1921
Em 7 de janeiro, nasce em São Jerônimo, JOSUÉ Marques GUIMARÃES, o penúltimo de nove irmãos, filho de José Guimarães, telegrafista de profissão e pastor leigo da Igreja Episcopal Brasileira, e de Georgina Marques Guimarães:
"Josué não tinha bem um ano quando a família mudou-se para Rosário do Sul.
Ele lembrava com detalhes os dez anos que viveu nessa cidade.
Lembrava a praça, a casa, as distâncias, o hotel, o cinema Globo, a igreja, a escola de D. Pepinha com seus castigos, sua palmatória, tudo nas enormes proporções do olhar de um menino.
Toda a sua memória e muitas passagens de seus livros são dessa época. Ele costumava dizer que a sua memória atingia até os dez anos."
1930
A família muda-se para Porto Alegre e Josué passa e estudar no Grupo Escolar Paula Soares.
1934
Inicia o curso secundário no Ginário Cruzeiro do Sul, onde funda Grêmio Literário Humberto de Campos. Escreve de cinco a seis artigos por número no jornal do colégio e é o autor das peças teatrais encenadas a cada fim de ano.
1938
Formado no Ginásio, faz o pré-médico, mas, após as primeiras aulas de anatomia, resolve abandonar o curso.
1939
Vai para o Rio de Janeiro e inicia sua carreira de jornalista na revista O Malho e Vida Ilustrada. É declarada a II Guerra Mundial e Josué retorna a Porto Alegre. Nesse mesmo ano inicia-se no rádio-teatro da Rádio Farroupilha, trabalhando com Estelita, Peri, Capitão Erasmo Nascentes e Walter Ferreira.
1940
Aos dezenove anos casa-se com Zilda Marques.
Desse casamento nascem quatro filhos: Marília, Elaine, Jaime e Sônia.
1942
Lança em Porto Alegre a revista de rádio Ondas Sonoras.
1944
Inicia suas atividades no Diário de Notícias.
Em sua carreira jornalística, exerce as funções de repórter e secretário de redação, diretor, colunista, comentarista, cronista, editorialista, ilustrador, diagramador, analista político e correspondente internacional.
É no Diário de Notícias que mantém a coluna "de alfinetadas políticas" assinada como "D. Xicote", onde ele mesmo faz as ilustrações, desenhos e caricaturas.
Alguns anos depois a coluna "D. Xicote" reaparece no jornal A Hora, de Porto Alegre, explorando modernos recursos gráficos e montagens fotográficas.
1948
Deixa o Diário de Notícias para tornar-se repórter exclusivo e correspondente da revista O Cruzeiro no Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Uruguai e Argentina.
1949
Colabora na Revista Quixote 4, fevereiro de 1949, com a crônica "Sangue e Pó de Arroz". Esta publicação de Porto Alegre divulgou por longo período, nomes da literatura rio-grandense.
Lança o jornal D. Xicote: "- Não é um jornal humorístico como poderá parecer à primeira vista, mas também não é um jornal sério."
1951
É eleito vereador em Porto Alegre, pelo PTB, ocupando, na oportunidade, a vice-presidência da câmara. Como vereador batiza o largo próximo à praça da Alfândega de "Largo dos Medeiros", em homenagem aos irmãos proprietários do Café e Confeitaria Central.
1952
Assina a coluna "Ronda dos Jornais no semanário carioca FLAN.
É o primeiro jornalista brasileiro a ingressar na China Continental e URSS como correspondente especial da Ultima Hora do Rio de Janeiro.
Escreve o livro de viagem As muralhas de Jericó que continua inédito.
1954
Assina a coluna "Um dia depois do outro" no Jornal Última Hora do Rio de Janeiro.
Lança coluna política no jornal Folha da Tarde, com pseudônimo de D. Camilo.
Passa a exercer as funções de subsecretário do Jornal A Hora, de Porto Alegre, onde deixa marcante passagem por ter revolucionado a imprensa gaúcha, ao lado do então diagramador Xico Stockinger.
1956
Trabalha como redator na MPM Propaganda.
Assume como diretor-secretário do semanário Clarim Sete Dias em Porto Alegre.
1957
É chamado por Assis Chateaubriand para reformular o vespertino carioca Diário da Noite, órgão dos Diários Associados.
1960
Funda a sua própria agência de propaganda, dissolvida um ano depois para assumir a Direção da Agência Nacional sob o governo João Goulart.
1961
Ocupa a direçao geral da Agência Nacional, hoje Empresa Brasileira de Notícias, até 1964.
Durante o governo João Goulart integra a 1a Comitiva de Jornalistas Brasileiros em viagem à China e União Soviética.
