FAISQUEIRO — Garimpeiro de ouro; catador de faíscas de ouro em lavras velhas.
FASES-DA-LUA — O sertanejo anda pelas fases da lua. Os barreiros das olarias são sangrados na minguante. Extrai-se madeiras, para não carunchar ou apodrecer, na minguante. Na nova faz-se plantações e muda-se de casa (se fôr dia de sexta-feira). Quatro dias depois de lua-nova, castram-se porcos e bois. Até remédios e negócios aguardam as determinadas fases da lua. .
FIÚZA — Confiança pouco justificável em alguém, ou em algo.
FOBA — Ruim: precipitado.
FÔLHA-DE-COUVE — Nota de quinhentos cruzeiros.
FOLIA — Bando de ociosos devotos que percorrem as roças pedindo esmolas para festas de igreja, levando consigo bandeira "benta" e charanga. "Folia do Divino…"
FORNALHA — Fornalha é mais usado como termo industrial: boca de forno.
FRUITA — Jabuticaba.
FULMINANTE — Espingarda de carregar pela boca.
FUNDURA — Profundidade. Também se usa em sentido extensivo. "Não me meto em tais funduras…"
FUZIL — Pedaço de aço, com que se fere a pedra de isqueiro para tirar fogo.
G
GAMBIRAR — Barganhar; fazer trocas. No sertão faz-se mais gambiras que mesmo negócios a dinheiro.
GÁS — Querosene.
GÁSTURA — Mal estar; perturbação gástrica; opressão do peito.
GAZO — Olho branco. "Cavalo gazo…" de olhos brancos.
GERAIS — Vegetação homogênea.
GIRAU — Cama, mesa, prateleira de paus roliços.
GODERAR — Olhar gulosseimas, cobiçando-as.
GODÓ, GODO — Água viscosa, lamacenta, ou coisa que se lhe assemelhe.
GOIACA — Cinta larga de couro, com diversas divisões para documentos e dinheiro; capa do revólver e baleira. A côr preferida pelos boiadeiros é sempre a amarela. Var. Guaiaca.
GORGULHO — Cascalho; particularmente seixos de tapio-canga decomposta.
GORINO — Lugarejo de romaria.
GRAXA — Engraxar o encarregado do negócio: soltar dinheiro por fora.
GRITALHADA — Gritaria.
GUAMPO — Copo feito de chifre, usado em viagem.
GUANXUME — O mesmo que coivara ou emaranhado de mato.
GUARIROBA — Espécie de coqueiro que fornece um palmito amargoso, muito apreciado.
GUATAMBU — Pequeno arbusto de tronco reto, especial para cabos de ferramentas, como enxada, enxadão, foice etc.
GUMERIM, GUAMIRIM — Fruta roxa que dá nos barrancos dos rios, caindo, quando madura, dentro d’água, cevando pacus e piaus. Tem o diâmetro de uma cereja de café.
H
HO — Marca de revólver muito usado no sertão. O Schmidt é mais afamado, mas poucos podem ter um Schmidt.
I
INDACAS — "Procurar inda-cas": pretexto para arengar ou brigar.
INGÁ — Fruto do ingàzeiro, de gosto adocicado e muito apreciado pelas crianças; vende-se nas feiras. Serve para iscar anzol para peixes de escamas.
INZONAR — Ser moroso no trabalho; procurar pretexto fútil para se esquivar do trabalho.
INZONEIRO — Malandro; mole; que perde tempo em futilidades.
ISCA — Acendalha de algodão queimado, de que se enche a binga.
J
JACUBA — Farnel de rapadura e farinha, socadas em pilão.
JARDINEIRA — Ônibus, diligência, auto para transporte de passageiros.
JAÚ-DE-CAMA — Um dos maiores peixes de couro de agua doce mora enlocado nas pedras, onde faz a sua cama (de pedras).
JIRISA — Ojerisa.
JUÇARA — Pêlos finos, duros e espinhosos que cobrem frutos, folhas ou caules. "Juçaras de gravatas".
