quarta-feira, 2 de maio de 2012

Antonio Manoel Abreu Sardenberg (Entre Amigos)


Abraço
ANTONIO MANOEL ABREU SARDENBERG
São Fidélis/RJ - "Cidade Poema"

Chegou como aragem mansa
Em manhã de primavera
Era a mais doce quimera
A mais intensa esperança
A desejada bonança
Que um homem quer e espera!

No rosto abria um sorriso,
Um semblante angelical
Um mundo pleno e total
Era o próprio paraíso
Nunca senti nada igual!

Nos seus olhos cor de mel
Trazia a luz que irradia
Lindo toque de magia
O mundo de esplendor
Que eu sempre quis um dia

Seus braços aconchegantes
Era um buquê de carinho
O afago de um ninho
A ternura de amante
O perfume do jasmim
Emoção mais fascinante
Que senti dentro de mim.

E assim, bem de mansinho,
Nossos braços se enroscaram.
E ficamos bem juntinhos
Atados como num laço...
Então eu pude sentir
Minha razão de existir
Nesse terno e doce abraço.

Serenata
ROSEMARY PETERS/PR

Permita que eu feche
os meus olhos,
pois é muito longe e tão tarde!
Pensei que era apenas demora,
e cantando pus-me a esperar-te

Permite que agora emudeça:
que me conforme em ser sozinha.
Há uma doce luz no silencio,
e a dor é de origem divina.

Permite que eu volte o meu rosto
para um céu maior que este mundo,
e aprenda a ser dócil no sonho como
as estrelas no seu rumo ...

Confissões de amor...!
CIDUCHA/SP

Tu és o meu amor!
Que navega meu mar
purificado de lua,
tão certo como o vento
que vem e passa,
sedento de horizonte...

Tu és o meu amor,
que se enquadra no limite certo,
da minha ternura e bem querer...
Um encantado,
que haverá de colher
a flor primeira da madrugada
raio de luz a colorir meu dia!

Tu és o meu amor!
Um iluminado,
que banirá a sombra
do meu olhar ferido,
acalentará meu desamparo,
na saga do sonho bandido,
e serás sempre...
Sempre...
Sempre...
O meu Amor querido!

Cântaro da Dor
ZENA MACIEL/PE

Aos pés da deusa poesia
rasgo o véu das fantasias
Derramo o cântaro da dor
no amargo cálice da saudade.

Nas folhas virgens de ilusão
escrevo versos de solidão
Deito no colo das letras
rimas molhadas de lágrimas.

Com as carícias das palavras
afago o solitário coração
que sofre por não entender
o jogo obsceno da vida.

Visto as anáguas do tempo
para ver o entardecer dos
pensamentos, que choram,
diante do funeral dos sonhos

Alma Viva
ILKA VIEIRA/RJ

Quero da vida o encontro com a magia da arte
Colher dela a sabedoria insigne do silêncio
Sair ilibada em passeio poético por toda parte
Soprando pétalas do meu coração "florêncio"

Quero da vida vagar lúcida, sentindo-me louca
Chamando quem não conheço à luz da natureza
Na troca de prosa sem pressa ou de pressa pouca
Compartilhar a ópera silvestre em sua grandeza

Quero da vida envelhecer jovem sem esmolar cuidados
Repintar sonho desfeito, rir de sonho errante
Descalçar meus pés e deixá-los seguir descasados
Na brincadeira entre passado e impulsos doravante

Quero da vida rejuvenescer velha à brisa do mar
Tornar-me onda, passarada, barco à deriva...
Poeta triste, morto e ressuscitado para amar...
Ilha habitada, corpo aquecido, Alma Viva !o!

Fonte:
Poemas enviados por A. M. A. Sardenberg

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