1964
Deposto o presidente João Goulart, refugia-se em Santos, São Paulo, onde passa a viver na clandestinidade sob o nome de Samuel Ortiz.
Nesse período trabalha em dezesseis publicações diferentes e abre uma livraria.
1969
Descoberto, finalmente, pelos órgãos de segurança, responde a inquérito em liberdade e retorna a Porto Alegre.
É premiado no II Concurso de Contos do Estado do Paraná pelo conjunto de três contos - "João do Rosário", "Mãos sujas de terra" e "0 principio e o fim" - que viriam a integrar, posteriormente, o livro Os ladrões.
1970
Publica Os ladrões, coletânea de contos, pela Fórum Editora do Rio de Janeiro. Com esta obra, Josué Guimarães inicia sua produção literária que irá se compor de 24 obras, entre romances, novelas, coletânea de artigos e de contos, literatura infantil, além da participação em várias antologias.
1971
Com o pseudônimo de Philleas Fog mantém a coluna "A Volta ao Mundo", no jornal Zero Hora, fazendo entrevistas imaginárias, de marcante conteúdo crítico, com personalidades internacionais.
Passa a colaborar no jornal Pato Macho de Porto Alegre, com artigos de crítica política.
Mantém a coluna "Seção de Livros" no jornal Zero Hora.
1972
Publica seu primeiro romance: A ferro e fogo - Tempo de Solidão, editado pela Sabiá (José Olympio) do Rio de Janeiro, A obra trata da colonização alemã no Rio Grande do Sul e é a primeira de uma trilogia. O segundo volume é lançado três anos depois, A ferro e fogo - Tempo de Guerra.
1974
É correspondente da Empresa Jornalistica Caldas Júnior até 1976 na Africa e em Portugal, onde acompanha a Revolução dos cravos.
1976
Lança em Lisboa o Jornal CHAIMITE - "o único jornal que venceu antes de sair" (legenda da capa do número I - 26.2,76)
Retorna ao Brasil e implanta no Rio Grande do Sul a sucursal da Folha de São Paulo, que dirigiu e onde atuou como comentar político do sul até seu falecimento.
1977
O romance Tambores silenciosos é agraciado com o 1º Prêmio Érico Veríssimo da Editora Globo que, posteriormente, publica a obra.
1981
Depois de obter o divórcio do primeiro matrimônio, casa-se com Nídia Moojen Machado.
"Não considero o casamento uma instituição falida. Eu institucionalizei o meu após trinta anos de convivência." (Zero Hora, 28 de fevereiro de 1982).
Dessa união nasceram Rodrigo e Adriana.
1986
23 de março: Morre em Porto Alegre o escritor Josué Guimarães.
Publicação de "Amor de perdição" - L&PM Editores.
Sessão solene em sua homenagem prestada pela Câmara Municipal de Porto Alegre, por iniciativa do Vereador Isaac Ainhorn.
1987
Lançamento (maio) de A última bruxa, último livro de Josué dedicado às crianças, L&PM.
A Biblioteca Pública Municipal, do centro Municipal de Cultura de Porto Alegre, passa a denominar-se Biblioteca Pública Municipal Josué Gumarães(julho).
Lançamento da 3' edição do livro de contos O cavalo cego, L&PM Editores (1' edição 1979)
LIVROS
Os ladrões, Contos., 1970
A ferro e fogo, I: tempo de solidão. Romance. 1972
Depois do último trem. Romance, 1973
A ferro e fogo, II: tempo de guerra. Romance, 1975
Lisboa urgente. Coletânea de artigos, 1975
É tarde para saber. Romance, 1977
Os tambores silenciosos. Romance, 1977
Dona Anja. Romance, 1978
Pega pra kapput! Novela c/Moacyr Scliar, Luís Fernando Veríssimo e Edgar Vasques, 1978
Enquanto a noite não chega. Novela, 1978
O cavalo cego. Contos, 1979
A casa das quatro luas. Infantil, 1979
Camilo Mortágua. Romance, 1980
Era uma vez um reino encantado. Infantil, 1980
A onça que perdeu as pintas. Infantil. As incríveis histórias do tio Balduíno., 1981
Doña Angela, Romance. Trad. Stela Mastrangelo, 1981.
Xerloque da Silva em "0 rapto da Dorotéia". Infantil 1982
O gato no escuro. Contos, 1982
Meu primeiro dragão. Infantil, 1983
Xerloque da Silva em "Os ladrões da meia-noite". Infantil, 1983
Um corpo estranho entre nós dois. Teatro - Peça em três atos, 1983
História do agricultor que fazia milagres. Infantil, 1984
O avião que não sabia voar. Infantil, 1984
Amor de perdição. Novela., 1986
A última bruxa. Infantil,. 1987
Fonte:
http://www.paginadogaucho.com.br/escr/jg.htm
Em 7 de janeiro, nasce em São Jerônimo, JOSUÉ Marques GUIMARÃES, o penúltimo de nove irmãos, filho de José Guimarães, telegrafista de profissão e pastor leigo da Igreja Episcopal Brasileira, e de Georgina Marques Guimarães:
"Josué não tinha bem um ano quando a família mudou-se para Rosário do Sul.
