sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 699)



Uma Trova de Ademar  

Quase toda madrugada, 
Já vendo raiar o dia, 
faço um verso à minha amada 
num orvalhar de poesia... 
–Ademar Macedo/RN– 

Uma Trova Nacional  

Nos limites da loucura, 
trapaceira da razão, 
minha saudade procura 
teu vulto na multidão. 
–Divenei Boseli/SP– 

Uma Trova Potiguar  

Embora sejam, bisonhos, 
e esperanças me leguem, 
eu não persigo meus sonhos; 
são eles que me perseguem... 
–Pedro Grilo/RN– 

Uma Trova Premiada  

2006   -   CTS/Caicó/RN 
Tema   -   PONTE   -   1º Lugar. 

Aquela ponte que unia 
nossas vilas ribeirinhas, 
une, ainda, por magia, 
tuas saudades e as minhas. 
–Gislaine Canales/SC– 

...E Suas Trovas Ficaram  

Na madrugada indormida, 
juntei ternura aos pedaços, 
cada remendo de vida 
tinha linha de teus traços.. 
–Graziela Lydia Monteiro/MG– 

Uma  Poesia  

Quando eu tinha a idade molequeira 
pesquei muita piaba num açude; 
joguei finca, pião, bola de gude; 
soltei pipas, cacei de baladeira; 
enterrei muita faca em bananeira. 
Meus brinquedos não tinham nem patente, 
mas com eles brincava alegremente. 
Já que o tempo tornou isso lembrança, 
“Eu queria de novo ser criança 
pra brincar de criança novamente”. 
–Tarcísio Fernandes/RN– 

Soneto do Dia  

S O N E T E A N D O. 
–J. B. Xavier/SP– 

Ele começa no verso primeiro, 
passa ao segundo, de poesia farto, 
e adentra afoito já pelo terceiro, 
enquanto escrevo mais um verso – o quarto! 

E passo ao quinto, verso alvissareiro, 
depois ao sexto bem ligeiro eu parto, 
e neste sétimo me atiro inteiro 
já que este oitavo contigo reparto. 
São só catorze, e já vou indo ao nono! 

No verso dez não quero mais parar, 
pois este onze vai tirar meu sono; 

Mas vou ao doze, falta só um terceto... 
Este não digo, pois dá muito azar. 
Décimo quarto: fim deste soneto!

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