segunda-feira, 3 de maio de 2010

São Fidélis em Poesia


Antonio Manoel Abreu Sardenberg (São Fidélis/RJ)
A VILA DE MINHA CIDADE

São Fidélis “Cidade Poema”
Minha velha Vila Nova,
Hoje estou aqui de novo
Para rever nesse encontro
Meus amigos e meu povo.

Matar saudade da terra,
Percorrendo os casarios
Da Rua Faria Serra,
Que vai da linha do trem
Até a margem do rio.

Paraíba majestoso,
Dos enormes areais,
Daquele banho gostoso,
Peladas fenomenais,
Ah! Se o tempo, de novo,
Pudesse voltar atrás...

Percorrer toda a cidade
Recordando o meu passado:
Alamedas de oitis,
A Vila dos Coroados,
A Ipuca dos Puris...

A Serra do Sapateiro,
Suas histórias e lendas,
Quermesse com lindas prendas
Ladainha e procissão;
Na Festa do Padroeiro
São Fidélis, altaneiro,
Bem do alto da matriz,
Acolhe de braços abertos
No encontro tão feliz!

Amigos se abraçando,
O sino marcando a hora,
Do lado de nossa Matriz,
Na gruta fiéis rezando
Dão graças à Nossa Senhora.

Oh! minha “Cidade Poema”,
Tira o nó desta garganta!
Meu coração não se cansa
De tanto te exaltar,
Pois quem nasceu nesta terra
Sabe bem o que é amar!
Todos os direitos reservados ao autor
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Edmar Japiassú Maia (Rio de Janeiro/RJ)
MEU BERÇO

Pesa-me o tempo… mas, com galhardia
prossigo a caminhada e não me abato,
que um fidelense não se abate ao fato
de ter que exercitar a valentia…

Pesa-me o tempo… e cada vez mais grato
à Cidade Poema e à poesia,
unindo as duas numa simetria,
descrevo São Fidélis num retrato:

O Paraíba acolhes no teu seio,
e o carinho dos filhos é o esteio
que alavanca o progresso em teu avanço…

Pesa-me o tempo… e aguento os meus cansaços,
por saber que, na estafa dos meus passos,
São Fidélis é o berço em que descanso!
Todos os direitos reservados ao autor
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Hegel Pontes (Juiz de Fora/MG)
SÃO FIDÉLIS

De São Fidélis guardo a ressonância
De pássaros cantando nas capoeiras;
No olhar conservo as flores das primeiras
Primaveras perdidas na distância…

Toucou-me um dia a incontrolável ânsia
De procurar caminho e abrir porteiras,
Deixando para trás velhas mangueiras
Que encheram de doçura a minha infância.

Comércio, indústria, o campo verde, o açude…
Cidade Poema, te esquecer não pude,
Porque, mesmo partindo da cidade,

Como carro-de-boi que geme e chora,
Eu vou levando pela vida afora
A colheita indelével da saudade!
Todos os direitos reservados ao autor

Wanda de Paula Mourthé (Belo Horizonte/MG)
ENCANTOS DA MATRIZ

Homens de fé, ao mesmo tempo artistas,
trazendo na alma o gênio italiano,
Frei Victório e Frei Ângelo, idealistas,
edificaram, em labor insano,

num mutirão de crenças sincretistas
de índios, escravos, brancos - mano a mano-
uma igreja, com traços vanguardistas,
por influência do padrão romano.

A seu redor, nasce a "Cidade Poema";
hoje é Matriz e da cidade emblema,
onde inspirados poetas tecem rima.

E em São Fidélis, plena de beleza,
completando as doações da natureza,
nasceu do gênio humano a obra-prima.

Fonte:
Colaboração de Antonio Manuel Abreu Sardenberg

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