quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Neida Rocha (1954)


NEIDA ROCHA (Neida da Costa Rocha) nasceu na Vila Harmonia, em Canoas/RS, dia 1º de fevereiro de 1954, Aquariana com ascedente em Peixes, filha de José Lopes da Rocha e Tereza da Costa Rocha, criada entre dois irmãos (Nei e Sidnei).
Em 1966, aos 12 anos sofreu queimaduras de 1º, 2º e 3º graus e em conseqüência, uma parada cardíaca, que deixou cicatrizes em seu corpo e sua alma.
Aos 18 anos foi Rainha do Colégio Comercial Protázio Alves.
Na Páscoa de 1973 seu irmão (Nei) passa pela transição.
Aos 19 anos iniciou a Faculdade de Nutrição (Unisinos/RS) o que interrompeu para casar.
Em 1977, grávida, mudou-se, com o marido, para Blumenau/SC.
Em 1978 deu a luz ao seu primeiro filho, Oliver Ney.
Em 1980 escreveu poema PÁSCOA em homenagem ao irmão falecido.

Era Páscoa!
Tu te foste sem um adeus,
sem uma despedida.
Tu te foste sem palavras.
Tu és sempre
motivo de lágrimas,
pois cada vez que em ti penso,
os meus olhos brilham
e há sempre
uma lágrima
querendo rolar.
Tu fizeste muito,
mas muito mais
poderias ter feito.
Como Jesus,
tinhas seguidores!
Era Páscoa!
Como Jesus,
que ressuscitava,
tu morrias
e nascias para
a Vida Eterna!!!

O poema foi publicado no Jornal Correio do Povo (Porto Alegre/RS), iniciando assim, sua vida literária.
Em 1987 deu a luz ao seu filho, Otávio Luis.
Sofreu alguns abortos e escreveu o poema: ANGEL.

Pequeno anjo
que busca a Luz.
Reflete
o Amor transcendente.
Busca a Paz
no convívio com os seus.
Alimenta-se
do Amor Fraterno.

Aos 45 anos retomou os estudos e aos 50 anos concluiu a Faculdade Letras (Português/Inglês) e aos 53 Pós Graduação (Língua Portuguesa) - FURB/SC.
Eterna Buscadora, é Rosacruz, foi Mestre e Monitora Regional em SC.
Em 2000 sua mãe sofreu um AVC e perdeu o movimento do lado direito do corpo e 80 % da fala. Para ela, Neida escreveu o poema: MÃEZINHA.

Tua Metade adormeceu!
Tua voz calou!
Teu braço caiu!
Tua perna parou!
Estás incompleta!
Estás pela metade!
No entanto,
teu coração está vivo
e a metade que funciona
é justamente onde está teu coração.
Agradeço por poder te dedicar
uma parcela do amor,
que tanto me dedicaste.
Sei que tudo isso é passageiro
e que tua garra e tua vontade
te levantarão mais cedo
do que todos pensam.
E sem ter que provar
nada, a ninguém,
breve estarás “inteira”.
E quero ainda dizer-te,
que mesmo estando incompleta,
és mais completa do que muitas “perfeitas”!

Em 2006, os pais visitaram a filha para o casamento de Oliver.
Seu pai, que cuidava de sua mãe, passou pela transição, me Blumenau, 5 dias antes do casamento do neto. Para o pai, Neida escreveu o poema: MEU PAI.

Meu pai não me pariu.
Meu pai não sofreu as dores do parto.
Meu pai não me amamentou.
Minha mãe padeceu no paraíso
e meu pai estava na porta.
Meu pai foi meu ídolo.
Meu pai foi meu algoz.
Meu pai foi meu sustento.
Meu pai calou nos momentos certos
e falou nos momentos necessários.
Meu pai deu-me sua bênção.
Meu pai foi um exemplo.
Meu pai plantou uma árvore.
Meu pai teve um filho, ou melhor, três.
Meu pai escreveu um livro.
Meu pai perdeu um filho.
Eu pari o livro do meu pai
e dei a luz aos meus dois filhos.
Meu pai foi sábio.
Sou o reflexo do meu pai.
Sou o reflexo do seu reflexo.
Meu pai, EU TE AMO!

