Eminente professor, de estirpe intelectual e moral admirável, sábio representante da nossa nacionalidade na filologia, no jornalismo, no folclore e na escrita. Quem teve o privilégio de privar alguns anos da sua intimidade sabe que, pela altitude cultural, pureza de espírito e pelo caráter sem jaça, Mestre Aires honraria qualquer país do mundo.
Nasceu a 24 de fevereiro de 1909, em São João da Chapada, município de Diamantina, onde fez as primeira letras, tendo realizado o curso secundário no Rio de Janeiro. Na capital mineira, fez cursos especializados no Instituto São Rafael e Direito na Universidade de Minas Gerais, onde posteriormente doutorou-se em Filologia Românica. Não recuava diante de dificuldade ou polêmica e nem tinha medo de viver. Superou a deficiência visual, levando com afinco os estudos lingüísticos, e se fez um dos maiores mestres no terreno da Filologia. Catedrático na Universidade Federal de Minas Gerais e na Universidade Católica de Minas Gerais, ambas em Belo Horizonte, lecionando filologia românica, língua e literaturas portuguesa e brasileira, italiana, espanhola, francesa, inglesa e disciplinas afins. Foi também professor em outros famosos centros de ensino, em todos eles educando gerações e fazendo jus à notória autoridade que lhe é reconhecida quanto à Lingüística e ao ensino de Português. Embora defensor dos altos padrões da linguagem, acatava as inovações sadias, ciente de que a língua é mais um fenômeno psicológico que lógico.
A pujante riqueza do folclore mineiro tornou-se conhecida graças a suas perseverantes pesquisas de nossos usos, costumes e tradições, contribuição poderosa para que se fizesse criar a Comissão Mineira de Folclore, da qual foi presidente. Participou da fundação do Instituto de Cegos São Rafael e da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Santa Maria, que se incorporou à Universidade Católica de Minas Gerais. Chefiou os serviços de Orientação Técnica de Ensino da Língua Portuguesa, da Secretaria da Educação; e o de Redação do Conselho Administrativo do Estado. Participou de movimentos do apostolado católico, em fidelidade a sua formação religiosa, e, como membro, de bancas examinadoras para concursos de professor catedrático e de livre docente, em várias entidades de outros estados da Federação. Colaborou no jornal O Diário e no Estado de Minas.
Aposentou-se como redator do Minas Gerais, órgão da Imprensa Oficial do Estado, da qual foi também Chefe de Gabinete, cujo prédio em que funciona passou a chamar-se Aires da Mata Machado Filho, de acordo com o Projeto Lei nº 1.754/93, de autoria do Deputado Tarcísio Henriques, aprovado em 12 de setembro de 1994.
Pertenceu às entidades culturais:
Academia Mineira de Letras,
Academia Brasileira de Filologia,
Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais,
Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais,
Comissão Nacional de Folclore,
Academia Carioca de Letras,
Sociedade Brasileira de Antropologia,
Comissão Mineira de Folclore,
Sociedade Brasileira de Folclore,
Conselho Estadual de Cultura
Academia de Letras de Viçosa, como patrono da cadeira nº 8 , ocupada por Edgard de Vasconcelos Barros.
Possui mais de cinqüenta títulos, traduziu obras de referência na área de Educação, História e Lingüística e publicou aproximadamente 25 destes.
Aires da Mata Machado teve sua vida ceifada no mesmo dia em que também o tiveram a esposa Maria Solange e a filha Cecília, vítimas de acidente ocorrido na BR-040, a 23 de agosto de 1985, nas proximidades de Ribeirão das Neves, sendo poupada a neta Joana Mata Machado. Seu corpo foi levado à sepultura, no dia seguinte, no Cemitério do Bonfim, em Belo Horizonte.
Obra
Linguística, gramática e filologia
Em Busca do Termo Próprio (1947)
A Correção na Frase (1953)
Português Fora das Gramáticas (1964)
Aventuras de um Caçador de Palavras (1965)
Português & Literatura (1950)
Crítica de Estilos (1956)
Pequena História da Lìngua Portuguesa (1961)
Dicionário Didático e Popular da Língua Portuguesa (1965)
Lingüística e Humanismo (1974)
Coleção Escrever Certo, em 6 volumes
História
Arraial do Tijuco, Cidade Diamantina (1945).
Tiradentes, Herói Humano (1948).
Folclore
Curso de Folclore (1951).
