quinta-feira, 31 de maio de 2012

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 565)


Uma Trova de Ademar  

A Lua, sem empecilho, 
linda, meiga e apaixonada, 
põe mais beleza e mais brilho 
nos olhos da madrugada. 
–Ademar Macedo/RN– 

Uma Trova Nacional  

Nas horas más, no perigo, 
cresce amizade sincera, 
quem deixa de ser amigo 
é porque amigo não era!
–Carolina Ramos/SP– 

Uma Trova Potiguar  

A primeira foi banal, 
a segunda, em desalinho; 
nem matriz, nem filial... 
resolvi ficar sozinho! 
–Djalma Mota/RN– 

Uma Trova Premiada  

1992 > Amparo/SP 
Tema > TREVAS > M/E 

Nas trevas, sem teu olhar,
só não me entrego à aflição
porque a saudade é um luar
que disfarça a escuridão...
–Marina Bruna/SP– 

...E Suas Trovas Ficaram  

Essa gota cristalina 
que a folha verde apanhou 
é uma lágrima divina 
que a madrugada chorou!... 
–Célio Grunewald/MG– 

U m a P o e s i a  

Sei da saga do grande Virgulino,
O reinado mais intenso do cangaço,
Sei que o barro depois dum leve traço
Ganha o sopro vital de Vitalino.
Sei que Cícero Romão teve o destino
De ser santo sem a canonização,
Que um ritmo conhecido por baião
Deu a fama a Humberto e “Seu” Luiz.
Eu nasci no Nordeste e sou feliz
Por contar as histórias do sertão.
–Wellington Vicente/PE– 

Soneto do Dia  

UM NOME NO SILÊNCIO. 
–Miguel Russowsky/SC– 

Uma agenda... o silêncio... o cafezinho... 
Tenho tempo de sobra. Escrevo...paro... 
Vou desenhar um nome... ( o dela, é claro!) 
Em que lugar será que fez o ninho? 

Casou-se mal, eu sei, hoje adivinho 
Os males que lhe trouxe o fado amaro... 
Humilde...conformada... sem amparo... 
Há tantas incertezas no caminho!... 

O meu primeiro amor passando fome...(?) 
me custa imaginá-la envelhecida. 
Melhor não pensar nisso, Apago o nome. 

Amei-a. Eu era moço... Os anos correm 
e vão virando as páginas da vida. 
Também as ilusões e os sonhos morrem. 

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