudar filosofia por conta própria e a interessar-se por redação publicitária. Passou a fazer o exercício de analisar e reescrever alguns anúncios que via em revistas. Resolveu apresentar essas suas versões a agências de publicidade que, de modo geral não apreciaram muito a iniciativa. Mas uma delas gostou do trabalho e, mais tarde, acabou oferecendo-lhe um emprego como redator publicitário.
Ao se formar em geologia, trabalhou em mineração na Bahia e também um pouco em Goiás e Minas. A partir de 1985 passou a trabalhar como geólogo autônomo, participando de trabalhos em diversos estados, incluindo São Paulo, Minas, Goiás, Mato Grosso, Bahia, Tocantins e Pernambuco, atividade que manteve depois, de forma intermitente, até início de 1994. Durante 1985 trabalhou também como redator publicitário, na Link Publicidade Ltda. No segundo semestre desse ano criou junto com um sócio a Craft Comunicações, um estúdio de criação publicitária, que sobreviveu apenas seis meses. No fim desse ano escreveu a primeira versão de HUMANOS, com o título de A CLASSE HUMANA.
Em 1986 foi contratado pela ELC Electroconsult – uma grande empresa italiana de engenharia, que operava em todo o mundo. A empresa precisava de um geólogo jovem, com prática de mapeamento, que aceitasse viver na selva, e que falasse fluentemente inglês e italiano. André foi para o Equador, onde trabalhou por um ano na cordilheira oriental dos Andes, no edifício vulcânico do Vulcão El Reventador, região de florestas e campos de lavas intocada pelo ser humano; um dos lugares mais chuvosos do mundo, um ambiente imaculado, com pontos que para serem atingidos necessitavam de quatro dias de caminhada. Muitas dessas incursões eram realizadas solitariamente ou com a companhia de um único “machetero”.
De volta ao Brasil, trabalhou em uma empresa de engenharia como geólogo, mas, com a escassez cada vez maior de trabalhos de geologia, foi pouco a pouco passando, na própria empresa, a trabalhar como analista de suporte, analista de sistemas e programador. Mas tarde tornou-se analista independente, prestando serviços desenvolvimento, implantação, treinamento e manutenção de sistemas para diversas empresas pequenas. Paralelamente realizou pequenos trabalhos autônomos como geólogo.
Em fins de 1993 foi morar na Austrália, mas as coisas por lá não correram como planejado, acabou voltando para o Brasil no ano seguinte.
A volta não planejada para o Brasil não foi fácil. André teve de se adaptar a trabalhar como programador C e Assembler, em uma empresa de processamento e armazenamento de imagens. Quando esse trabalho acabou, as coisas se tornaram ainda piores. Para ele, a área de sistemas de informação, com o domínio absoluto do Windows, tornava-se cada dia mais decepcionante: com a mudança do foco das atenções – que originalmente estava nas coisas que realmente importam, como a integridade dos dados e a otimização dos recursos – para frivolidades como telas coloridas ou outras distrações. A mudança do tipo de diálogo entre o analista e o cliente – que originalmente era técnico e sério – para uma encenação mistificadora, em que todos fazem pose, mas ninguém sabe exatamente do que está falando. Uma mudança que, para quem pretendia ser profissional de informática, e não ator canastrão, tornava as coisas bastante sombrias. Profissionalmente, foram anos difíceis.
Mas, em meio a isso tudo, André continuava a escrever. Começava a preparar a segunda versão de HUMANOS, escrevia poesias e contos, e trabalhava em uma obra sui generis uma mistura de ensaio estético-histórico-filosófico com manifesto poético. Ele também continuava a apresentar seus trabalhos a editoras e a colecionar as educadas cartas de recusa que recebia (isso quando as editoras sequer se dignavam a responder).
Em 1996, com a situação na informática cada vez mais sombria, decidiu estudar para o concurso para Auditor Fiscal do Tesouro Nacional (hoje Auditor Fiscal da Receita Federal) e acabou passando no concurso em junho desse ano. Enquanto esperava ser chamado, continuou a escrever obstinadamente: concluiu seu manifesto poético e a segunda versão de HUMANOS, e "editou" ambos em impressora a laser. O manifesto poético recebeu algumas duras críticas.
No fim de 1997 André tomou posse no cargo de AFRF, em Cascavel, no oeste do Paraná. Nessa nova situação, ele aos poucos foi sentindo que nunca seus trabalhos literários haviam estado tão longe dos leitores. Em 1999, ele caiu de cama com uma hepatite A que se agravou, ficou meses deitado sem forças. Mas essa situação o levou a refletir sobre sua vida e a finalmente entender que nenhuma editora, nem ninguém, iria sequer examinar o valor de seu trabalho se ele não fizesse algo. Assim, ao se recuperar da doença, decidiu que editaria ele próprio seus livros. Publicou Pequena Coletânea de Poesias de Língua Inglesa em 2000, e Humanos em 2002 (a terceira versão da obra). Dedica-se também, desde 2000 à coleta de material e estudos para um livro ainda inédito: uma abordagem filosófica ampla da transgressão e da punição. Além disso deu palestras em universidades sobre poesia, tradução e sobre Edgar Allan Poe e O Corvo. Humanos conquistou um bom espaço na imprensa de vários estados brasileiros, inclusive em programas de televisão de âmbito nacional, principalmente considerando-se o fato de ser uma edição do autor.
Em 2001 casou-se com Elizangela de Carli. Em 2002 nasceu sua primeira filha, Talita Luísa.
Em abril de 2003 passou a escrever uma coluna semanal (que saia às quartas feiras) no jornal O Paraná. Ocupou esse espaço com textos de gêneros diversos, como artigos sobre política e conjuntura internacional, crônicas, contos humorísticos, e artigos filosóficos sobre a época em que vivemos. Os artigos receberam uma resposta bastante positiva, tanto dos leitores locais, como de outros jornais, que solicitaram permissão para republicações, entre eles o Jornal da União Brasileira dos Escritores.
Em 2004, por problemas de saúde ligados ao excesso de atividade, André deixou de escrever sua coluna no jornal. Mas continua a trabalhar em sua obra filosófica sobre a transgressão e a punição.
A Casa da Cultura foi idealizado por ele em 2003, mas atualmente, participa dela com idéias gerais, e ocasionalmente redigindo algum texto. Toda a gerência executiva do site está a cargo de sua esposa Elizangela de Carli Masini.
Fonte:
Casa da Cultura.
Nenhum comentário:
Postar um comentário