quarta-feira, 23 de maio de 2012

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 558)


Uma Trova de Ademar  

Sedento dos teus abraços 
Num desejo que é só nosso, 
quero correr pra os teus braços, 
mas de muletas... Não posso!... 
–ADEMAR MACEDO/RN– 

Uma Trova Nacional  

Floresta amiga, perdoa 
o fogo, a serra, a agressão... 
A Humanidade ainda é boa... 
- Certos homens é que não! 
–JOÃO FREIRE FILHO/RJ– 

Uma Trova Potiguar  

Todo o prazer do egoísta 
de pronto se torna morno, 
quando lhe foge da vista 
a cobiça sem retorno. 
–MANOEL DANTAS/RN– 

Uma Trova Premiada  

1987 - Porto Alegre/RS 
Tema:  REGRESSO - M/E 

Caminhei pelo infinito,
vaguei por milhões de espaços...
Até lá estava escrito
o meu regresso aos teus braços!
–GISLAINE CANALLES/SC– 

...E Suas Trovas Ficaram  

Alguém falou, com carinho, 
que Jesus está voltando, 
e que já vem a caminho... 
mas como está demorando! 
–RENÊ BITTENCOURT/RJ– 

Uma Poesia  

Inda guardo as batidas do pilão, 
com mamãe, de manhã, pilando arroz, 
eu mais novo, mais forte e mais disposto, 
no rojão, eu na frente, ela depois; 
nunca vou me esquecer desta contenda, 
o pilão do passado virou lenda, 
mas não sai da memória de nós dois! 
–PROF. GARCIA/RN– 

Soneto do Dia  

Soneto ao Soneto 
–REGINALDO ALBUQUERQUE/MS– 

Na tua imortal forma, exata e nobre, 
onde a musa imprevista se aventura 
fino pelo de címbalos te encobre, 
desafiando o estro e a razão mais pura. 

Afirmam os incautos que és de cobre, 
arcaico para quem a tessitura 
de cantar o atual jamais se dobre 
ao rigor triunfal que em ti perdura. 

Varinha de condão da antiguidade 
soneto, tua síntese inquieta 
contém sonho, esperanças e saudade... 

Para sempre será o teu reinado, 
enquanto houver no mundo algum poeta 
ou o pulsar de um peito enamorado!

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