Já vi muito cabra macho
Com medo de um ratinho,
Mas pra não ficar por baixo,
Tenho pavor de pintinho...
Sempre fui mulher guerreira,
Mas não sou feita de aço;
Eu já fiz muita besteira
E assumo o meu descompasso...
Eu tenho minas de ouro,
Pedras preciosas sem jaça;
Mas esse grande tesouro,
Eu dou pra você de graça...
Eu sei pra que serve a fé,
Daqueles que querem crer;
Pra covardes como eu,
ter coragem pra morrer...
Pelas estradas da vida,
Não ande na contramão;
Em cada curva escondida,
Tem perigo e tentação...
Pra mim é tudo sem graça,
Na vida nada me importa;
Sou a fumaça que embaça,
Sou a natureza morta...
No relogio do meu tempo,
Você está atrasado...
Não lhe vejo em meu presente,
Você ficou no passado...
Um dia eu te amei tanto,
Que pensei enlouquecer;
Mas descobri, no entanto,
Que era obsessão te querer...
Eu sei que meu tempo é curto,
Que minha alma tem pressa,
Mas de ti eu não me furto,
És tudo que me interessa...
Nada tenho a te ofertar
Na minha vida de agora;
Minha vida é meu passado,
Aceite como penhora...
Se o meu caminho tem flores
E o teu, somente espinhos,
Eu vou para onde fores,
Não vou te deixar sosinho...
Das trovas que eu fazia
E trovas que eu hoje faço,
Não tem a mesma poesia,
Não são nós do mesmo laço...
Minha comida é gostosa
Meu tempero tem pimenta
Do meu jardim sou a Rosa
Quem me cheirar não aguenta...
Se for uma brincadeira
Aceito até esculacho
Mas, se pisar no meu calo
Aí, não assino em baixo...
Não zombe da sua sorte
Não fique aí de bobeira...
O trem da vida é a morte
E você? A passageira...
Eu busco a felicidade
Mesmo em dias mais tristonhos
Se não quizeres me ajudar
Não se meta nos meus sonhos...
Quando sentir solidão cantarei
Um canto alegre para disfarsar
Quando sentir aflição rezarei
Pedindo à Deus que me faça sonhar...
Amar é deixar em liberdade
Poder confiar em quem se ama
A prisão é sempre crueldade
Que nos faz sofrer e apaga a chama...
Eu tenho duas opções
E pra isso sou bem pago:
Se eu lavo, não cozinho
E se eu cozinho, não lavo...
Precaver e desconfiar
Não faz mal nem paga imposto
Devemos guardar na mente
Que a maldade não tem rosto...
Eu conto muita mentira
Em meio a tanta verdade
Mas muita gente suspira
Dando solidariedade...
Pra ajudante de cozinha
Qualquer mané não esquenta...
Precisa ter pulso forte
Pra mexer minha polenta...
–––––––––––––
Com medo de um ratinho,
Mas pra não ficar por baixo,
Tenho pavor de pintinho...
Sempre fui mulher guerreira,
Mas não sou feita de aço;
Eu já fiz muita besteira
E assumo o meu descompasso...
Eu tenho minas de ouro,
Pedras preciosas sem jaça;
Mas esse grande tesouro,
Eu dou pra você de graça...
Eu sei pra que serve a fé,
Daqueles que querem crer;
Pra covardes como eu,
ter coragem pra morrer...
Pelas estradas da vida,
Não ande na contramão;
Em cada curva escondida,
Tem perigo e tentação...
Pra mim é tudo sem graça,
Na vida nada me importa;
Sou a fumaça que embaça,
Sou a natureza morta...
No relogio do meu tempo,
Você está atrasado...
Não lhe vejo em meu presente,
Você ficou no passado...
Um dia eu te amei tanto,
Que pensei enlouquecer;
Mas descobri, no entanto,
Que era obsessão te querer...
Eu sei que meu tempo é curto,
Que minha alma tem pressa,
Mas de ti eu não me furto,
És tudo que me interessa...
Nada tenho a te ofertar
Na minha vida de agora;
Minha vida é meu passado,
Aceite como penhora...
Se o meu caminho tem flores
E o teu, somente espinhos,
Eu vou para onde fores,
Não vou te deixar sosinho...
Das trovas que eu fazia
E trovas que eu hoje faço,
Não tem a mesma poesia,
Não são nós do mesmo laço...
Minha comida é gostosa
Meu tempero tem pimenta
Do meu jardim sou a Rosa
Quem me cheirar não aguenta...
Se for uma brincadeira
Aceito até esculacho
Mas, se pisar no meu calo
Aí, não assino em baixo...
Não zombe da sua sorte
Não fique aí de bobeira...
O trem da vida é a morte
E você? A passageira...
Eu busco a felicidade
Mesmo em dias mais tristonhos
Se não quizeres me ajudar
Não se meta nos meus sonhos...
Quando sentir solidão cantarei
Um canto alegre para disfarsar
Quando sentir aflição rezarei
Pedindo à Deus que me faça sonhar...
Amar é deixar em liberdade
Poder confiar em quem se ama
A prisão é sempre crueldade
Que nos faz sofrer e apaga a chama...
Eu tenho duas opções
E pra isso sou bem pago:
Se eu lavo, não cozinho
E se eu cozinho, não lavo...
Precaver e desconfiar
Não faz mal nem paga imposto
Devemos guardar na mente
Que a maldade não tem rosto...
Eu conto muita mentira
Em meio a tanta verdade
Mas muita gente suspira
Dando solidariedade...
Pra ajudante de cozinha
Qualquer mané não esquenta...
Precisa ter pulso forte
Pra mexer minha polenta...
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Greta Marcon: De família italiana de Jaguari/RS. Cantora, compositora, poetisa e artezã. 74 anos. Mente aberta, arejada, sem preconceitos. Reside em Ponte Nova /MG
Fontes:
http://www.overmundo.com.br/banco/e-tome-trovas
http://www.overmundo.com.br/banco/trovas-ao-leu-1
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