Capitão Assis recebendo diploma de cidadão taubateano
Capitão Benedicto Nunes de Assis, Capitão Assis, como é conhecido, nasceu em São José dos Campos no dia 22 de fevereiro de 1908.
Poeta, trovador, o capitão Assis dizia que de tanto rezar, Deus o ouviu, e lhe deu uma velhice sossegada. “Deus não me deixou sem amparo. Aí estão os meus filhos, com suas famílias, mas não esquecem o velho pai. Tenho o carinho e a solícita assistência deles a qualquer momento. Filhos abençoados!”
Taubaté linda terra onde as igrejas
Se multiplicam espalhando a luz
Da fé que leva os homens a Jesus,
Que pelo teu labor bendita sejas
Labor fecundo pois que tu vicejas
Entre palmeiras, chaminés e a cruz.
Benedicto Assis foi empregado em vários estabelecimentos comerciais de São José. Com 18 anos, foi incorporado às fileiras do Exército Brasileiro, onde serviu por mais de 25 anos. “Ele ajudou, desta forma, a escrever páginas brilhantes e heróicas da nossa história militar”, disse a vereadora Pollyana Whinter em sua saudação ao cidadão taubateano.
Por ocasião da Revolução Constitucionalista de 1932, Assis prestou serviços no 6° Regimento de Infantaria em Caçapava.
Com a formação da Força Expedicionária Brasileira, o então sargento Assis é selecionado para lutar na 2ª Grande Guerra Mundial, indo para a Europa em junho de 1944. “O sargento Assis viveu intensamente as agruras de um frio hostil desconhecido dos brasileiros, tudo agravado pelo soar das bombas e do matracar das famosas e terríveis ‘lurdinhas'”, disse a vereadora.
De volta ao Brasil, e depois de passar por São Gonçalo (RJ) e Caçapava, veio para Taubaté em 1948 como delegado do serviço militar.
Com a ida para a reserva, Assis participa ativamente da Associação dos Ex-combatentes do Brasil - seção de Taubaté, onde exerceu todos os cargos de diretoria.
Certa vez, num discurso, quando era Presidente da Associação dos ex-combatentes do Brasil, declarou: "que esta Associação seja extinta"... seus colegas de Associação se assombraram com as palavras, indagando se ele queria dissolver o grupo, quando, receberam como resposta: "Desejo que nunca mais hajam conflitos no mundo, e assim sendo não haverá novos membros para nossa Associação, pois ela não terá mais razão de existir"...
Foi, em Taubaté, Presidente da Federação das Congregações Marianas, do Círculo Operário, da Associação dos ex-combatentes do Brasil e da União Brasileira de Trovadores (alcançando, nesta última, a presidência estadual). Foi Escritor, poeta, sonetista, hacaísta, e trovador, tendo lançado três livros. Membro efetivo da Academia Taubateana de Letras. Destacamos ainda, sua dedicação às obras vicentinas, tendo participado de conferências e de diretorias das Casas Pias de Taubaté. Estava sempre alegre, sorrindo, e pronto para declamar inúmeras poesias de autoria própria, de poetas taubateanos e de outras terras... Possuía uma excelente memória, sendo raro encontrar alguém com a mesma capacidade de memorização.
“Exímio articulador de palavras”, no dizer da vereadora Pollyana, Assis começa a participar de concursos de trovas, conseguindo inúmeros prêmios por todo o país. Foi presidente da União Brasileira de Trovadores, seção de Taubaté e da seção paulista. Ele ocupa a cadeira nº 38 da Academia Taubateana de Letras.
Padre Frederico Meirelles (que reside na Inglaterra) disse que um detalhe que o encanta no capitão Assis é que, mesmo militar e educado à severidade das normas e das regras da hierarquia e do dever de servir, “este homem que conheceu até a guerra de perto, nunca perdeu a ternura e a delicadeza de poeta, e em seus versos melodiosos, de leveza e graça quase maternais deu vazão ao seu coração apaixonado nos ensinando a amar a família, a pátria e a Deus”.
Capitão Assis faleceu na madrugada de 30 de abril de 2008. O cortejo fúnebre dirigiu-se ao Mausoléu dos ex-combatentes da FEB, no Cemitério Municipal de Taubaté.
Nas palavras de Adelmar Tavares:
No momento derradeiro,
Antes do sono feliz,
Compus em gotas de pranto
A trova que nunca fiz.
Morte!... No termo das provas,
Senhor, agradeço a luz
Com que adornaste de trovas
As trevas de minha cruz!
