SEM TEU AMOR...
Meu amor, sem o teu, é tão triste
Perdido anda a Deus e a ventura
Faz da vida, a falsa fé, antítese
E vive lento se perdendo em toda rua.
Meu amor sem o teu é tão amargo
Corre em busca do teu olhar tão doce
A furto rouba-te um pequeno pedaço
E faz vida inteira...como se fosse.
Meu amor, sem o teu, não tem sentido
É um caminho estranho bipartido
Que nos afasta e nos enfurece...
E por mais que meu amor queira o teu
Sabe que minha pouca fé, é de um ateu
Que confia na ineficácia de toda prece!
MADRUGADA
Gosto das madrugadas não quentes
Onde escuto o som do silêncio
Cortado, de súbito, de repente
Pelo uivo do vento excêntrico.
...que faz tudo lhe fazer coral
Sinfonia imprevista e mutatória
Passando por minha janela, formal
Triunfante na sua brava vitória.
Ao longe um cachorro late
O som dum motor reanima
Vida que, na madrugada, sabe
onde o coração se aninha.
E...com, esperança, alguma
Minh`alma só se acostuma
Com o meu sonho de quimera!
Escuto todo o silêncio do mundo
No meu íntimo mais profundo
- minha madrugada te espera!
HARMONIA
O coração está em festa, a alma aguarda
O olhar prepara- se para se alegrar
A emoção preenche o vazio, o nada
E, de toda a tristeza, toma o lugar.
A aventura de rever o semblante
Que faz páreo cúmplice constante
Com nossa expectativa, nosso afeto...
E de lá vem o beijo e o abraço
Que não são maléficos ou mal dados
De harmonia e carinho, repletos!
Então a conversa flui sem tempo
Soltam-se as alegrias, os lamentos
E a vida parece mais alongada...
Podemos dizer tudo ao nosso amigo!
( amizade – sentimento tão antigo )
Rir por tão pouco... chorar por quase nada!
ESPONTÂNEO
Preciso de um coração generoso que resista
À influência do desânimo que, às vezes, sofro
Que ouça, da minha alma, as primícias
E seja o primeiro a pedir o meu socorro!
Que comigo empunhe a bandeira da alegria
Que não traia, do meu amor, as confidências
Que tenha sede de vitórias e de conquistas
Que nossas aspirações se tornem quase idênticas.
Que rasgue com os meus: momentos sofridos
Com cuidado consinta ser providente
Achar antes de um amante, um grande amigo
Que tento não ser, jamais, impaciente.
Que visione como eu, sem cogitação - paz
Que encontre em mim, de espelho, fragmentos
Que creia, ainda agora, na ressurreição capaz
De ensinar-me a soletrar outros novos sonhos.
Que velemos – estimar e sermos estimados
Risonhos sorrisos saídos do fundo do peito
Ternuras do afeto, por nós, compartilhado
E ...se assim tudo feito...nada desfeito
Que eu mate esta tortura de querer amar
E esta pouca vontade de querer ficar.....
...é tão nossa....
A liberdade é tão nossa, tão pessoal
Cúmplice de nossos sonhos íntimos
Desprovida de pecado parece legal
Mas, sabemos, o quanto fingimos...
O pensamento, pelo menos, é livre
Como não há frustração, não deprime
nossa mente e nosso corpo não arruína...
Como um encanto acontece lá distante
Dos olhares, dos ditadores, dos maçantes.
E aí a liberdade, no peito, fica recôndita!
HORA SAGRADA
Qual será a hora sagrada?
Os minutos daquela que nascemos?
Ou quando nossa mãe é amada
E amando, vão nos concebendo?
Será que é aquela que passa molhada
Por lágrimas de dor e sofrimento
Ou aquela de alegria desfrutada
Que gera novo encantamento?
Que hora será a hora sagrada
A da partida ou a da chegada?
A que fica ou foge da memória?
Hora sagrada...por Deus abençoada
É aquela que vem e que passa
E que inventa nossa história!
UM FILHO, UM LIVRO E UMA ÁRVORE
Que me pese a mão da morte
Não temo, não definho
Eu tive o poder e a sorte
De todo o dever cumprido...
Longa estrada, um só caminho
Amar , amparar e defender
Os que me deram carinho
Os que sofreram com meu sofrer!
A alma sabe, o coração sente
Quem sorriu comigo sempre
Quem enxugou o meu pranto.
Ficaram no caminho alguns sonhos
Mas esperanças ainda componho
Até meu derradeiro dia – santo!
---------
Meu amor, sem o teu, é tão triste
Perdido anda a Deus e a ventura
Faz da vida, a falsa fé, antítese
E vive lento se perdendo em toda rua.
