(O soneto que ele não teve tempo de ler.)
Quando te vejo, assim, domando a vida,
com a fibra invulgar do cavaleiro
que não teme as corcovas da subida,
nos reveses e quedas, altaneiro...
cabeça branca, face já curtida
pelo tempo e inclemência do roteiro,
velho e valente, fronte sempre erguida,
que a rude estrada forja o caminheiro...
mesmo que eu queira te dizer o tudo
que na alma eu sinto, meu falar é mudo,
minha voz na garganta se retrai!
Assim... faço dos versos o ofertório...
do coração, um cálido oratório...
e neles rogo a Deus por ti, meu pai!
Quando te vejo, assim, domando a vida,
com a fibra invulgar do cavaleiro
que não teme as corcovas da subida,
nos reveses e quedas, altaneiro...
cabeça branca, face já curtida
pelo tempo e inclemência do roteiro,
velho e valente, fronte sempre erguida,
que a rude estrada forja o caminheiro...
mesmo que eu queira te dizer o tudo
que na alma eu sinto, meu falar é mudo,
minha voz na garganta se retrai!
Assim... faço dos versos o ofertório...
do coração, um cálido oratório...
e neles rogo a Deus por ti, meu pai!
Fonte:
CRESPO, Heloísa (organizadora). Corrente Literária Dia dos Pais 2011. Campo dos Goytacazes, RJ: 2011.
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