ALÉM DO MAR
Vou além do mar
Além do céu azul
Além do infinito
Além do meu sul
Vou saborear uma fruta fresca
Uma água limpa
Uma música viva
Além da minha cerca
Vou caminhar pro meu dia feliz
Sem lembrar o que fiz
No meu passado sem graça
Sem sombra na praça
Vou esquecer
Meu sol na praia
Vou zarpar
Antes que a noite caia
Vou pescar
Vou viver
Conquistar meu castelo
Antes do amanhecer
CAMINHO TRAÇADO
Vou traçar meu caminho
Num destino incerto
Partir num caminhão
Num vão
De espaço aberto
Fugir como uma pipa
Sem ter onde chegar
Buscar o sentimento puro
A paisagem esquecida
Um sorriso de brisa
Lançar-me ao frescor da montanha
Praticar rapel
Ilhar-me no meu céu
Sem fundo
Sem mundo
Vislumbrar meu corpo
Sereno e sem graça
No banco da praça
Silêncio vívido
No horizonte do meu mar
GAIVOTAS
Não adianta aprisionar
Deixar de sorrir
Deixar de sentir
Deixar de amar
Não adianta
Olhar as gaivotas
Pelo quadrado da janela
Se não puder zarpar
Escutar o badalar dos sinos
Se não souber ouvir
Se não souber rezar
Não adianta se afligir
Se seus braços não vão partir
FONTE ENCANTADA
Eu te amo
Você é o cristal
Que enfeita
Minha sala
O sonho que nasceu
Na fonte encantada
Onde saboriei
Sua seiva adocicada
Você é o seio
Que alimenta minha placidez
Noite estrelada
Que inspira minha madrugada
Você é doce
Meiga como uma flor
Lira suavemente dedilhada
Princesa singelamente amada
CORPO MORTO
Sente sombras no quarto
Sente vultos do passado
Paredes balanço
Tempo se esgotando
Sente um aperto no peito
Alucinações abrindo a janela
Sente todo arrependimento
Todo sofrimento
Sente gotas de suor descendo pelo rosto
Rosto pálido
Quadro feito por estar só
Garganta apertada pelo nó
Sente asas no seu corpo
Sente felicidade
Liberdade
E sai voando pela janela
Livre e solto
Cai no passeio já morto
TEMPO SEM VENTO
Já não sei dizer se sou
Bálsamo
Flor
Ou fruto
Se meu perfume
Cabe dentro da minha solidão
Se meu violão entristecido
Ainda sabe os acordes
Da sua canção
Já não sei dizer
Em que tempo estou
Não sei dizer se sou estrela
Ou lua
Ou uma janela sem vidros
Por onde
O vento da saudade entrou
PESCADOR DE SONHOS
Tudo passou na hora que desbotou
Na hora que deixou de ser
Quando a maresia trouxe o outro lado da cor
O outro lado da dor
Tudo passou na hora que tinha que partir
Partir para o nevoeiro
Partir pra solidão do mar
Partir sem saber se iria voltar
Iria apenas partir
Não importava se iria ou não pescar
Importava sim
Poder se descobrir
Não importava se a dor que sentia era feita de flor
Ou se amargas lembranças iriam voltar
Só queria mesmo era partir para o mar
Só queria olhar para o horizonte e se entregar
Viver uma aventura para se esquecer de amar
Não importava se iria encontrar um marlim
Ou apenas sorrir para as estrelas ao invés de chorar
Ao invés de querer desistir de sonhar
Talves fosse mesmo outro velho em busca do mar
Ou apenas um jovem velho que não soube amar
Que naõ soube pescar na beira da praia
Que nem mesmo saboreou uma raia
A lua secou
Secou sem lágrimas para desabrochar
Secou sem poder olhar os olhos que queria abraçar
Secou sem seus encantos poder mostrar
Sem ver o sol que queria amar
Tudo acabou
Acabou no momento que a flor sem orvalho suspirou
Na noite que seu mar secou
Nos olhos que ao olhar serenou
