sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 695)



Uma Trova de Ademar  

O vento da minha Fé, 
de maneira enternecida, 
sopra, mas deixa de pé 
as dunas da minha vida! 
–Ademar Macedo/RN– 

Uma Trova Nacional  

Quem desfia a vida aos gritos 
nunca é dono do que faz; 
como ter sonhos bonitos 
quem não tem a própria paz. 
–Nilton Manoel/SP– 

Uma Trova Potiguar  

Mais vale amar, sem receios, 
numa entrega destemida... 
Do que não sentir os veios 
da doce fonte da vida! 
–Mara Melinni/RN– 

...E Suas Trovas Ficaram  

Numa trova amoldo e sinto, 
além do tema proposto, 
um pensamento sucinto 
formulado com bom gosto. 
–Miguel Russowsky/SC– 

Uma Trova Premiada  

2010   -   ATRN-Natal/RN 
Tema   -   AUSÊNCIA   -   1º Lugar 

Cadeira velha, esquecida, 
sem dono e sem mais ninguém... 
Só a saudade atrevida 
reclama a ausência de alguém.
–Prof. Garcia/RN– 

U m a P o e s i a  

Quando a vida faz convite 
Pra o homem ser sofredor, 
Primeiro vem a paixão 
Mais tarde vem o amor, 
Depois do amor a saudade 
Depois da saudade a dor. 
–Edmilson Ferreira/PI– 

Soneto do Dia  

SONETO.
–Fagundes Varela/RS–

Desponta a estrela d'alva, a noite morre.
Pulam no mato alígeros cantores,
E doce a brisa no arraial das flores
Lânguidas queixas murmurando, corre.

Volúvel tribo a solidão percorre
Das borboletas de brilhantes cores;
Soluça o arroio; diz a rola amores
Nas verdes balsas donde o orvalho escorre.

Tudo é luz e esplendor; tudo se esfuma
Às carícias d'aurora, ao céu risonho,
Ao flóreo bafo que o sertão perfuma!

Porém minh'alma triste e sem um sonho
Repete olhando o prado, o rio, a espuma:
- Oh! mundo encantador, tu és medonho!

Nenhum comentário: