sábado, 13 de agosto de 2011

Poesia Sem Fronteiras II


Porquê
ALFREDO DOS SANTOS MENDES


Procuro e não encontro uma razão
do teu afastamento prematuro.
Que fiz de mal? Não sei!!! Por Deus te juro!
Se um dia te ofendi...Peço perdão!

Espero não ter sido grosseirão
ou deixar descambado meu apuro.
Se foi esse o motivo não censuro,
O teu silêncio como exaltação!

Cada dia passado é um tormento,
se não te sinto aqui por um momento,
representada em meu computador!

Que poderei fazer para voltar
ao ligar meu PC eu encontrar:
teus poemas pintados com amor!

Começar Tudo, Outra Vez !
ANA PAULA COSTA BRASIL
  
Para todo o sempre,
meu amor.
Quero te amar...
para todo o sempre.
Abraçar-te
e sentir tua alma,
eternamente.
Sentir-te...
Tê-lo...
Viver o amor
que temos um pelo outro,
que ainda teremos
e que tanto desejamos.
Amor,
tu me fazes sentir viva,
tu me fazes ter vida
e me fazes querer... querer...
Tê-lo para todo e sempre
e amá-lo eternamente
não são sonhos
e sim a mais bela aspiração.
Meu amor,
desejá-lo mais a cada toque;
senti-lo mais a cada beijo
e viver mais a cada momento
de amor
é a mais doce melodia.

Navegando
APARECIDO DONIZETTI HERNANDEZ

Navego o turbulento barco de minha vida...

Turbulento e cismado barco de angústias,
Angústias que parecem fazer parte de todas as existências.
- Turbulento barco de minha existência -

Barco turbulento à procura de águas calmas
A fazer contra-ponto aos turbilhões internos de minha alma,

Onde encontro tais águas a não ser junto a ti,
Que tens o dom de acalmar o turbulento barco de minha vida.

Minhas angústias parecem amainar com sua presença,
Presença de águas calmas, que geram esperanças
Nas angústias de minha alma.

Somente você me acalma,
Tens o dom de purificar minha alma

Cantarei o Amor!
DANIELA WAINBERG
 
A paixão é um sentimento
a invadir meu coração.
Chega ardente e envolvente,
incendiando corações.
Esses, outrora, tranquilos,
parecem ter dois lados:
um escuro e o outro claro.
A paixão ora faz meu corpo
ferver de intenso ardor,
ora é devastadora e extremamente
cruel e egoísta,
deixando-me triste e desolada.
Não me deixarei abalar;
feliz, cantarei o amor.

Morada da Minha Infância
DIANA CAMARGO

Altiva e majestosa
Com suas paredes brancas
Plantada aos pés do serro
Sob o olhar da Virgem Santa.
Foste palco de uma história
Tantos sonhos e quimeras
Abrigaste tantas vidas
Entre tantas primaveras.
Sempre muito hospitaleira
Aos que ali se achegavam
Muitos causos, muitos risos
À sombra da tua figueira.
Lembrança das brincadeiras
Aos poucos vão se apagando
Pois ainda muito cedo
Deixei o teu aconchego.
Hoje apenas na lembrança
De cada um de teus filhos
Foi tombada pelo tempo
Morada da minha infância.
Mas tua imagem tão clara
Não se apaga da memória
Vai transcender pelo tempo
Faz parte da nossa história.

Nosso Jardim
JANDYRA ADAMI

A trepadeira está florida
Assim... outras flores do jardim
Os pássaros e borboletas
Não deixam de passar por aqui
Fico sentada olhando
Este pedaço de mundo
Que foi nosso... tão nosso...
O jardim de nossa casa.
O caramanchão num canto
onde, às tardinhas, vínhamos conversar.
Tudo está aqui, como antigamente,
as cadeiras, a mesinha de cimento,
pintadas de branco, conforme seu desejo.
No chão, espalhadas, folhas e pétalas
que o vento traz.
Entre a brisa suave que toca meu rosto,
e a ventania que move as nuvens,
meu pensamento voa e recordo
todos nossos momentos, nossa alegria,
a conversa animada, todos os dias,
antes de o sol se por.
Continuo olhando tudo por nós dois,
sentindo a mesma sensação de prazer,
olhando a natureza...
Sua presença está marcada, indelével,
em cada cantinho do nosso jardim...

Ah! Saudade!
JOÃO PRETTO CAVALCANTI
 
Da minha janela,
vejo as árvores e as flores.
A rua silenciosa e vazia;
apenas o canto dos pássaros.
Percorro outros pontos da cidade:
movimentada, muito agitada
e, quando vejo,
deparo-me com o Guaíba
e passo a admirar um pôr do sol lindo,
de um vermelho alaranjado
Começo a pensar
no que existe,
além daquele pôr do sol.
Qual o seu mistério?
Sonho que estou percorrendo
um lugar florido,
de uma beleza ímpar,
sem impurezas.
Com isso, volto a minha alma pequenina,
infantil, inocente, pura...
Como num passe de mágica,
volto a dura realidade,
e saio andando, lentamente,
sorrindo de meu doce sonho.

