Uma Trova de Ademar
Saudade... dor cruciante
que nos maltrata demais;
palavra sempre constante
nas Trovas que a gente faz!
–Ademar Macedo/RN–
Uma Trova Nacional
Passa a brisa e satisfeito
sentindo-a relembro quando
tu repousada em meu peito
fechava os olhos sonhando...
–Gilvan Carneiro da Silva/RJ–
Uma Trova Potiguar
Geme, ao pelourinho, aflito,
um pobre velho africano,
de olhar preso no infinito,
num plantão de desengano!
–Sebastião Soares/RN–
Uma Trova Premiada
1998 - Ribeirão Preto/SP
Tema - SONHO - 2º Lugar
Meus pobres sonhos, tão fracos,
a vida em escombro os fez,
mas, teimosa, eu junto os cacos...
e eis-me a sonhar outra vez!
–Dorothy Jansson Moretti/SP–
...E Suas Trovas Ficaram
Morte!... No termo das provas,
Senhor, agradeço a luz
Com que adornaste de trovas
As trevas de minha cruz!
–Adelmar Tavares/PE–
Uma Poesia
Quem entra nela pressente
um sopro de nostalgia,
na casa velha que um dia
já abrigou tanta gente,
ao passar do teu batente
se escuta logo a zoada
de um morcego em disparada
querendo dela escapar;
tem muito o que se contar
de uma casa abandonada.
–Júnior Adelino/PB–
Soneto do Dia
EU E O GALO DE CAMPINA.
–Vinícios Gregório/PE–
Triste sina de um Galo-de-Campina
Que era alegre bem antes da prisão,
Mas foi preso nas grades do alçapão
E hoje chora no canto a triste sina.
Eu também tive a sina repentina,
Pois um dia fui livre e hoje não.
Na tristeza, esse Galo é meu irmão:
Minha sina da dele é copia fina.
Hoje a casa do Galo é a gaiola.
Notas tristes no canto é que ele sola.
A saudade do Galo - a vastidão.
O meu canto é um canto de lamento.
A gaiola é o meu apartamento.
E a saudade que eu sinto é do sertão.
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