(Soneto Póstumo a Meu Pai 1915-1980)
Um bandolim no fundo do armário,
uma cadeira vazia,
lágrimas por um velho cenário,
saudades de um outro dia.
A música que reinava, se cala
a palavra dita e não dita,
a solidão em meio a sala,
um coração cuja saudade habita.
O tempo que houve, se dissipou,
deixando uma lágrima pendida.
Como uma peça de teatro, se findou,
gravando na alma, sua partida.
Tempos de abraços, sorrisos e certezas,
um fio esticado que desenrolamos na vida.
Maringá, 14 de agosto de 2011.
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