sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 700)



Uma Trova de Ademar  

Saudade... dor cruciante 
que nos maltrata demais; 
palavra sempre constante 
nas Trovas que a gente faz! 
–Ademar Macedo/RN– 

Uma Trova Nacional  

Passa a brisa e satisfeito 
sentindo-a relembro quando 
tu repousada em meu peito 
fechava os olhos sonhando... 
–Gilvan Carneiro da Silva/RJ– 

Uma Trova Potiguar  

Geme, ao pelourinho, aflito, 
um pobre velho africano, 
de olhar preso no infinito, 
num plantão de desengano! 
–Sebastião Soares/RN– 

Uma Trova Premiada  

1998   -   Ribeirão Preto/SP 
Tema   -   SONHO   -   2º Lugar 

Meus pobres sonhos, tão fracos,
a vida em escombro os fez,
mas, teimosa, eu junto os cacos...
e eis-me a sonhar outra vez! 
–Dorothy Jansson Moretti/SP– 

...E Suas Trovas Ficaram  

Morte!... No termo das provas,
Senhor, agradeço a luz
Com que adornaste de trovas
As trevas de minha cruz! 
–Adelmar Tavares/PE– 

Uma  Poesia  

Quem entra nela pressente
um sopro de nostalgia,
na casa velha que um dia
já abrigou tanta gente,
ao passar do teu batente
se escuta logo a zoada
de um morcego em disparada
querendo dela escapar;
tem muito o que se contar
de uma casa abandonada. 
–Júnior Adelino/PB– 

Soneto do Dia  

EU E O GALO DE CAMPINA.
–Vinícios Gregório/PE– 

Triste sina de um Galo-de-Campina
Que era alegre bem antes da prisão,
Mas foi preso nas grades do alçapão
E hoje chora no canto a triste sina.

Eu também tive a sina repentina,
Pois um dia fui livre e hoje não.
Na tristeza, esse Galo é meu irmão:
Minha sina da dele é copia fina.

Hoje a casa do Galo é a gaiola.
Notas tristes no canto é que ele sola.
A saudade do Galo - a vastidão.

O meu canto é um canto de lamento.
A gaiola é o meu apartamento.
E a saudade que eu sinto é do sertão.

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