domingo, 28 de agosto de 2011

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 317)


Uma Trova Nacional
Uma Trova Potiguar

Se todos fossem honestos,
ninguém veria, na praça,
mendigos comendo restos
do pão que a miséria amassa!
–CLARINDO BATISTA/RN–

Uma Trova Premiada

2007 - ATRN-Natal/RN
Tema: MOTIVOS ECOLÓGICOS - 8º Lugar

Na angústia das mais estranhas,
estão chorando as cascatas:
são murmúrio das montanhas
refletindo a dor das matas.
–CLÁUDIO DE CÁPUA/SP–

Uma Trova de Ademar

Mesmo na terceira idade
busco fontes de prazer;
amemos pois, de verdade...
Não há mais tempo a perder!
–ADEMAR MACEDO/RN–

...E Suas Trovas Ficaram

Dizem que, dos tempos idos
no pelourinho da praça,
ainda se escutam gemidos
de torturas de uma raça...
–VASQUES FILHO/PI–

Simplesmente Poesia

Ontem...
–MANOEL RODRIGUES DE LIMA/SP–

Ontem não haveria sol
conforme anunciara o homem do tempo.
Não haveria chuva,
não haveria vento.
O que haveria em mim era a solidão.

Ontem não haveria risos,
conforme anunciara os velhos palhaços.
Não haveria alegria.
Haveria sim, mil pedaços,
desse meu sofrido e pobre coração.

Ontem não haveria cantos,
conforme anunciara a própria natureza.
Não haveria revoadas.
Haveria sim, tristeza
demonstrada em minha desilusão.

Ontem não haveria festa,
conforme anunciara o meu interior.
Haveria pranto,
haveria dor.
Haveria o silencio dentro de mim.

Estrofe do Dia

Olho os mares, os vejo revoltados
quando o vento fugaz transtorna as brumas
e as ondas raivosas lançam espumas
construindo castelos encantados,
as sereias se ausentam dos pecados
que nodoam as almas dos humanos
e tiram notas das cordas dos pianos
que o bom Deus ocultou nos verdes mares,
e gorjeiam gravando seus cantares
na paisagem abismal dos oceanos.
–DINIZ VITORINO/PB–

Soneto do Dia

Sobre as Ondas
–MARIO BARRETO FRANÇA/PE–

Era noite. O alto mar se enfurecia...
Para o barco veloz que à morte avança,
não restava uma simples esperança
de incólume rever a luz do dia...

Entre as brumas, porém, da noite fria
aparece uma sombra, calma e mansa...
Era um fantasma? – Não! – era a bonança
que em Jesus, como bênção, se anuncia.

Inda hoje o mar do mundo se encapela;
e, no barco da vida, já sem vela,
não nos resta sequer uma ilusão...

Mas – Senhor! – sobre as ondas revoltadas,
volta a trazer às almas torturadas
o consolo da tua salvação!

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