segunda-feira, 5 de julho de 2010

Heitor Stockler (Palmeira)


Minha Canção do Berço Natal

Palmeira, onde nascí
Pequena e linda entre os dois rios da minha infância,
Vê que, apesar de longa ausência e da distância,
Eu penso em ti!

Meu coração não erra
Quando, batendo aflito e de saudade cheio,
Evoca e chama a meninice, em doce enleio
E o amor da terra,

Esse rocio imenso
Que é um patrimônio a te envolver em mil venturas,
Porque te veio de uma fonte das mais puras,
Que era o bom senso

Conclamados, assim,
Jamais esqueço, num dia cinco de novembro
Cheguei à vida e vieram muitos, se me lembro,
Tal como vim.

Eram tantos e tantos,
Trazendo ideais bem como os meus, todos felizes,
Pisando flores ou curando cicatrizes.
Almas de santos.

Formosa companhia,
Uma brigada, uma legião de travessura,
Mas, só com ela, tão ardente e de alma pura,
Bem me sentia.

E anos e mais anos,
Naquele âmbito restrito da cidade,
Passava o tempo, sem pensar na mocidade,
Nos desenganos.

Era ditosa a vida...
Da Rua das Tropas a ao Cemitério,
Nenhum recanto, para mim, tinha mistério.
Fase querida!

Mas, sempre aventuroso,
Saía em busca de paisagem mais tranqüilas
Nos arredores, nos povoados e nas vilas
Ou mato umbroso.

Fiel aos caprichos meus,
Vezes a pé, ou a cavalo ou de carroça,
Eu palmilhava desde a Lapa a Ponta Grossa,
E São Mateus,

Na divisa legal,
No Tibagí, nos Papagaios, no Iguaçú,
Chapéu de palha, sapatão de couro cru
E o meu bornal.

Inquieto caminhante
Voltas eu dava ao município do meu berço,
Sempre ditoso, prazenteiro, guapo e terso
Mas, sem rompante.

Palmeira onde nascí,
Pequena e linda entre os dois rios da minha infância...
Vê que, apesar da longa ausência e da distância...
Eu te consagro, eu te venero, eu vivo em ti!.

HINO À PALMEIRA:
Letra de Heitor Stockler de França
Música de José Shön

- I -
Palmeira, revivamos teu passado
Tuas nobres e sublimes tradições
As Fases de tua vida e do teu Fado
Que Fulgem no esplendor dos teus Brasões
- II -
Façamos das tuas glórias claro espelho,
Rota em flor, no presente e no porvir,
Um Missal com exemplos do evangelho,
aos filhos desta terra sempre a unir
-III-
Lembremos tua feição de Lugarejo
Ansioso de ser Vila e ser Cidade,
Que assim vislumbrou Fortuito ensejo,
Fez-se um recanto de felicidade
-IV-
Chamemos à memória os Ancestrais,
Audazez bandeirantes da grandeza,
Que ao fundarem as Rondas e os Currais,
Geraram disciplina e a riqueza
-V-
És sempre Essa Palmeira acolhedora
Que aos filhos de outras Plagas propicia
Fartura, bem estar e promissora
Era de paz, de amor e de alegria
-VI-
Palmeira, altiva, Edênico rincão,
com boas auras tutelas nosso lar...
Por isso, te erigimos um altar
Florido em festa em nosso coração.
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A Cidade de Palmeira

Palmeira é um município brasileiro do Estado do Paraná, próximo á cidade de Ponta Grossa famosa por ter sido berço da Colônia Cecília.

Em 1819, o vigário Antônio Duarte dos Passos recebeu por doação do Tenente Manoel José de Araújo um terreno para edificar uma igreja que seria a Matriz de uma nova freguesia dos Campos Gerais, em 7 de abril de 1819, considerada a data oficial da fundação de Palmeira. Porém, somente a 3 de julho de 1820 é que iniciou-se a construção da igreja. Em 8 de setembro é transferida oficialmente a freguesia de Tamanduá para Palmeira com o nome de Freguesia de Nossa Senhora da Conceição da Palmeira. As obras da Igreja Matriz são concluídas em 1837 quando é feita a sua inauguração. Em 15 de fevereiro de 1870 a freguesia é levada à condição de Vila de Nossa Senhora da Conceição da Palmeira. A partir da elevação de Palmeira à condição de Vila, adquiriu o direito de ter autoridades executivas e legislativas municipais. O primeiro presidente da Câmara de vereadores foi o Padre José Antônio Camargo e Araújo e o primeiro Prefeito foi o Capitão João Padilha de Oliveira.

A região já era povoada por ricos fazendeiros portugueses, antigos Bandeirantes Paulistas que se fixaram na região, caboclos e negros descendentes de escravos. A partir de 1878, por iniciativa dos governos provincial e imperial começam a se fixar na região outras colônias de imigrantes:

Russos Alemães: começaram a chegar em 1878 e formaram 7 núcleos ou colônias de povoação. Se dividiam em católicos e luteranos. Muitos abandonaram a atividade agrícola e passaram a se dedicar ao serviço de transporte de mercadorias com carroções. Outros passaram a trabalhar em obras públicas e outras ainda em atividades urbanas.

Poloneses: chegaram a partir de 1888. Agricultores por excelência, se espalharam pelo município formando várias colônias.

Italianos - Anarquistas: chegaram em 1890, motivados por Giovani Rossi para implantar a primeira Colônia Anarquista da América, mundialmente conhecida como "Colônia Cecília". A mesma acabou alguns anos depois por motivos internos e externos, os imigrantes italianos se transferiram para várias regiões do Brasil, contribuindo decisivamente para o surgimento do movimento sindical em nosso país. Ficam em Palmeira apenas três famílias.

Alemães Menonitas: chegam em 1951 e fundam a Colônia Witmarsum e a Cooperativa Mista Agropecuária Witmarsum Ltda. que é grande produtora de leite e seus derivados e de frango com a marca Cancela.

Russos Brancos: chegaram em 1958 e se fixaram na localidade de Santa Cruz, entre Ponta Grossa e Palmeira, dedicando-se a atividade agrícola.

Sírio-Libaneses, Palestinos, Egípcios e Japoneses: chegaram no início do século XX. Os Sírio Libaneses se dedicaram ao comércio e os Japoneses ao comércio e a agricultura.

Fontes:
Poesias de autores Palmeirenses do Instituto Histórico e Geográfico de Palmeira
http://www.radioipiranga.com.br/palmeira.html
http://pt.wikipedia.org/

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