Ele lembrava com detalhes os dez anos que viveu nessa cidade.
Lembrava a praça, a casa, as distâncias, o hotel, o cinema Globo, a igreja, a escola de D. Pepinha com seus castigos, sua palmatória, tudo nas enormes proporções do olhar de um menino.
Toda a sua memória e muitas passagens de seus livros são dessa época. Ele costumava dizer que a sua memória atingia até os dez anos."
1930
A família muda-se para Porto Alegre e Josué passa e estudar no Grupo Escolar Paula Soares.
1934
Inicia o curso secundário no Ginário Cruzeiro do Sul, onde funda Grêmio Literário Humberto de Campos. Escreve de cinco a seis artigos por número no jornal do colégio e é o autor das peças teatrais encenadas a cada fim de ano.
1938
Formado no Ginásio, faz o pré-médico, mas, após as primeiras aulas de anatomia, resolve abandonar o curso.
1939
Vai para o Rio de Janeiro e inicia sua carreira de jornalista na revista O Malho e Vida Ilustrada. É declarada a II Guerra Mundial e Josué retorna a Porto Alegre. Nesse mesmo ano inicia-se no rádio-teatro da Rádio Farroupilha, trabalhando com Estelita, Peri, Capitão Erasmo Nascentes e Walter Ferreira.
1940
Aos dezenove anos casa-se com Zilda Marques.
Desse casamento nascem quatro filhos: Marília, Elaine, Jaime e Sônia.
1942
Lança em Porto Alegre a revista de rádio Ondas Sonoras.
1944
Inicia suas atividades no Diário de Notícias.
Em sua carreira jornalística, exerce as funções de repórter e secretário de redação, diretor, colunista, comentarista, cronista, editorialista, ilustrador, diagramador, analista político e correspondente internacional.
É no Diário de Notícias que mantém a coluna "de alfinetadas políticas" assinada como "D. Xicote", onde ele mesmo faz as ilustrações, desenhos e caricaturas.
Alguns anos depois a coluna "D. Xicote" reaparece no jornal A Hora, de Porto Alegre, explorando modernos recursos gráficos e montagens fotográficas.
1948
Deixa o Diário de Notícias para tornar-se repórter exclusivo e correspondente da revista O Cruzeiro no Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Uruguai e Argentina.
1949
Colabora na Revista Quixote 4, fevereiro de 1949, com a crônica "Sangue e Pó de Arroz". Esta publicação de Porto Alegre divulgou por longo período, nomes da literatura rio-grandense.
Lança o jornal D. Xicote: "- Não é um jornal humorístico como poderá parecer à primeira vista, mas também não é um jornal sério."
1951
É eleito vereador em Porto Alegre, pelo PTB, ocupando, na oportunidade, a vice-presidência da câmara. Como vereador batiza o largo próximo à praça da Alfândega de "Largo dos Medeiros", em homenagem aos irmãos proprietários do Café e Confeitaria Central.
1952
Assina a coluna "Ronda dos Jornais no semanário carioca FLAN.
É o primeiro jornalista brasileiro a ingressar na China Continental e URSS como correspondente especial da Ultima Hora do Rio de Janeiro.
Escreve o livro de viagem As muralhas de Jericó que continua inédito.
1954
Assina a coluna "Um dia depois do outro" no Jornal Última Hora do Rio de Janeiro.
Lança coluna política no jornal Folha da Tarde, com pseudônimo de D. Camilo.
Passa a exercer as funções de subsecretário do Jornal A Hora, de Porto Alegre, onde deixa marcante passagem por ter revolucionado a imprensa gaúcha, ao lado do então diagramador Xico Stockinger.
1956
Trabalha como redator na MPM Propaganda.
Assume como diretor-secretário do semanário Clarim Sete Dias em Porto Alegre.
1957
É chamado por Assis Chateaubriand para reformular o vespertino carioca Diário da Noite, órgão dos Diários Associados.
1960
Funda a sua própria agência de propaganda, dissolvida um ano depois para assumir a Direção da Agência Nacional sob o governo João Goulart.
1961
Ocupa a direçao geral da Agência Nacional, hoje Empresa Brasileira de Notícias, até 1964.
Durante o governo João Goulart integra a 1a Comitiva de Jornalistas Brasileiros em viagem à China e União Soviética.
1964
Deposto o presidente João Goulart, refugia-se em Santos, São Paulo, onde passa a viver na clandestinidade sob o nome de Samuel Ortiz.