Em 2007 abandonou um casamento de 32 anos e por isso alterou seu nome literário (Neida Wobeto).
Após 30 anos residindo em SC, retornou a sua terra Natal.
Hoje Neida alia as tarefas de cuidar da mãe com a prática literária.
Tem 8 publicações individuais e participação em 46 Antologias com Contos, Crônicas e Poemas.
EFEMÉRIDES (Poemas - 60 páginas - News Print - Xanxerê/SC – 2007)
MINHA NÃO METADE (Poemas - 110 páginas - Odorizzi - Blumenau/SC - 2005)
DANILO, SUA MOCHILA E SEUS AMIGOS (2ª ed. – revisada - Infantil - 32 páginas
Odorizzi - Blumenau/SC - 2004)
DANILO, SUA MOCHILA E SEUS AMIGOS (Infantil - 24 páginas - Nova Letra - Blumenau/SC - 2002)
SINTO MUITO AMOR (CD de Poemas - 23 poemas - 2002)
SENTI(MO)MENTOS (Poemas - 40 páginas - C.N.Editoria/ - Piracicaba/SP/2000)
CONTRONICAS (2ª edição) (Contos e Crônicas - 32 páginas - C.N.Editoria/ - Piracicaba/SP/2000)

Prêmios

Em 1999 - Menção Honrosa Conc. Conto sobre Animais da APA com o conto ILUSÃO.

Em 1999 - Menção Honrosa 1ª Conc Poemas da CAPOSAN com MEUS MEDOS.
Tenho medo
do esquecimento.
Tenho medo
de ser esquecida.
Tenho medo
que me esqueçam.
Quero estar viva
no coração
das pessoas que amo.
Quero estar presente
na lembrança dos meus.
Quero saber
que me amam.
Quero que sintam
minha presença,
em minha ausência.
Quero que me amem.


Em 1999 - Destaque Especial 1ª Concurso de Poemas da CAPOSAN pelo conjunto das obra: UMA MULHER DE MUITOS HOMENS, MEUS MEDOS E COBRANÇAS.

Em 1999 - Destaque Especial 1ª Concurso de Poemas da CAPOSAN com poema UMA MULHER DE MUITOS HOMENS.
Sou uma mulher de três homens.
Do mais velho sou a amante.
Do mais novo sou o amparo.
Do terceiro sou a cúmplice.
Para o mais velho dou prazer.
Para o mais novo dou carinho.
Para o terceiro dou conselho.
Do mais velho quero amor.
Do mais novo quero afago.
Do terceiro quero amizade.
Mas a todos quero amar
sem medir meu amor.

Em 2000 - Menção Honrosa IV Conc Internacional de Prosa – Mogi das Cruzes/SP.

Em 2002 - Menção Honrosa Sociedade Escritores de Blumenau.

Em 2002 - troféu Coruja, Clube Escritores Piracicaba/SP com o poema: TEU CHAMADO.

Em 2002 - 1º lugar no VIII PRÊMIO POESIA E DESENHO LILIA A PEREIRA DA SILVA
Prefeitura Municipal Itapira/SP com o poema: TEU CHAMADO.
Ouvi teu chamado!
Aqui estou!
A tarde é calma!
Minha alma é serena!
Não estamos próximos, fisicamente,
mas posso sentir tua presença.
A natureza nos une,
pois o ar que respiramos é o mesmo.
O sol que nos aquece é único.
Minha solidão é profunda,
mas gostosa de sentir.
Fecho os olhos
e sinto tua presença.
Teu clamor
chega a minha alma.
Sinto que me chamas.
Eu te respondo
e te aguardo,
para juntos realizarmos
o que já vai em nossas almas.
Quando te encontrar,
não serão necessárias palavras,
mas somente
o murmurar dos nossos olhares,
a serenidade do nosso toque
e a profundidade do nosso beijo.

