NA HORA do intervalo para o recreio, Jujuba se aproxima do colega Brucólio. Puxa conversa. Na verdade, Jujuba não gosta de Brucólio, porque ele está de olho na sua irmã Josefina.
Jujuba:
— Estava te observando de longe, Brucólio. Como você é baixo. Não sei o que a minha mana viu em você!
Brucólio:
— Olha quem fala. Despeitado. Como se você fosse alto o suficiente...
Jujuba:
— Pelo menos vejo meu tênis nos pés mais longe que você enxerga os seus... se é que enxerga.
Brucólio:
— Tá me tirando?
Jujuba:
— Não, só estou dizendo que você é miúdo. Parece aqueles cachorrinhos da raça Chihuahua que não crescem.
Brucólio:
— Você tem mãe, Jujuba?
Jujuba:
— Você sabe a resposta... que pergunta mais besta. Está até querendo que ela venha a ser futuramente a sua sogra. Se depender de mim...
Brucólio:
— Me responda, seu verme. Você gosta dela?
Jujuba:
— Dela quem? Da minha mãe? Claro. Amo! Por?
Brucólio:
— Me faz um favor. Vai cantar as suas idiotices nos ouvidos dela. Deixa eu aqui quietinho no meu canto.
Jujuba não dá a mínima e segue colocando defeitos em seu colega.
Jujuba:
— Olha para isso! Até seu sanduiche é mirrado. E o refri? Não tinha uma garrafinha maior?
Brucólio:
— Jujuba, seu filho de uma égua. Vai torrar a paciência de outro. Olhe em sua volta. Tem tanto piá dando sopa. Por que implica logo comigo?
Jujuba, com ar de deboche:
— Por dois motivos. Um. Você está de olho comprido na Josefina. Dois. Seu aspecto amorrinhado me lembra do Guran, aquele pigmeu que vive no Trono da Caveira, junto com o Fantasma.
Brucólio:
— Amorrinhado, pigmeu e Fantasma é o seu pai...
Jujuba:
— Meu pai tem quase dois metros de altura.
Brucólio:
— Jujuba, me deixa em paz. Vai ver se estou no banheiro fazendo xixi na sua carcaça...
Jujuba cai em estrondosa gargalhada.
— A sua paz pelo menos é grande?
Brucólio acaba perdendo as estribeiras. Parte para o ataque. Atira o seu lanche no rosto de Jujuba. Jujuba se esquiva a tempo e ridiculariza:
— Errou. Ta vendo? Até a sua direita é fraca. Você não acerta nem mosca. Boboca, boboca, bobocaaaaaa...
Em face de não ter atingido o alvo, Brucólio se enfurece ainda mais. Vocifera:
— Vou te pegar, seu idiota...
Das palavras parte para a ação. Se arma, em contínuo, de uma vassoura e pula com tudo para cima de seu opositor. Jujuba dispara em ziguezague espiralando em meio de outros albergados. O pátio da escola é enorme e Brucólio não consegue acompanhar a velocidade do seu desafeto.
Jujuba:
— Nem correr sabe – troça o Jujuba, galhofando. Parece uma barata tonta. Vem, vem, vem...veemmmmmm...
Brucólio:
— Quando você sentir na pele a minha raiva, a sua mãe não vai reconhecer a sua fuça. Eu te mato...
Jujuba:
— Do jeito que você corre, me lembra o Zangado...
Brucólio:
— Quem é Zangado?
Jujuba:
— Um dos “anão” da Branca de Neve...
Brucólio:
— Filhote de verme... vou fazer você engolir tudo o que está me dizendo...
Jujuba:
— Vai ser fácil. Suas palavras são tão atrofiadas que engolirei numa só abocanhada. Venha, venha, venha, venhaaaaaa... aproveita e monta na vassoura...
A correria desordenada acaba quando ambos esbarram na professora Sofia, coordenadora e diretora do estabelecimento.
Em decorrência, a jovem tropeça numa galera de pernas e braços que igualmente voava atrás dos tresloucados, em apavorantes gritarias. A professora cai de costas e se estabana no chão de cimento.
Professora Sofia:
— Ei, vocês dois, que diabo está acontecendo aqui?
Os ajuntados oriundos de outras dependências se aglomeram em volumosa curiosidade. Abrindo caminho em meio ao furdunço, serventes acorrem em socorro da professora Sofia, enquanto educadores seguram os travessos encrenqueiros.
— Os dois, na minha sala, agora...
Jujuba e Brucólio imediatamente são impedidos de voltarem aos seus locais de estudos. Os pais chamados. Cada um dos brigões toma suspensão de três dias e a promessa solene de serem expulsos se outra mazorca* tornar a criar vida e forma.
