Uma Trova de Ademar
Quase toda madrugada,
Já vendo raiar o dia,
faço um verso à minha amada
num orvalhar de poesia...
–Ademar Macedo/RN–
Uma Trova Nacional
Nos limites da loucura,
trapaceira da razão,
minha saudade procura
teu vulto na multidão.
–Divenei Boseli/SP–
Uma Trova Potiguar
Embora sejam, bisonhos,
e esperanças me leguem,
eu não persigo meus sonhos;
são eles que me perseguem...
–Pedro Grilo/RN–
Uma Trova Premiada
2006 - CTS/Caicó/RN
Tema - PONTE - 1º Lugar.
Aquela ponte que unia
nossas vilas ribeirinhas,
une, ainda, por magia,
tuas saudades e as minhas.
–Gislaine Canales/SC–
...E Suas Trovas Ficaram
Na madrugada indormida,
juntei ternura aos pedaços,
cada remendo de vida
tinha linha de teus traços..
–Graziela Lydia Monteiro/MG–
Uma Poesia
Quando eu tinha a idade molequeira
pesquei muita piaba num açude;
joguei finca, pião, bola de gude;
soltei pipas, cacei de baladeira;
enterrei muita faca em bananeira.
Meus brinquedos não tinham nem patente,
mas com eles brincava alegremente.
Já que o tempo tornou isso lembrança,
“Eu queria de novo ser criança
pra brincar de criança novamente”.
–Tarcísio Fernandes/RN–
Soneto do Dia
S O N E T E A N D O.
–J. B. Xavier/SP–
Ele começa no verso primeiro,
passa ao segundo, de poesia farto,
e adentra afoito já pelo terceiro,
enquanto escrevo mais um verso – o quarto!
E passo ao quinto, verso alvissareiro,
depois ao sexto bem ligeiro eu parto,
e neste sétimo me atiro inteiro
já que este oitavo contigo reparto.
São só catorze, e já vou indo ao nono!
No verso dez não quero mais parar,
pois este onze vai tirar meu sono;
Mas vou ao doze, falta só um terceto...
Este não digo, pois dá muito azar.
Décimo quarto: fim deste soneto!
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