Etnografia
O Negro e o Garimpo em Minas Gerais (1943).
Fontes:
Academia de Letras de Viçosa. http://www.alv.org.br/
http://pt.wikipedia.org/
Nasceu a 24 de fevereiro de 1909, em São João da Chapada, município de Diamantina, onde fez as primeira letras, tendo realizado o curso secundário no Rio de Janeiro. Na capital mineira, fez cursos especializados no Instituto São Rafael e Direito na Universidade de Minas Gerais, onde posteriormente doutorou-se em Filologia Românica. Não recuava diante de dificuldade ou polêmica e nem tinha medo de viver. Superou a deficiência visual, levando com afinco os estudos lingüísticos, e se fez um dos maiores mestres no terreno da Filologia. Catedrático na Universidade Federal de Minas Gerais e na Universidade Católica de Minas Gerais, ambas em Belo Horizonte, lecionando filologia românica, língua e literaturas portuguesa e brasileira, italiana, espanhola, francesa, inglesa e disciplinas afins. Foi também professor em outros famosos centros de ensino, em todos eles educando gerações e fazendo jus à notória autoridade que lhe é reconhecida quanto à Lingüística e ao ensino de Português. Embora defensor dos altos padrões da linguagem, acatava as inovações sadias, ciente de que a língua é mais um fenômeno psicológico que lógico.
A pujante riqueza do folclore mineiro tornou-se conhecida graças a suas perseverantes pesquisas de nossos usos, costumes e tradições, contribuição poderosa para que se fizesse criar a Comissão Mineira de Folclore, da qual foi presidente. Participou da fundação do Instituto de Cegos São Rafael e da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Santa Maria, que se incorporou à Universidade Católica de Minas Gerais. Chefiou os serviços de Orientação Técnica de Ensino da Língua Portuguesa, da Secretaria da Educação; e o de Redação do Conselho Administrativo do Estado. Participou de movimentos do apostolado católico, em fidelidade a sua formação religiosa, e, como membro, de bancas examinadoras para concursos de professor catedrático e de livre docente, em várias entidades de outros estados da Federação. Colaborou no jornal O Diário e no Estado de Minas.
Aposentou-se como redator do Minas Gerais, órgão da Imprensa Oficial do Estado, da qual foi também Chefe de Gabinete, cujo prédio em que funciona passou a chamar-se Aires da Mata Machado Filho, de acordo com o Projeto Lei nº 1.754/93, de autoria do Deputado Tarcísio Henriques, aprovado em 12 de setembro de 1994.
Pertenceu às entidades culturais:
Academia Mineira de Letras,
Academia Brasileira de Filologia,
Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais,
Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais,
Comissão Nacional de Folclore,
Academia Carioca de Letras,
Sociedade Brasileira de Antropologia,
Comissão Mineira de Folclore,
Sociedade Brasileira de Folclore,
Conselho Estadual de Cultura
Academia de Letras de Viçosa, como patrono da cadeira nº 8 , ocupada por Edgard de Vasconcelos Barros.
Possui mais de cinqüenta títulos, traduziu obras de referência na área de Educação, História e Lingüística e publicou aproximadamente 25 destes.
Aires da Mata Machado teve sua vida ceifada no mesmo dia em que também o tiveram a esposa Maria Solange e a filha Cecília, vítimas de acidente ocorrido na BR-040, a 23 de agosto de 1985, nas proximidades de Ribeirão das Neves, sendo poupada a neta Joana Mata Machado. Seu corpo foi levado à sepultura, no dia seguinte, no Cemitério do Bonfim, em Belo Horizonte.
Obra
Linguística, gramática e filologia
Em Busca do Termo Próprio (1947)
A Correção na Frase (1953)
Português Fora das Gramáticas (1964)
Aventuras de um Caçador de Palavras (1965)
Português & Literatura (1950)
Crítica de Estilos (1956)
Pequena História da Lìngua Portuguesa (1961)
Dicionário Didático e Popular da Língua Portuguesa (1965)
Lingüística e Humanismo (1974)
Coleção Escrever Certo, em 6 volumes
História
Arraial do Tijuco, Cidade Diamantina (1945).
Tiradentes, Herói Humano (1948).
Folclore
Curso de Folclore (1951).
Etnografia
O Negro e o Garimpo em Minas Gerais (1943).
Fontes:
Academia de Letras de Viçosa. http://www.alv.org.br/
http://pt.wikipedia.org/
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