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* Mazorca = baderna, tumulto
Jujuba:
— Estava te observando de longe, Brucólio. Como você é baixo. Não sei o que a minha mana viu em você!
Brucólio:
— Olha quem fala. Despeitado. Como se você fosse alto o suficiente...
Jujuba:
— Pelo menos vejo meu tênis nos pés mais longe que você enxerga os seus... se é que enxerga.
Brucólio:
— Tá me tirando?
Jujuba:
— Não, só estou dizendo que você é miúdo. Parece aqueles cachorrinhos da raça Chihuahua que não crescem.
Brucólio:
— Você tem mãe, Jujuba?
Jujuba:
— Você sabe a resposta... que pergunta mais besta. Está até querendo que ela venha a ser futuramente a sua sogra. Se depender de mim...
Brucólio:
— Me responda, seu verme. Você gosta dela?
Jujuba:
— Dela quem? Da minha mãe? Claro. Amo! Por?
Brucólio:
— Me faz um favor. Vai cantar as suas idiotices nos ouvidos dela. Deixa eu aqui quietinho no meu canto.
Jujuba não dá a mínima e segue colocando defeitos em seu colega.
Jujuba:
— Olha para isso! Até seu sanduiche é mirrado. E o refri? Não tinha uma garrafinha maior?
Brucólio:
— Jujuba, seu filho de uma égua. Vai torrar a paciência de outro. Olhe em sua volta. Tem tanto piá dando sopa. Por que implica logo comigo?
Jujuba, com ar de deboche:
— Por dois motivos. Um. Você está de olho comprido na Josefina. Dois. Seu aspecto amorrinhado me lembra do Guran, aquele pigmeu que vive no Trono da Caveira, junto com o Fantasma.
Brucólio:
— Amorrinhado, pigmeu e Fantasma é o seu pai...
Jujuba:
— Meu pai tem quase dois metros de altura.
Brucólio:
— Jujuba, me deixa em paz. Vai ver se estou no banheiro fazendo xixi na sua carcaça...
Jujuba cai em estrondosa gargalhada.
— A sua paz pelo menos é grande?
Brucólio acaba perdendo as estribeiras. Parte para o ataque. Atira o seu lanche no rosto de Jujuba. Jujuba se esquiva a tempo e ridiculariza:
— Errou. Ta vendo? Até a sua direita é fraca. Você não acerta nem mosca. Boboca, boboca, bobocaaaaaa...
Em face de não ter atingido o alvo, Brucólio se enfurece ainda mais. Vocifera:
— Vou te pegar, seu idiota...
Das palavras parte para a ação. Se arma, em contínuo, de uma vassoura e pula com tudo para cima de seu opositor. Jujuba dispara em ziguezague espiralando em meio de outros albergados. O pátio da escola é enorme e Brucólio não consegue acompanhar a velocidade do seu desafeto.
Jujuba:
— Nem correr sabe – troça o Jujuba, galhofando. Parece uma barata tonta. Vem, vem, vem...veemmmmmm...
Brucólio:
— Quando você sentir na pele a minha raiva, a sua mãe não vai reconhecer a sua fuça. Eu te mato...
Jujuba:
— Do jeito que você corre, me lembra o Zangado...
Brucólio:
— Quem é Zangado?
Jujuba:
— Um dos “anão” da Branca de Neve...
Brucólio:
— Filhote de verme... vou fazer você engolir tudo o que está me dizendo...
Jujuba:
— Vai ser fácil. Suas palavras são tão atrofiadas que engolirei numa só abocanhada. Venha, venha, venha, venhaaaaaa... aproveita e monta na vassoura...
A correria desordenada acaba quando ambos esbarram na professora Sofia, coordenadora e diretora do estabelecimento.
Em decorrência, a jovem tropeça numa galera de pernas e braços que igualmente voava atrás dos tresloucados, em apavorantes gritarias. A professora cai de costas e se estabana no chão de cimento.
Professora Sofia:
— Ei, vocês dois, que diabo está acontecendo aqui?
Os ajuntados oriundos de outras dependências se aglomeram em volumosa curiosidade. Abrindo caminho em meio ao furdunço, serventes acorrem em socorro da professora Sofia, enquanto educadores seguram os travessos encrenqueiros.
— Os dois, na minha sala, agora...
Jujuba e Brucólio imediatamente são impedidos de voltarem aos seus locais de estudos. Os pais chamados. Cada um dos brigões toma suspensão de três dias e a promessa solene de serem expulsos se outra mazorca* tornar a criar vida e forma.
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Fonte:
Texto enviado pelo autor.
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