domingo, 21 de agosto de 2011

Danilo Lobo (1942 – 2005)


Danilo Pinto Lobo nasceu em Vitória – ES, em 04 de julho de 1942 e faleceu em Brasília – DF, no dia 26 de julho de 2005.

Pode dizer-se que de vanguarda é o seu conceito de poesia, fixado não somente no poema em si, “Um poema se impõe a tapas: / a bofetadas aplicadas / no fofo, no cheio da cara, / com mão ofertada em palma;“ mas também nas reflexões sobre o livro, considerado como algo vivo, mostrando-se como espaço a ser ocupado sem limitações, “POEMA ORELHA”:

“Um livro não se abre / (...) Um livro fechado se abre / como se abre uma porta” para o mundo e sua linguagem, com aproveitamento total da “orelha”, posto aí como metáfora do sentido da audição, ‘ouvido’ a escutar todos os ritmos, todos os sons e todos os mexericos, ou fuxicos. Parece-me ser forte traço de sua personalidade artística que desperta a atenção para o seu à vontade na formalização temática, com humor e ironia. Uma espécie de desdenho ao precioso da linguagem literária. Com isso, eleva a banalidade e o non sence à categoria primorosa da arte.

Como poeta Danilo Lôbo publicou relativamente pouco. Participou, no entanto, de várias antologias poéticas e de algumas outras de contos. Deixou uma boa produção inédita, sobre a qual pretendo apresentar uma comunicação ao nosso Grupo de Trabalho da Teoria do Texto Poético, Anpoll, ao qual ele pertencia como membro e coordenador. Disponho, com seu afetivo autógrafo, de dois livros de poesias, publicados em São Paulo e em Brasília. Numa homenagem ao professor e poeta, escrevi recentemente um artigo, incluindo alguns poemas, para a revista da Universidade do Chile, lembrando da recente participação performática e apresentação a Congressos, no âmbito das relações Universidade de Brasília com a Chilena, em Santiago e em Brasília.

Agora, ponho à disposição de virtuais leitores alguns exemplos de sua poesia. Com certeza não lhe faltará pesquisador interessado no seu verso bem cuidado.

Fonte:
Antonio Miranda

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