sexta-feira, 22 de maio de 2009

Gérard de Nerval (22 de Maio 1808 – 25 Janeiro 1855)


Gérard de Nerval (Paris, 22 de Maio de 1808 - 25 de Janeiro de 1855) foi um notório poeta do século XIX, considerado um expoente da poesia francesa.

Seu nome verdadeiro era Gérard Labrunie. Foi educado pelo pai, uma vez que sua mãe teve morte prematura.

Gérard de Nerval, cujo nome verdadeiro era Gerard Labruni, nasceu em Paris 22 de maio de 1808. Órfão de mãe, filho dum médico do exército de Napoleão, o jovem Gerard foi criado em Mortefontaine, na propriedade de seu tio-avô, no país Valois, região de florestas e lagos, tudo embuído de poesia e mistério, onde ele se inspira na poesia rústica e popular.

Ao longo de seus estudos parisienses, no colégio Carlos Magno, ele foi sócio do célebre Théophile Gautier, na elaboração de um folhetim dramático que era publicado regularmente na imprensa.

Ele refuta seus estudos de medicina, apaixona-se pela literatura alemã e em particular por Goethe, do qual ele seria mais tarde um grande tradutor e se fez conhecer por uma tradução de Fausto(1828) e depois de Hoffmann. Fausto, de Goethe, tradução na qual Berlioz se baseou para criar a sinfonia A Danação de Fausto.

No dia seguinte à batalha de Hernani(1830)da qual participou, ele frequenta a boemia da margem esquerda e o “Cenário” romântico e se vê numa louca paixão pela atriz Jennny Colon em 1836, que encarna todos seus sonhos, mas que o abandona para se casar com um músico. Ela se constituirá em seguida como uma das figuras femininas ideais, como em Aurélia (1855). Esta paixão infeliz determinará um traço característico de sua obra: a expansão do sonho na vida real, o fantástico e o amor platônico servindo para ele como fonte de inspiração.

Em 1841, começou a apresentar sinais de esquizofrenia, sendo internado por um tempo. Viajou pela Alemanha em companhia de Alexandre Dumas, e depois sozinho, pelo restante da Europa. Jenny Colon, sua” única estrela”, morre em 1842.

Ele se engaja, então, em 1843 numa viagem ao Oriente que o leva ao Egito, Síria, Turquia, Malta e Nápoles. A narrativa Viagem ao Oriente publicada em 1851 retrata essa experiência, toda impregnada da cultura antiga e de mitologia. Após a viagem, sua readaptação à França fica difícil e ele vive durante dez anos de pequenos trabalhos em edição e jornalismo.

Em 1851 sofreu nova crise de esquizofrenia, sendo internado por diversas vezes repetidas na clínica do Dr. Blanche, em Passy. Sua” loucura” lhe deixa mesmo assim alguns momentos de lucidez, donde nascem suas obras-primas e obras-mestras, Sylvie, Os filhos do Fogo e principalmente As Quimeras, seguida de doze sonetos repletos de alusões às revelações que o poeta crê ter recebido do Além, e logo tingidos dum hermetismo ligado à diversidade dos símbolos que ali funcionam simultaneamente. Nos últimos tempos de sua vida, ele leva uma existência errante e de miséria, até a manhã de 26 de janeiro de 1855, quando é encontrado dependurado sob a grade de uma escada, na rua da Velha-Lanterna, perto do Châtelet. É publicada Aurélia.

Características literárias

Desde cedo foi atraído pela literatura alemã, em especial "Contos Fantásticos", de Hoffmann, e "Fausto", de Goethe, que começou a traduzir em 1828.

Sua viagem ao oriente, que despertara o interesse pelo esoterismo e ocultismo, a esquizofrenia que o acompanhava, e a forte influência alemã foram fatores que o tornaram pouco alinhado com o romantismo francês de seu tempo.

Há uma certa melancolia em sua obra que o marginaliza ou, segundo pensam alguns críticos, o aproxima de um pré-simbolismo.

Obras principais
Elégies et Odelettes (1830) (Elegias e Odes Pequenas)
Fragments de Nicolas Flamel (1831)
Les filles du feu (1854) (As Filhas do Fogo), onde figuram os sonetos das Chimères (Quimeras)
Les amours de Vienne: La Pandora (1854) (Os Amores de Viena: A Pandora)
Aurélia ou le rève et la vie (1855) (Aurélia ou o Sonho e a Vida)

Fontes:
http://pt.wikipedia.org/
www.clicfolio.com/clicfolio/arquivos.php?arq=33644&id=8924

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