Uma Trova de Ademar
A Lua, sem empecilho,
linda, meiga e apaixonada,
põe mais beleza e mais brilho
nos olhos da madrugada.
–Ademar Macedo/RN–
Uma Trova Nacional
Nas horas más, no perigo,
cresce amizade sincera,
quem deixa de ser amigo
é porque amigo não era!
–Carolina Ramos/SP–
Uma Trova Potiguar
A primeira foi banal,
a segunda, em desalinho;
nem matriz, nem filial...
resolvi ficar sozinho!
–Djalma Mota/RN–
Uma Trova Premiada
1992 > Amparo/SP
Tema > TREVAS > M/E
Nas trevas, sem teu olhar,
só não me entrego à aflição
porque a saudade é um luar
que disfarça a escuridão...
–Marina Bruna/SP–
...E Suas Trovas Ficaram
Essa gota cristalina
que a folha verde apanhou
é uma lágrima divina
que a madrugada chorou!...
–Célio Grunewald/MG–
U m a P o e s i a
Sei da saga do grande Virgulino,
O reinado mais intenso do cangaço,
Sei que o barro depois dum leve traço
Ganha o sopro vital de Vitalino.
Sei que Cícero Romão teve o destino
De ser santo sem a canonização,
Que um ritmo conhecido por baião
Deu a fama a Humberto e “Seu” Luiz.
Eu nasci no Nordeste e sou feliz
Por contar as histórias do sertão.
–Wellington Vicente/PE–
Soneto do Dia
UM NOME NO SILÊNCIO.
–Miguel Russowsky/SC–
Uma agenda... o silêncio... o cafezinho...
Tenho tempo de sobra. Escrevo...paro...
Vou desenhar um nome... ( o dela, é claro!)
Em que lugar será que fez o ninho?
Casou-se mal, eu sei, hoje adivinho
Os males que lhe trouxe o fado amaro...
Humilde...conformada... sem amparo...
Há tantas incertezas no caminho!...
O meu primeiro amor passando fome...(?)
me custa imaginá-la envelhecida.
Melhor não pensar nisso, Apago o nome.
Amei-a. Eu era moço... Os anos correm
e vão virando as páginas da vida.
Também as ilusões e os sonhos morrem.
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