Na única noite que amou
Talvez fosse mesmo um velho jovem que estava partindo
Ou um velho que viveu sua breve vida sorrindo
Mas que se esqueceu de tentar naufragar
De se agarrar a tênue vida que a solidão nos dá
Que se esqueceu de lembrar que para viver
Era preciso brincar
De sonhar
De viver para amar
DECLARAÇÃO DE AMOR
Eu te amo
Muito mais que possa imaginar
Muito mais que as estrelas do mar
Em todas as formas que há de amar
Preciso fazer você feliz
Então não tenha medo, me entregue seu coração
Assim serei o cobertor colorido
Que aquecerá seu corpo e sua vida nas noites de tristeza
Somos carentes de amor
Precisamos tanto nos sentir amados
Vamos juntos buscar os caminhos da felicidade
E vivermos nossos sonhos na terra distante do amor
Você é a luz da minha vida
Farol da minha embarcação
Todos os meus sonhos serão possíveis com você ao meu lado
Pois você é o sangue que pulsa minhas veias
Quero sentir nossos abraços entrelaçados
Acariciar seus cabelos soltos e travessos
Beijar seus lábios que adoçam minha alma
Sorver o pólen do seu coração
Eu te amo mais que tudo
Por você daria minha vida
Apenas para te ver feliz
Mesmo que fosse longe dos seus braços
LUA DESOLADA
Vou além do mar
Além do céu azul
Além do infinito
Além do meu sul
Vou saborear uma fruta fresca
Uma água limpa
Uma música viva
Além da minha cerca
Vou caminhar pro meu dia feliz
Sem lembrar o que fiz
No meu passado sem graça
Sem sombra na praça
Vou esquecer
Meu sol na praia
Vou zarpar
Antes que a noite caia
Vou pescar
Vou viver
Conquistar meu castelo
Antes do amanhecer
CAMINHO TRAÇADO
Vou traçar meu caminho
Num destino incerto
Partir num caminhão
Num vão
De espaço aberto
Fugir como uma pipa
Sem ter onde chegar
Buscar o sentimento puro
A paisagem esquecida
Um sorriso de brisa
Lançar-me ao frescor da montanha
Praticar rapel
Ilhar-me no meu céu
Sem fundo
Sem mundo
Vislumbrar meu corpo
Sereno e sem graça
No banco da praça
Silêncio vívido
No horizonte do meu mar
GAIVOTAS
Não adianta aprisionar
Deixar de sorrir
Deixar de sentir
Deixar de amar
Não adianta
Olhar as gaivotas
Pelo quadrado da janela
Se não puder zarpar
Escutar o badalar dos sinos
Se não souber ouvir
Se não souber rezar
Não adianta se afligir
Se seus braços não vão partir
FONTE ENCANTADA
Eu te amo
Você é o cristal
Que enfeita
Minha sala
O sonho que nasceu
Na fonte encantada
Onde saboriei
Sua seiva adocicada
Você é o seio
Que alimenta minha placidez
Noite estrelada
Que inspira minha madrugada
Você é doce
Meiga como uma flor
Lira suavemente dedilhada
Princesa singelamente amada
CORPO MORTO
Sente sombras no quarto
Sente vultos do passado
Paredes balanço
Tempo se esgotando
Sente um aperto no peito
Alucinações abrindo a janela
Sente todo arrependimento
Todo sofrimento
Sente gotas de suor descendo pelo rosto
Rosto pálido
Quadro feito por estar só
Garganta apertada pelo nó
Sente asas no seu corpo
Sente felicidade
Liberdade
E sai voando pela janela
Livre e solto
Cai no passeio já morto
TEMPO SEM VENTO
Já não sei dizer se sou
Bálsamo
Flor
Ou fruto
Se meu perfume
Cabe dentro da minha solidão
Se meu violão entristecido
Ainda sabe os acordes
Da sua canção
Já não sei dizer
Em que tempo estou
Não sei dizer se sou estrela
Ou lua
Ou uma janela sem vidros
Por onde
O vento da saudade entrou
