sábado, 13 de agosto de 2011

Roldão Aires (Antologia Poética)


VOLTAS

Nas voltas que a vida dá,
nas voltas que damos nós.
Coisas passam,sem as vermos
coisas ficam sem querermos.
Caminham juntas a nós,
fazem parte de nossa vida,
dão-nos, amor atenção,
trazem descanso a fadiga.
Em uma volta destas,
passastes em meu caminho.
Não percebi, segui adiante
Voltastes, e frente a frente,
agora pude notar-te.
Por que permiti que passa-ses?
És meiga como um anjo,
delicada como uma rosa.
Quantas voltas, tenho dado,
estavas bem ao meu lado,
e eu só queria amar-te!Amar-te!

MAIS UM BLOCO

Nem dei conta, mas mais
um bloco termina.
Quantas poesias nele fiz,
e em cada folha escrita
tua presença nela estava.
Quem versos faz,
canta sempre seu amor
por alguém, e nesse canto,
encantada a musa , ao lado
fica, morando no pensamento.
E o poeta sonhando pensa,
em um dia o seu verso sair,
e que presente esteja, o seu anjo
tão amado, sentada bem ao seu
lado, a musa do seu pensamento,
mesmo que seja, por um momento.

BIBELÔ

És linda,
pareces um bibelô importado.
Cabelos, olhos e boca, pedaços
de ti, que dentro do peito, tenho
guardado.
Quando para dentro de mim olho,
os vejo mas não gosto tanto de o
fazer.
Prefiro olhar à frente, e caminhar
bem devagar.
Arejar o pensamento, a vida viver,
cantar.
Prefiro isto, ao contrário do desejo
que sinto, quando para eles olho, e
começo, a de ti lembrar.

NÃO SEI

Não sei se são os teus olhos,
ou se o teu jeito inocente,
faz com que eu sinta, pelo
meu corpo inteiro,algo que
não sentia, alguma coisa
diferente.
Me pego às vezes, pelos cantos
a falar, palavras que há muito
não dizia.
Sinto que renovo-me,
que procuro uma maneira,
de poder vir a possuir um novo
sonho para ser vivído,
um novo amor, que dentro tenho,
e não pode ser contido

RIMA

És a rima que mais procuro,
para encerrar cada poema.
Procuro te usar bem pouco,
para não cansar,a quem lê.
Mas a cada verso escrito,
lá estas de novo voltando,
reescrevo,troco palavras,mas
de mim não sais ,continuas
teimando.
Tudo o que tento escrever,
tento esquecer o que para mim
representas, mas é só a caneta
pegar, que depressa retornas,
para mostrar, que és a parte
importante,deste ou de outro
poema, que eu venha a fazer.

QUANDO ANDAS

Fico perdido às vezes
olhando o teu caminhar.
São passos tão leve dados,
que eu não canso de olhar.
Princesa o és, em tudo.
O balanço do teu cabelo
conforme o teu andar
parecem que a acenar à mim
ficam, eu que vivo a te olhar.
Sonho de criatura,
juro-te com sinceridade,
olho-te com os olhos do amor,
prá mim és toda, ternura.

Fonte:
Poemas enviados pelo Autor

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