CORES NA PRAÇA
Manacás floridos fazem companhia aos bancos vazios da praça...
O colorido das flores embeleza a manhã de quem passa…
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ESCRITO NO CORAÇÃO...
Na capa do disco antigo
escreveu uma declaração de amor.
O tempo, quase apagou as palavras, a data...
Mas, no coração ainda permanece lindo o amor!
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GOTAS DE EMOÇÃO
Em cada lágrima, retratos de emoção...
Em cada retrato:
um rosto, lembranças e sonhos,
desenhados pela saudade:
nas telas pequenas e mágicas das lágrimas…
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HÁ DIAS ASSIM...
A lembrança do seu olhar,
Do perfume permanece.
A música da última dança...
E a saudade insiste!
Há dias assim
E noites também…
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JANELAS...
Das janelas vejo as estações dos anos...
A lua e as estrelas.
Admiro as gotas de chuvas...
Folhas secas, flores...
Da janela, ouço os pássaros.
Sonho...
De uma dessas janelas vi o Amor chegar!
Janela mágica que encantou e inspirou o brilho no olhar,
Com as cores da felicidade...
Da janela do Tempo veio a despedida
E com ela, a saudade a espreitar...
Fecho a cortina e finjo que não a vejo.
A Janela da Saudade, tento fechar...
Mas ela é intensa, e mais forte que minhas mãos,
Desisto e deixo-a entrar...
Empresto da janela da Primavera, às flores.
Enfeito a saudade, que iluminada e decidida
Desenha lembranças nas janelas do meu coração…
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NUM PISCAR DE OLHOS
Num piscar de olhos...
Um amor se conhece,
Abraços e beijos...
Num piscar de olhos,
Sonhos são desenhados,
Aquarelados.
Num piscar de olhos,
A despedida acontece.
A saudade permanece...
Refletido nas lágrimas,
Vejo seu rosto,
Num piscar de olhos...
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O DESPERTAR DA NATUREZA
Os sons da casa ao acordar...
Indicam que um novo e belo dia irá começar!
O sol que entra pela janela,
Na sala, aquece três lindos e sonolentos gatos...
E lá fora...
Deixa as flores das floreiras, mais belas!
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O ÚLTIMO OLHAR...
Impossível foi evitá-lo...
Não havia mais como fugir, fingir sua ausência.
O último olhar se fez necessário.
A despedida de cor cinza com gosto de saudade,
Como entender e aceitar o fim do amor,
A sensação de vazio, de tempo perdido...
De um amor que não pode ser esquecido?
Como viver sem seu olhar?
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POSES DE GATO
Atento
Sentado
Brincando
Deitado
Dormindo
Espreguiçando...
Lambendo a patinha.
Gato preto em sete poses
deixa linda e misteriosa a caneca branca: encanta!
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REFLEXOS EM MEU OLHAR...
Ao olhar-me no espelho vejo um pouco dos seus olhos...
Ainda lembro-me do dia do seu aniversário, do seu signo,
Do seu doce preferido, de como gostava do café…
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TRAÇOS DA TUA AUSÊNCIA
Tua ausência tem nome, perfume e cor.
Além de senti-la posso até desenhá-la...
Às vezes, tão real é o desenho que quase acaricio teu rosto…
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TRISTE ROTINA
O relógio na parede marca as horas e observa silencioso,
o encontro dos camponeses à mesa,
depois de um dia exaustivo de trabalho, a rotina continua,
a vida prossegue sem a esperança de um futuro mais digno...
O cômodo rústico revela as poucas posses, poucos direitos.
As roupas escuras e gastas pelo constante uso, se completam
com as mãos grandes, ideais para trabalhar a terra...
Olhares sem brilho, revelando tristeza e conformismo.
Cada personagem perdido em seu próprio mundo: como se
seus destinos estivessem traçados muito antes de nascerem.
Olhares sem brilho, refletindo almas sem vida, sem cores,
faltando-lhes vontade e coragem de mudar.
Liberdade, alegria, dignidade para os trabalhadores da terra,
só em sonhos...
* Poesia inspirada no quadro “Os Comedores de Batata”, de Vincent Van Gogh (1885)
Fonte:
Recanto das Letras da Poetisa
2 comentários:
Excelente, parabéns a todos!
Parabéns, Vanice!
Boa tarde Marli Baldori, muito obrigada querida. Abraços, Vanice Zimerman.
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