Seus pensamentos eram como lufadas no cérebro!
Se ao menos fossem como os indesejáveis e-mails invadindo sua caixa de correio, seria fácil livrar-se deles. Bastaria selecionar, depois um simples curvar do indicador na tecla e pronto! Estariam todos excluídos.
E assim ficava ele, horas sentado em sua poltrona, de frente para a porta de entrada de seu luxuoso apartamento, pensando... e pensando. . .
Seu coração parecia saltar pela garganta cada vez que ouvia o interfone; seria ela? Ou eles? Ou todos juntos?
Será que algum dia, ao menos um deles poderia compreender e perdoar seu deslize?
A esperança aquecia-lhe o coração, paralelo ao gelo da consciência, lembrando-o de que a culpa era toda sua.
Esteve casado por vinte e cinco anos, com Eliza, a mulher que lhe dera três belos filhos; Silvio, o mais velho, agora com vinte e três anos, Sergio com vinte e dois e a caçula, Suely, com vinte e um.
Por três anos consecutivos seu lar fora enriquecido com a chegada dos três lindos bebês, presentes que recebera de Deus, através de Eliza.
Ah! Eliza! Quanto daria para poder "elizá-la" agora! Como sofre seu corpo sem o calor do dela!
Naquela noite o prédio em que morava estava quase que vazio, pois era véspera de Ano Novo e a maioria dos moradores, ou já haviam saído de férias ou estavam visitando os parentes com os quais comemorariam a entrada do Ano Bom!
Quantas vezes, nessa data especial, seu próprio apartamento esteve magnificamente decorado por Eliza à espera de seus convidados!
Eliza fazia o melhor ponche de frutas que ele já provara. Sempre havia alguém desejando a receita.
Ah! O que daria por um pouco daquele ponche, agora!
Em suas mãos trêmulas, apertava nervosamente um lenço de seda que havia recebido dela, em seu aniversário de casamento. Ele sempre ouvira dizer que lenços não são um bom presente, pois dizem os supersticiosos que é o tipo de presente que, uma vez ofertado, corre-se o risco de se cortar os laços do relacionamento. Lenço é símbolo de despedida!
Não posso crer nessas baboseiras, pensou!
Desalentado e triste, olha para o relógio que marcava 23 horas, a mesma hora em que foi flagrado um ano atrás quando, na festa de reveyllon, levou ate seu quarto uma morena escultural que lhe fora apresentada por um membro da família, ali mesmo em sua casa, na última festa preparada por Eliza.
Ele era charmoso, bem falante, elegante e muito atraente, qualidades que num instante foram notadas pela bela morena.
Como fazia todos os anos, nesse dia ele não adotava restrições com bebidas alcoólicas. Dizia ele que festa é atividade para se divertir e, já que estava acontecendo em sua própria casa, queria mesmo era aproveitar.
Porém, nessa sua última festa, ele começou a beber desde a hora do almoço, um gesto extremado que lhe custou caro demais.
A casa estava cheia de convidados espalhados por toda parte.
O som da orquestra lá fora, no canto da piscina, transmitia muita sensualidade.
Sem se dar conta do que estava fazendo, Osvaldo pega na mão da bela morena e começam a dançar, afinal, Eliza estava ocupada demais para dançar com ele.
Osvaldo sentiu o perfume embriagador da moça. Ela, por sua vez ,não perdeu tempo em provocá-lo.
Dominado pela bebida, ele se deixa levar pelos instintos carnais, conduz a moça até seu quarto e deita-se com ela ali na mesma cama onde, com Eliza, vivera os melhores momentos de sua vida.
Estavam se beijando quando a porta se abriu e, de repente, bem ali na sua frente, um rosto amado os surpreende.
Jamais poderá esquecer a expressão de dor, amargor e espanto refletidos nos olhos de Eliza!
Ela não disse uma palavra... apenas dirigiu-se ao armário, pegou sua valise de viagem, colocou dentro, rapidamente, o suficiente para uma emergência e saiu. Saiu... para uma viagem sem volta.
A festa acabou naquele momento, aliás, tudo se acabou naquele momento.
Fonte:
http://sorocult.com/el/colunistas/irani/reveyllon.htm
Ah! Eliza! Quanto daria para poder "elizá-la" agora! Como sofre seu corpo sem o calor do dela!
Naquela noite o prédio em que morava estava quase que vazio, pois era véspera de Ano Novo e a maioria dos moradores, ou já haviam saído de férias ou estavam visitando os parentes com os quais comemorariam a entrada do Ano Bom!
Quantas vezes, nessa data especial, seu próprio apartamento esteve magnificamente decorado por Eliza à espera de seus convidados!
Eliza fazia o melhor ponche de frutas que ele já provara. Sempre havia alguém desejando a receita.
Ah! O que daria por um pouco daquele ponche, agora!
Em suas mãos trêmulas, apertava nervosamente um lenço de seda que havia recebido dela, em seu aniversário de casamento. Ele sempre ouvira dizer que lenços não são um bom presente, pois dizem os supersticiosos que é o tipo de presente que, uma vez ofertado, corre-se o risco de se cortar os laços do relacionamento. Lenço é símbolo de despedida!
Não posso crer nessas baboseiras, pensou!
Desalentado e triste, olha para o relógio que marcava 23 horas, a mesma hora em que foi flagrado um ano atrás quando, na festa de reveyllon, levou ate seu quarto uma morena escultural que lhe fora apresentada por um membro da família, ali mesmo em sua casa, na última festa preparada por Eliza.
Ele era charmoso, bem falante, elegante e muito atraente, qualidades que num instante foram notadas pela bela morena.
Como fazia todos os anos, nesse dia ele não adotava restrições com bebidas alcoólicas. Dizia ele que festa é atividade para se divertir e, já que estava acontecendo em sua própria casa, queria mesmo era aproveitar.
Porém, nessa sua última festa, ele começou a beber desde a hora do almoço, um gesto extremado que lhe custou caro demais.
A casa estava cheia de convidados espalhados por toda parte.
O som da orquestra lá fora, no canto da piscina, transmitia muita sensualidade.
Sem se dar conta do que estava fazendo, Osvaldo pega na mão da bela morena e começam a dançar, afinal, Eliza estava ocupada demais para dançar com ele.
Osvaldo sentiu o perfume embriagador da moça. Ela, por sua vez ,não perdeu tempo em provocá-lo.
Dominado pela bebida, ele se deixa levar pelos instintos carnais, conduz a moça até seu quarto e deita-se com ela ali na mesma cama onde, com Eliza, vivera os melhores momentos de sua vida.
Estavam se beijando quando a porta se abriu e, de repente, bem ali na sua frente, um rosto amado os surpreende.
Jamais poderá esquecer a expressão de dor, amargor e espanto refletidos nos olhos de Eliza!
Ela não disse uma palavra... apenas dirigiu-se ao armário, pegou sua valise de viagem, colocou dentro, rapidamente, o suficiente para uma emergência e saiu. Saiu... para uma viagem sem volta.
A festa acabou naquele momento, aliás, tudo se acabou naquele momento.
Fonte:
http://sorocult.com/el/colunistas/irani/reveyllon.htm
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