Utopias do Pampa
JURACI DA SILVA MARTINS
 
Como uma promessa
Como um vago alento
Novos sentimentos
Podem renascer,
Das raízes índias
Vindas de outros tempos
Que brotam em eventos
Para um florescer...
 
Como a chuva fresca
Faz viver a planta
Toda a crença adianta
Um raiar de sol.
E sobre a terra seca
Doa abandonados
Vem soprar alado
Um vento de paz...
 
Então teremos
Sem os preconceitos
Muitos eleitos
Para um mutirão
Pois tantos valores
Que foram perdidos
Serão ressarcidos
Se nos Irmanar!

Coração Calejado
LUCAS COZZA BRUNO

Tua poesia fala de um coração calejado
de dores, de perdas e de decepções;
coração temeroso de arapucas
e caminhos tórridos,
fendas que cicatrizam e outras que se abrem,
que se pergunta como ser feliz?
Ah! Quanta incerteza!
Que descrença!
Este coração é generoso,
consolador, fraterno,
com desejos e anseios;
um campo fértil de sinceridade,
de amor, de lindas nuances
que tocam as almas de quem o conhece,
coração que sabe levar os amigos
ao mais infinito dos sonhos.
Acorde minha Estrela,
teu coração brilha tanto,
tanto... que supera as dificuldades.
É um canteiro de esperanças e desejos,
que faz com que a poesia
me tire até do rumo.
Coração com perfume, com beijos
como noite de lua cheia
embalado em papel colorido
retirado de pedaços do arco-íris.
Abre este teu coração calejado,
que vejo com olhos de amor e de gratidão
querendo te dizer: do grande bem
que este teu coração nos faz!

Atordoada...
MARJORIE CASSOL SPAGNOLO CANSAN
 
Lamento não ter aproveitado
melhor o meu dia a dia.
Momentos passaram voando
sem perceber continuei caminhando,
deixando para trás muitas coisas.
Nada volta ao início.
Se perdermos, temos que continuar.
Não adianta se remoer.
O que devemos fazer
é aproveitar o que nos resta.
Sigo me lamentando, chorando,
gritando, esperneando até perceber
que nada volta
e que cada acontecimento
é único mesmo
se quisermos vivê-los novamente.

Se...
TÂNIA REGINA DA SILVA GUIMARÃES
 
No meu canto, eu me encontro no passado;
no silêncio;
na dor;
na saudade;
no querer...
No meu canto, eu encontro o encanto no canto;
na cor;
na flor.
No meu canto, eu me encanto com o meu encontro!

Agosto à Contra-Gosto
TCHELLO D'BARROS

O tempo nos tece uma veste
E muito nos custa esse imposto
Pois lento nos dá outro susto
Gastou-se mais um agosto

Posto que vasto é o tempo
E visto que nos é imposto
Viver só um tempo sucinto
Numa sina à contra-gosto

A teia insana das horas
Aos poucos nos sela um desgosto
No vasto espaço do espelho
O tempo esculpe o seu rosto

Vivenciando a Vida
TEKA NASCIMENTO

Meigas tardes, de sol aureoladas,
flores olentes perfumando o ar,
o arvoredo a sorrir pelas calçadas,
que mais queremos, pra nos encantar?

A vida é uma benesse dadivosa
que eterniza de amor cada momento;
esse milagre, que é música maviosa,
nos enche de ternura e encantamento!

Cada mágico instante desta vida,
é um anseio de paz que nos convida
na luz do amor o espírito aquecer!

Mas essa luz de encanto e claridade
o excelso Pai só ousa conceder
a quem cultiva o bem e ama a bondade!

Despedida (II)
TITO OLÍVIO

Um ano passou já sobre esse dia
Em que juntos dormimos docemente,
Depois de nos amarmos loucamente,
Jurando amor eterno em euforia.

Partiste de manhã, sem alegria,
Com a alma dorida de quem sente
Que vários meses vais estar ausente
E pode o amor morrer em agonia.

Mas eu fui-te fiel e assim serei,
Sofri todo este tempo e esperei,
Cuidando com amor nosso jardim.

Se o meu corpo definha de tristeza,
Eu acredito em ti, tenho a certeza
Que voltarás um dia para mim.

Fonte:
Colaboração Carlos Leite Ribeiro. Iara Melo. Recanto da Prosa e do Verso. Ano III – julho de 2010.

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