Fontes:
http://www.camarataubate.sp.gov.br/
http://www.universoespirita.org.br/
Colaboração de Luiz Antonio Cardoso
Capitão Benedicto Nunes de Assis, Capitão Assis, como é conhecido, nasceu em São José dos Campos no dia 22 de fevereiro de 1908.
Poeta, trovador, o capitão Assis dizia que de tanto rezar, Deus o ouviu, e lhe deu uma velhice sossegada. “Deus não me deixou sem amparo. Aí estão os meus filhos, com suas famílias, mas não esquecem o velho pai. Tenho o carinho e a solícita assistência deles a qualquer momento. Filhos abençoados!”
Taubaté linda terra onde as igrejas
Se multiplicam espalhando a luz
Da fé que leva os homens a Jesus,
Que pelo teu labor bendita sejas
Labor fecundo pois que tu vicejas
Entre palmeiras, chaminés e a cruz.
Benedicto Assis foi empregado em vários estabelecimentos comerciais de São José. Com 18 anos, foi incorporado às fileiras do Exército Brasileiro, onde serviu por mais de 25 anos. “Ele ajudou, desta forma, a escrever páginas brilhantes e heróicas da nossa história militar”, disse a vereadora Pollyana Whinter em sua saudação ao cidadão taubateano.
Por ocasião da Revolução Constitucionalista de 1932, Assis prestou serviços no 6° Regimento de Infantaria em Caçapava.
Com a formação da Força Expedicionária Brasileira, o então sargento Assis é selecionado para lutar na 2ª Grande Guerra Mundial, indo para a Europa em junho de 1944. “O sargento Assis viveu intensamente as agruras de um frio hostil desconhecido dos brasileiros, tudo agravado pelo soar das bombas e do matracar das famosas e terríveis ‘lurdinhas'”, disse a vereadora.
De volta ao Brasil, e depois de passar por São Gonçalo (RJ) e Caçapava, veio para Taubaté em 1948 como delegado do serviço militar.
Com a ida para a reserva, Assis participa ativamente da Associação dos Ex-combatentes do Brasil - seção de Taubaté, onde exerceu todos os cargos de diretoria.
Certa vez, num discurso, quando era Presidente da Associação dos ex-combatentes do Brasil, declarou: "que esta Associação seja extinta"... seus colegas de Associação se assombraram com as palavras, indagando se ele queria dissolver o grupo, quando, receberam como resposta: "Desejo que nunca mais hajam conflitos no mundo, e assim sendo não haverá novos membros para nossa Associação, pois ela não terá mais razão de existir"...
Foi, em Taubaté, Presidente da Federação das Congregações Marianas, do Círculo Operário, da Associação dos ex-combatentes do Brasil e da União Brasileira de Trovadores (alcançando, nesta última, a presidência estadual). Foi Escritor, poeta, sonetista, hacaísta, e trovador, tendo lançado três livros. Membro efetivo da Academia Taubateana de Letras. Destacamos ainda, sua dedicação às obras vicentinas, tendo participado de conferências e de diretorias das Casas Pias de Taubaté. Estava sempre alegre, sorrindo, e pronto para declamar inúmeras poesias de autoria própria, de poetas taubateanos e de outras terras... Possuía uma excelente memória, sendo raro encontrar alguém com a mesma capacidade de memorização.
“Exímio articulador de palavras”, no dizer da vereadora Pollyana, Assis começa a participar de concursos de trovas, conseguindo inúmeros prêmios por todo o país. Foi presidente da União Brasileira de Trovadores, seção de Taubaté e da seção paulista. Ele ocupa a cadeira nº 38 da Academia Taubateana de Letras.
Padre Frederico Meirelles (que reside na Inglaterra) disse que um detalhe que o encanta no capitão Assis é que, mesmo militar e educado à severidade das normas e das regras da hierarquia e do dever de servir, “este homem que conheceu até a guerra de perto, nunca perdeu a ternura e a delicadeza de poeta, e em seus versos melodiosos, de leveza e graça quase maternais deu vazão ao seu coração apaixonado nos ensinando a amar a família, a pátria e a Deus”.
Capitão Assis faleceu na madrugada de 30 de abril de 2008. O cortejo fúnebre dirigiu-se ao Mausoléu dos ex-combatentes da FEB, no Cemitério Municipal de Taubaté.
Nas palavras de Adelmar Tavares:
No momento derradeiro,
Antes do sono feliz,
Compus em gotas de pranto
A trova que nunca fiz.
Morte!... No termo das provas,
Senhor, agradeço a luz
Com que adornaste de trovas
As trevas de minha cruz!
Fontes:
http://www.camarataubate.sp.gov.br/
http://www.universoespirita.org.br/
Colaboração de Luiz Antonio Cardoso
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