Em 2003 - 3º lugar do Concurso Piracicaba com o Poema: VIAGEM ASTRAL
Planas sobre mim,
querendo descansar
teu corpo etéreo
sobre o meu físico.
Consegues me localizar
somente pela luz
da minha essência.
Queres partilhas
teus momentos comigo.
Nossas almas se encontram
e seguimos, de mãos dadas,
pelo espaço aéreo,
divagando lentamente,
deslizando suavemente pela noite.
Somos energia da mesma essência.
Somos feitos da mesma matéria
que não é física.
Nossa matéria-prima é o amor.
Quando estamos juntos,
em pensamento,
nossas almas se soltam
e flutuam pelo sempre.

Em 2003 – Destaque Literatura Infantil Sociedade Escritores de Blumenau.

Em 2004 – Menção Honrosa VI Concurso Nac. e Internac. De Contos e Poesia Nuno A Pereira Rio de Janeiro poema PORQUE SOU POETA.
Porque busco viver
os sentimentos da vida,
acreditando na felicidade
como meio para a vida.
Porque sinto a beleza de estar viva,
querendo apenas sentir o sabor do amor,
ouvindo a brisa que desce lentamente,
entregando minha alma ao cósmico.
Porque acredito que a vida vale a pena.
Porque sonho acordada
e vivo o sonho de ser feliz.
Porque vivo a felicidade eterna
com lacunas de alegria.
Porque agradeço
o poder de sentir e a liberdade
de dizer meus sentimentos
com a emoção de estar viva.

Em 2004 - 1º lugar do Concurso do Dia dos Namorados (Programa Conexão Direta, da TV Galega/SC) com a frase:
“SINTO SAUDADE DO QUE NUNCA DISSESTE”

Em 2005 Moção de Louvor Câmara Vereadores Blumenau/SC.

Em 2006 - 1º lugar Concurso Poemas nos Ônibus, em Gravataí/RS com CACHECOL.
Nas malhas da vida,
ponto a ponto,
tracei meus sonhos.
Fundi meus sentimentos
na rede de ilusões.
A malha trançada
resultou em longos braços
que se cruzam
para afagar-te.
Fecha os olhos
e sente meu abraço distante,
acompanhado pelo
aroma do meu amor.

Em 2006 - Troféu Gigantes em Blumenau/SC

Em 2006 – Comenda Letras Catarinenses.

Foi Presidente da Sociedade Escritores de Blumenau (2005 e 2006), publicou três livros da entidade (Um Rio de Letras II, III e Histórias de Natal) e mediou junto ao Prefeito, o espaço para as Artes e Letras (Kunstgarten) em Blumenau/SC.

Foi Vice-Presidente do Conselho Municipal de Cultura de Blumenau/SC (2007).

Em 2007 concorreu à vaga da Academia Catarinense de Letras.

Em 2008 - Menção Honrosa II Concurso Nacional de Poesias da Academia Itajubense Letras: VIVER SOLITÁRIO

Teu viver é solitário.
Buscas refúgio na labuta diária
ocupando teus dias
com tarefas necessárias.
Tua mente busca refúgio
no labirinto da memória,
desejando visualizar
a imagem transparente da mocidade.
Tens consciência da solidão
e permites divagar
nas veredas cintilantes do irreal,
procurando encontrar minha alma
no portal do alvorecer.
Nosso encontro
é concretizado em sonhos
e vagamos pelo etéreo,
confiantes
da concretude
do amor maior,
com a certeza
de que o amor
é transcendente.

Em 2008 - Participação no CONCURSO POESIA NO ÔNIBUS - 2008 da Casa do Poeta de Canoas em parceria com a Secretaria Municipal de Transportes de Canoas e Empresa de Transporte Coletivo SOGAL, com o pomea: BALA ACHADA.
Foi dada a partida!
O tiro foi ouvido
e seu som ecoou nos tímpanos.
O projétil seguiu seu caminho
e cumpriu seu destino
sem saber qual sua missão.
A violência urbana reflete a carência de sentimentos.
A bala inocente segue seu caminho
sem desviar-se de seu propósito.
A retidão (caminho reto) de conduta
deveria ser humana,
mas é a bala perdida que alcança seu objetivo
enquanto os homens desviam-se do seu,
até serem atingidos por uma bala achada.

