sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n.95)


Uma Trova Nacional

O acaso foi caprichoso
e agendou tua chegada,
mas o destino, maldoso,
te fez página arrancada!
(ELISABETH SOUZA CRUZ/RJ)

Uma Trova Potiguar

Pirilampos – trovas soltas
nas ribeiras do sertão,
são faíscas semi-envoltas
nas tintas da escuridão.
(ANTÍDIO AZEVEDO/RN)

Uma Trova Premiada

1975 > Nova Friburgo/RJ
Tema > ENCONTRO > 1º Lugar.

Eu e tu, duas metades
que a vida vai separando...
Eu e tu, duas saudades
na saudade se encontrando...
(IZO GOLDMAN/SP)

Simplesmente Poesia

MOTE:
Eu passei a vida inteira
colecionando ilusões!...

GLOSA:
A desilusão primeira,
não me serviu de lição.
Viví sempre, com emoção,
a tomar por verdadeira
uma promessa, uma jura...
E, assim, cheia de ternura
eu passei a vida inteira.
Acreditei nas paixões,
numa amizade sincera,
e também no amor que impera
quando enlaça corações.
Sou mesmo assim... Que fazer?
Sei que vou envelhecer
colecionando ilusões!...
(ZENAIDE MARÇAL/CE)

Uma Trova de Ademar

Perdê-la, sempre me assusta,
vivo em sua dependência,
só eu sei quanto me custa
suportar a sua ausência.
(ADEMAR MACEDO/RN)

...E Suas Trovas Ficaram

A dor que meu peito invade
vem sempre quando eu me deito:
de tanto sentir saudade,
já tenho um calo no peito!
(EDMILSON F. MACEDO/MG)

Estrofe do Dia

Eis o baixo meretrício,
lugar que a mulher perdida
joga sua própria vida
na corrupção e no vício,
no mais miserável ofício,
cada uma se envolvendo,
trocando beijos, bebendo,
tomando a pulso e pedindo;
manchando a alma e sorrindo,
vendendo a carne... E comendo.
(MANOEL BELARMINO/PB)

Soneto do Dia

– Carolina Ramos/SP –
MINHA AMIGA.

Ah! Poesia...Poesia... quanto eu devo
à tua bênção repousante e pura!
Nos versos pobres, que a sonhar escrevo,
vejo crescer à luz minha ventura!

Nos instantes contigo, dás-me o enlevo
da amizade leal. Tua ternura
leva-me à confidência – a ti, me atrevo
a erguer o véu, se a angústia me tortura!

Com teu calor, se o inverno se avizinha,
devolves-me a ilusão das primaveras!
Nos teus braços, eu chego a ser rainha!

Ah! Poesia, que em versos eu bendiga
tudo o quanto me deste! E, se o não deras,
bastaria saber... que és minha Amiga!

Fonte:
Ademar Macedo

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