- Quem és - pergunta o Sol - no azul brilhante
Que o céu, mesmo distante, cede ao mar?
Por que persistes tanto em ser gigante,
Se és menos que o meu brilho, a refratar?
- Sou ilha. Esse meu verde exuberante
Faz aves, por aqui, virem pousar.
Meu lar, acolhedor, traz navegante
Que a areia, um só instante, quer beijar.
- Se atreves a afirmar que não és só?
Tuas matas e terras, não são vãs?
No mar, lembra-te ilhota, és vil, és pó.
- Não feito tu, estrela das manhãs,
De quem a solidão provoca dó:
Tu vens, e vão dormir tuas irmãs.
Fonte:
http://www.elsonfroes.com.br/sonetario/trancoso.htm
Que o céu, mesmo distante, cede ao mar?
Por que persistes tanto em ser gigante,
Se és menos que o meu brilho, a refratar?
- Sou ilha. Esse meu verde exuberante
Faz aves, por aqui, virem pousar.
Meu lar, acolhedor, traz navegante
Que a areia, um só instante, quer beijar.
- Se atreves a afirmar que não és só?
Tuas matas e terras, não são vãs?
No mar, lembra-te ilhota, és vil, és pó.
- Não feito tu, estrela das manhãs,
De quem a solidão provoca dó:
Tu vens, e vão dormir tuas irmãs.
Fonte:
http://www.elsonfroes.com.br/sonetario/trancoso.htm
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