Em 2008 recebeu o 10º lugar no XXVI Concurso Internacional Literário, na categoria de Poesia da Edições AG. com o poema ENTRE O NASCENTE E O POENTE e o O CAMINHO DE CADA UM.
ENTRE O NASCENTE E O POENTE
Entre o nascente
e o poento do Astro Rei,
as vidas se transformam.
Surgem novos amores,
novos valores
e a vida muda de cara.
Para muitos,
a rotina é a mesma,
dia a dia.
Para outros,
acontecem revoluções.
Vivemos a dualidade.
Podemos escolher as mudanças
ou aceitar o destino.
Ao findar de cada dia
somos diferentes.
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O CAMINHO DE CADA UM
Sigo um caminho
que foi traçado,
muito além do meu entender.
Fico horas meditando,
procurando uma resposta.
Tenho sede de saber.
E pergunto a mim mesmo,
por que sou feliz ou infeliz.
Sinto fome de viver.
Mas como sei que tudo passa,
só não passa o meu saber.
Fico horas meditando,
sem saber como e porque,
mas de tudo eu concluo,
sou eu que faço o meu caminho,
eu não posso ser você.
Já pensei em minha vida,
querendo ela mudar,
mas enquanto a vida passa,
não consigo mudar nada,
pois tudo que nela eu passo,
paro e penso:
"que o meu caminho eu traço",
e nesta vida sigo em frente,
eu só quero é viver.

Em 2008 recebeu "Troféu Coruja" - 2º lugar na Categoria Especial no X Concurso Nacional de Poesias do Clube dos Escritores de Piracicaba/SP com o poema "INTERNET DA NATUREZA".
Meu escritório é a praia.
Meu computador é o mar.
A Internet é invisível
e a conexão é perfeita
e permanente.
As ondas emocionais
fazem com que eu
comunique-me
com meu interior.
As mensagens são ouvidas
no interior de mim mesma.
Não envio mensagens
a ninguém em especial
e sim à humanidade.
Minha caixa
de mensagens recebidas
é infinita.
A mais importante de todas
é a assinatura personalizada
refletindo minha alma.
O papel de carta
de meus textos
é a Paz Profunda.

Em 2008 foi selecionada para a 17ª edição do Concurso Poemas no Ônibus e no Trem com o poema SONS DA NOITE.
Os sons da noite
me acalentam.
A brisa suave
envolve
meu corpo.
Ouço a madrugada.
Fecho os olhos
para pensar.
O dia inicia
com os mesmos
questionamentos
.

Em 2008 ficou entre os 20 finalistas do Prêmio UFF de Literatura com a crônica CARTA A MINHA NETA ADULTA (conversa de mulher para mulher).Em 2009 premiada no IV Prêmio Literário Valdeck Almeida de Jesus de Poesia/2008 com o poema: REENCONTRO DE ALMAS
Nossos caminhos se cruzaram
e surgiu a amizade sincera.
A estrada solitária
refletia as emoções sentidas.
O destino nos afastou
e seguimos adiante.
Mesmo fatigados
e cobertos de chagas,
reflexo do sofrimento,
nos visitávamos em sonhos.
Nossa distância era rompida
pelos caminhos solitários
da tristeza adormecida.
Outro desatino abraçou-nos
e entre lágrimas nos consolávamos.
A distância desapareceu
e a virtualidade aproximou-nos.
Resgatamos a saudade
e o sentimento adormecido
despertou pulsante
enquanto aceitávamos
ressurgir das cores vibrantes,
reflexo da certeza infantil
na alegria madura.

Fonte:
http://www.neidarocha.com.br

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