Meu amor sem o teu é tão amargo
Corre em busca do teu olhar tão doce
A furto rouba-te um pequeno pedaço
E faz vida inteira...como se fosse.
Meu amor, sem o teu, não tem sentido
É um caminho estranho bipartido
Que nos afasta e nos enfurece...
E por mais que meu amor queira o teu
Sabe que minha pouca fé, é de um ateu
Que confia na ineficácia de toda prece!
MADRUGADA
Gosto das madrugadas não quentes
Onde escuto o som do silêncio
Cortado, de súbito, de repente
Pelo uivo do vento excêntrico.
...que faz tudo lhe fazer coral
Sinfonia imprevista e mutatória
Passando por minha janela, formal
Triunfante na sua brava vitória.
Ao longe um cachorro late
O som dum motor reanima
Vida que, na madrugada, sabe
onde o coração se aninha.
E...com, esperança, alguma
Minh`alma só se acostuma
Com o meu sonho de quimera!
Escuto todo o silêncio do mundo
No meu íntimo mais profundo
- minha madrugada te espera!
HARMONIA
O coração está em festa, a alma aguarda
O olhar prepara- se para se alegrar
A emoção preenche o vazio, o nada
E, de toda a tristeza, toma o lugar.
A aventura de rever o semblante
Que faz páreo cúmplice constante
Com nossa expectativa, nosso afeto...
E de lá vem o beijo e o abraço
Que não são maléficos ou mal dados
De harmonia e carinho, repletos!
Então a conversa flui sem tempo
Soltam-se as alegrias, os lamentos
E a vida parece mais alongada...
Podemos dizer tudo ao nosso amigo!
( amizade – sentimento tão antigo )
Rir por tão pouco... chorar por quase nada!
ESPONTÂNEO
Preciso de um coração generoso que resista
À influência do desânimo que, às vezes, sofro
Que ouça, da minha alma, as primícias
E seja o primeiro a pedir o meu socorro!
Que comigo empunhe a bandeira da alegria
Que não traia, do meu amor, as confidências
Que tenha sede de vitórias e de conquistas
Que nossas aspirações se tornem quase idênticas.
Que rasgue com os meus: momentos sofridos
Com cuidado consinta ser providente
Achar antes de um amante, um grande amigo
Que tento não ser, jamais, impaciente.
Que visione como eu, sem cogitação - paz
Que encontre em mim, de espelho, fragmentos
Que creia, ainda agora, na ressurreição capaz
De ensinar-me a soletrar outros novos sonhos.
Que velemos – estimar e sermos estimados
Risonhos sorrisos saídos do fundo do peito
Ternuras do afeto, por nós, compartilhado
E ...se assim tudo feito...nada desfeito
Que eu mate esta tortura de querer amar
E esta pouca vontade de querer ficar.....
...é tão nossa....
A liberdade é tão nossa, tão pessoal
Cúmplice de nossos sonhos íntimos
Desprovida de pecado parece legal
Mas, sabemos, o quanto fingimos...
O pensamento, pelo menos, é livre
Como não há frustração, não deprime
nossa mente e nosso corpo não arruína...
Como um encanto acontece lá distante
Dos olhares, dos ditadores, dos maçantes.
E aí a liberdade, no peito, fica recôndita!
HORA SAGRADA
Qual será a hora sagrada?
Os minutos daquela que nascemos?
Ou quando nossa mãe é amada
E amando, vão nos concebendo?
Será que é aquela que passa molhada
Por lágrimas de dor e sofrimento
Ou aquela de alegria desfrutada
Que gera novo encantamento?
Que hora será a hora sagrada
A da partida ou a da chegada?
A que fica ou foge da memória?
Hora sagrada...por Deus abençoada
É aquela que vem e que passa
E que inventa nossa história!
UM FILHO, UM LIVRO E UMA ÁRVORE
Que me pese a mão da morte
Não temo, não definho
Eu tive o poder e a sorte
De todo o dever cumprido...
Longa estrada, um só caminho
Amar , amparar e defender
Os que me deram carinho
Os que sofreram com meu sofrer!
A alma sabe, o coração sente
Quem sorriu comigo sempre
Quem enxugou o meu pranto.
Ficaram no caminho alguns sonhos
Mas esperanças ainda componho
Até meu derradeiro dia – santo!
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Fontes:
- Selmo Vasconcellos.
- Na hora Sagrada – e-book.
- Selmo Vasconcellos.
- Na hora Sagrada – e-book.
Um comentário:
Muitos lindos esses poemas, parabéns
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