PESCADOR DE SONHOS
Tudo passou na hora que desbotou
Na hora que deixou de ser
Quando a maresia trouxe o outro lado da cor
O outro lado da dor
Tudo passou na hora que tinha que partir
Partir para o nevoeiro
Partir pra solidão do mar
Partir sem saber se iria voltar
Iria apenas partir
Não importava se iria ou não pescar
Importava sim
Poder se descobrir
Não importava se a dor que sentia era feita de flor
Ou se amargas lembranças iriam voltar
Só queria mesmo era partir para o mar
Só queria olhar para o horizonte e se entregar
Viver uma aventura para se esquecer de amar
Não importava se iria encontrar um marlim
Ou apenas sorrir para as estrelas ao invés de chorar
Ao invés de querer desistir de sonhar
Talves fosse mesmo outro velho em busca do mar
Ou apenas um jovem velho que não soube amar
Que naõ soube pescar na beira da praia
Que nem mesmo saboreou uma raia
A lua secou
Secou sem lágrimas para desabrochar
Secou sem poder olhar os olhos que queria abraçar
Secou sem seus encantos poder mostrar
Sem ver o sol que queria amar
Tudo acabou
Acabou no momento que a flor sem orvalho suspirou
Na noite que seu mar secou
Nos olhos que ao olhar serenou
Na única noite que amou
Talvez fosse mesmo um velho jovem que estava partindo
Ou um velho que viveu sua breve vida sorrindo
Mas que se esqueceu de tentar naufragar
De se agarrar a tênue vida que a solidão nos dá
Que se esqueceu de lembrar que para viver
Era preciso brincar
De sonhar
De viver para amar
DECLARAÇÃO DE AMOR
Eu te amo
Muito mais que possa imaginar
Muito mais que as estrelas do mar
Em todas as formas que há de amar
Preciso fazer você feliz
Então não tenha medo, me entregue seu coração
Assim serei o cobertor colorido
Que aquecerá seu corpo e sua vida nas noites de tristeza
Somos carentes de amor
Precisamos tanto nos sentir amados
Vamos juntos buscar os caminhos da felicidade
E vivermos nossos sonhos na terra distante do amor
Você é a luz da minha vida
Farol da minha embarcação
Todos os meus sonhos serão possíveis com você ao meu lado
Pois você é o sangue que pulsa minhas veias
Quero sentir nossos abraços entrelaçados
Acariciar seus cabelos soltos e travessos
Beijar seus lábios que adoçam minha alma
Sorver o pólen do seu coração
Eu te amo mais que tudo
Por você daria minha vida
Apenas para te ver feliz
Mesmo que fosse longe dos seus braços
LUA DESOLADA
Nuvem que passa
Lua que ficou apagada
Só e desolada
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Lua que ficou apagada
Só e desolada
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Sobre o poeta:
mais poemas de Arnoldo:
-Fontes:
http://redecultura.ning.com/profiles/blog/list?user=0qek9fgf6hvs6
http://umcoracaoqueama.blogspot.com/
PIMENTEL FILHO, Arnoldo. Através do Sal. E-book disponível em http://recantodasletras.uol.com.br/e-livros/1196901
http://redecultura.ning.com/profiles/blog/list?user=0qek9fgf6hvs6
http://umcoracaoqueama.blogspot.com/
PIMENTEL FILHO, Arnoldo. Através do Sal. E-book disponível em http://recantodasletras.uol.com.br/e-livros/1196901
Um comentário:
Agradeço de coração a postagem de meus poemas no conceituado e importante blog da Academia, estou muito feliz.Tudo de bom e que Deus os ilumine sempre.
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