Nesse período trabalha em dezesseis publicações diferentes e abre uma livraria.
1969
Descoberto, finalmente, pelos órgãos de segurança, responde a inquérito em liberdade e retorna a Porto Alegre.
É premiado no II Concurso de Contos do Estado do Paraná pelo conjunto de três contos - "João do Rosário", "Mãos sujas de terra" e "0 principio e o fim" - que viriam a integrar, posteriormente, o livro Os ladrões.
1970
Publica Os ladrões, coletânea de contos, pela Fórum Editora do Rio de Janeiro. Com esta obra, Josué Guimarães inicia sua produção literária que irá se compor de 24 obras, entre romances, novelas, coletânea de artigos e de contos, literatura infantil, além da participação em várias antologias.
1971
Com o pseudônimo de Philleas Fog mantém a coluna "A Volta ao Mundo", no jornal Zero Hora, fazendo entrevistas imaginárias, de marcante conteúdo crítico, com personalidades internacionais.
Passa a colaborar no jornal Pato Macho de Porto Alegre, com artigos de crítica política.
Mantém a coluna "Seção de Livros" no jornal Zero Hora.
1972
Publica seu primeiro romance: A ferro e fogo - Tempo de Solidão, editado pela Sabiá (José Olympio) do Rio de Janeiro, A obra trata da colonização alemã no Rio Grande do Sul e é a primeira de uma trilogia. O segundo volume é lançado três anos depois, A ferro e fogo - Tempo de Guerra.
1974
É correspondente da Empresa Jornalistica Caldas Júnior até 1976 na Africa e em Portugal, onde acompanha a Revolução dos cravos.
1976
Lança em Lisboa o Jornal CHAIMITE - "o único jornal que venceu antes de sair" (legenda da capa do número I - 26.2,76)
Retorna ao Brasil e implanta no Rio Grande do Sul a sucursal da Folha de São Paulo, que dirigiu e onde atuou como comentar político do sul até seu falecimento.
1977
O romance Tambores silenciosos é agraciado com o 1º Prêmio Érico Veríssimo da Editora Globo que, posteriormente, publica a obra.
1981
Depois de obter o divórcio do primeiro matrimônio, casa-se com Nídia Moojen Machado.
"Não considero o casamento uma instituição falida. Eu institucionalizei o meu após trinta anos de convivência." (Zero Hora, 28 de fevereiro de 1982).
Dessa união nasceram Rodrigo e Adriana.
1986
23 de março: Morre em Porto Alegre o escritor Josué Guimarães.
Publicação de "Amor de perdição" - L&PM Editores.
Sessão solene em sua homenagem prestada pela Câmara Municipal de Porto Alegre, por iniciativa do Vereador Isaac Ainhorn.
1987
Lançamento (maio) de A última bruxa, último livro de Josué dedicado às crianças, L&PM.
A Biblioteca Pública Municipal, do centro Municipal de Cultura de Porto Alegre, passa a denominar-se Biblioteca Pública Municipal Josué Gumarães(julho).
Lançamento da 3' edição do livro de contos O cavalo cego, L&PM Editores (1' edição 1979)
LIVROS
Os ladrões, Contos., 1970
A ferro e fogo, I: tempo de solidão. Romance. 1972
Depois do último trem. Romance, 1973
A ferro e fogo, II: tempo de guerra. Romance, 1975
Lisboa urgente. Coletânea de artigos, 1975
É tarde para saber. Romance, 1977
Os tambores silenciosos. Romance, 1977
Dona Anja. Romance, 1978
Pega pra kapput! Novela c/Moacyr Scliar, Luís Fernando Veríssimo e Edgar Vasques, 1978
Enquanto a noite não chega. Novela, 1978
O cavalo cego. Contos, 1979
A casa das quatro luas. Infantil, 1979
Camilo Mortágua. Romance, 1980
Era uma vez um reino encantado. Infantil, 1980
A onça que perdeu as pintas. Infantil. As incríveis histórias do tio Balduíno., 1981
Doña Angela, Romance. Trad. Stela Mastrangelo, 1981.
Xerloque da Silva em "0 rapto da Dorotéia". Infantil 1982
O gato no escuro. Contos, 1982
Meu primeiro dragão. Infantil, 1983
Xerloque da Silva em "Os ladrões da meia-noite". Infantil, 1983
Um corpo estranho entre nós dois. Teatro - Peça em três atos, 1983
História do agricultor que fazia milagres. Infantil, 1984
O avião que não sabia voar. Infantil, 1984
Amor de perdição. Novela., 1986
A última bruxa. Infantil,. 1987
Fonte:
http://www.paginadogaucho.com.br/escr/jg.htm
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