quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Inoema Nunes Jahnke (Livro de Poesias)


IMORTAL

Procuro uma canção
Em que meu amor se reconheça,
Apenas uma melodia
Capaz de alegrar o dia,
Fácil de cantarolar
Como é amar,
Um solo de violão
Que bata na batida do coração,
Que pra se reconhecer
Não tenha que prestar atenção,
Onde até os desatentos
Possam sentir a alegria do amor,
Amor imortal como a vida,
Que renasce a cada batida.

CORAÇÃO GUERREIRO

Na tua ira recai impiedosa maldade
Dissoluto do amor guerreiro,
Esgotado, vencido...
Se faz pesado o fardo
De amar sem ser notado,
Amor só de um lado,
Amor renegado,
Guerreiro vencido em batalha,
Surrado, abatido, cansado,
Desmorona em meu peito
Acalenta em meu seio
Retorna a mim
Coração guerreiro,
Tua luta é minha luta,
Tuas dores são minhas lágrimas,
Tua saudade é minha agonia,
Tua história é minha vida,
Teu desespero é minha salvação,
Pois retorna à Deus
O coração que amou,
E a alma que sofreu
Só aprendeu.

CORPO E ALMA

Sou como um belo jardim de flores do campo
Cercado por uma bela cerca de madeira
Toda pintada de branco...

No jardim à vida tem razão pra existir
Pra alegrar os olhos de quem o refletir,
Das margaridas o perfume, impossível confundir
Que mesmo longe dali é capaz de se sentir.

A cerca é a moldura de paisagem tão serena
Contida em seu jardim...
A alma dentro de mim.

Um dia, toda amadeira perecerá
Por mais cuidado que se tenha
Por melhor que seja a lenha,
Um dia se extinguirá.

O jardim não mais contido
Pela cerca de madeira,
Lançará ao vento seu pólen
Fecundará outra terra,
-Viverá em outro jardim-

A moldura será outra
Branca, amarela, vermelha
Outra, bela cerca de madeira!

Que emoldura o jardim
Que hoje...
Desabrocha dentro de mim

ESPERANÇA

Eu sou o sorriso sincero,
Sou o medo na solidão,
Sou a dúvida sussurrada,
E a resposta encontrada,
Sou a saída, e a chegada,
Na mesma estrada,
Sou a luz na escuridão,
A ternura no coração,
Sou o sorriso da criança,
Eu sou...A própria esperança.

SAUDADE

Se do nada uma lágrima
Rolar no seu rosto...
Não tente entender,
Se mesmo, sem você querer,
Outra lágrima teimar
Em embaçar teu sorriso...
Não procure nem tente entender,
Com certeza e teu coração,
Com vontade de me ver.

REFÚGIO

Só estou, e só fico
A solidão é meu refúgio,
Meu instante de meditação,
De escutar meu coração,
No silêncio mudo
Transcendo o mundo,
Em absoluta união
Numa contemplação,
Que foge a qualquer compreensão.

LASCIVA

Sou madrugada que chora sozinha,
Chuva que se perde em poças
E escorre pelos bueiros
A despertar a madrugada...
Em teus olhos vejo-me refletida
Ofuscada na retina do teu olho
Feito água na poça d’água
Escorrendo no teu corpo...
As linhas que traçam teu rosto
Revelam um sorriso jocoso,
Talvez, teus braços sejam o bueiro
Que desnuda minha alma
E recebe o meu corpo...

Ali, meu corpo se acalma
Repousando no teu peito
Feito rio e leito...

JANELA DA EMOÇÃO

Beijar eu já beijei
Alguns morrerão na boca
Outros queimarão em vão,
Já dei beijos de despedida
Que marcaram minha vida,
Beijar eu já beijei
Alguns mornos, mas, nunca frios
Uns deram tremedeira, outros arrepio,
...O beijo que não esqueço
Deu choque na janela da emoção
E trancou o amor dentro do meu coração!

É PRECISO

É preciso que a saudade machuque de verdade,
Que leve ao vento as lágrimas
Envoltas em pensamentos,

É preciso, que a ausência seja sentida...doída
Que se relembre a partida
E se anseie o retorno,

É preciso sentir a inquietude do desejo
Que não cessa e arranca o sossego,

A vida assim, jamais cansa...
Renova-se na esperança!

COMPAIXÃO PELA VIDA

Do nada uma freada,
Uma trombada...
E num segundo
Tudo se apaga.

Bebida, velocidade...
Imprudência, fatalidade...
Culpados e inocentes
Vidas perdidas simplesmente.

Acabou a vida promissora,
Acabou o futuro brilhante,
Mais um na estatística
Desta tragédia constante.

Partisse uma família,
Acabou a alegria,
Acabou o sorriso do pai...
Acabou o sorriso da filha.

Acabou mais uma vida,
Desperdiçada nas estradas,
Acabou!... E não se faz nada?
Acabou, acabou, acabou...

Choram os pais...
Choram os filhos,
Choram os amores...
Choram as dores,
Choram os amigos...
Choram comigo!

O FIM

Percebo o fim; mas tenho medo,

É tão triste!... A idéia assusta,
É minha a culpa!... Sua?
Não importa!...
São tantos beijos
Tantos anos,
Tanta vida jogada fora...
Vira um nada, um passado,
Chorar não adianta,
Mas como não chorar,
Lutar pra que,
Contra o que?
O tempo ninguém para, nada muda...
Mas eu sinto!... Pressinto o inevitável,
Então, porque não ter
A mesma intensidade,
A mesma força,
E eis minha esperança,
Que o inevitável fim...
Seja pra você, e pra mim.
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Sobre a Poetisa

Inoema Nunes Jahnke (1971)
Inoema Nunes Jahnke gaúcha de Pelotas, nasceu no dia dezesseis de agosto em 1971, empresária na área de software atualmente reside em Cachoeirinha, Rio grande do Sul, esposa e mãe, a escritora dedica boa parte do tempo à poesia, em 2008 publicou seu primeiro livro"Imortal", em 2009 publicou o segundo, autora de poesias consagradas como “Orgulho gaúcho” e “Compaixão pela vida”, acredita no amor e no poder da poesia de emocionar e inspirar os corações!

Fontes:
http://inoemaescritora.blogspot.com/
http://www.poesias.omelhordaweb.com.br/
http://www.artistasgauchos.com.br/

2 comentários:

inoema escritora disse...

Caro José Feldmam é com grande satisfação que venho visitá-lo, saiba que sinto-me honrada em fazer parte de tão belo espaço cultural;
“Levo a prosa e a poesia,
através de um boletim,
e também toda a magia
que elas trazem para mim.” AMEI!

iracema disse...

Irmazinha querida e muito amada, vc é a nossa maior inspiração, falo em nome de toda sua familia, sua poesia nos acalma, conforta, da esperança, é simplesmente o máximo sou sua fã, e te amo muito pela pessoa incrível que você é, gande beijo em seu coração e muito sucesso, você merece.
Iracema Nunes