Fonte:
Estórias e Lendas de Goiás e Mato Grosso. Seleção de Regina Lacerda. . Ed. Literat. 1962
FASES-DA-LUA — O sertanejo anda pelas fases da lua. Os barreiros das olarias são sangrados na minguante. Extrai-se madeiras, para não carunchar ou apodrecer, na minguante. Na nova faz-se plantações e muda-se de casa (se fôr dia de sexta-feira). Quatro dias depois de lua-nova, castram-se porcos e bois. Até remédios e negócios aguardam as determinadas fases da lua. .
FIÚZA — Confiança pouco justificável em alguém, ou em algo.
FOBA — Ruim: precipitado.
FÔLHA-DE-COUVE — Nota de quinhentos cruzeiros.
FOLIA — Bando de ociosos devotos que percorrem as roças pedindo esmolas para festas de igreja, levando consigo bandeira "benta" e charanga. "Folia do Divino…"
FORNALHA — Fornalha é mais usado como termo industrial: boca de forno.
FRUITA — Jabuticaba.
FULMINANTE — Espingarda de carregar pela boca.
FUNDURA — Profundidade. Também se usa em sentido extensivo. "Não me meto em tais funduras…"
FUZIL — Pedaço de aço, com que se fere a pedra de isqueiro para tirar fogo.
G
GAMBIRAR — Barganhar; fazer trocas. No sertão faz-se mais gambiras que mesmo negócios a dinheiro.
GÁS — Querosene.
GÁSTURA — Mal estar; perturbação gástrica; opressão do peito.
GAZO — Olho branco. "Cavalo gazo…" de olhos brancos.
GERAIS — Vegetação homogênea.
GIRAU — Cama, mesa, prateleira de paus roliços.
GODERAR — Olhar gulosseimas, cobiçando-as.
GODÓ, GODO — Água viscosa, lamacenta, ou coisa que se lhe assemelhe.
GOIACA — Cinta larga de couro, com diversas divisões para documentos e dinheiro; capa do revólver e baleira. A côr preferida pelos boiadeiros é sempre a amarela. Var. Guaiaca.
GORGULHO — Cascalho; particularmente seixos de tapio-canga decomposta.
GORINO — Lugarejo de romaria.
GRAXA — Engraxar o encarregado do negócio: soltar dinheiro por fora.
GRITALHADA — Gritaria.
GUAMPO — Copo feito de chifre, usado em viagem.
GUANXUME — O mesmo que coivara ou emaranhado de mato.
GUARIROBA — Espécie de coqueiro que fornece um palmito amargoso, muito apreciado.
GUATAMBU — Pequeno arbusto de tronco reto, especial para cabos de ferramentas, como enxada, enxadão, foice etc.
GUMERIM, GUAMIRIM — Fruta roxa que dá nos barrancos dos rios, caindo, quando madura, dentro d’água, cevando pacus e piaus. Tem o diâmetro de uma cereja de café.
H
HO — Marca de revólver muito usado no sertão. O Schmidt é mais afamado, mas poucos podem ter um Schmidt.
I
INDACAS — "Procurar inda-cas": pretexto para arengar ou brigar.
INGÁ — Fruto do ingàzeiro, de gosto adocicado e muito apreciado pelas crianças; vende-se nas feiras. Serve para iscar anzol para peixes de escamas.
INZONAR — Ser moroso no trabalho; procurar pretexto fútil para se esquivar do trabalho.
INZONEIRO — Malandro; mole; que perde tempo em futilidades.
ISCA — Acendalha de algodão queimado, de que se enche a binga.
J
JACUBA — Farnel de rapadura e farinha, socadas em pilão.
JARDINEIRA — Ônibus, diligência, auto para transporte de passageiros.
JAÚ-DE-CAMA — Um dos maiores peixes de couro de agua doce mora enlocado nas pedras, onde faz a sua cama (de pedras).
JIRISA — Ojerisa.
JUÇARA — Pêlos finos, duros e espinhosos que cobrem frutos, folhas ou caules. "Juçaras de gravatas".
Fonte:
Estórias e Lendas de Goiás e Mato Grosso. Seleção de Regina Lacerda. . Ed. Literat. 1962
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