terça-feira, 14 de agosto de 2012

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 637)

Uma Trova de Ademar  

Muda-se a cor preferida,
troca-se a corda do sino,
muda-se tudo na vida...
Mas não se muda o destino.

–Ademar Macedo/RN–

Uma Trova Nacional


Sou, no retorno ao passado,
– meu teatro de deslizes,
um mero ator fracassado
no palco dos infelizes!

–José Valdez Moura/SP–

Uma Trova Potiguar


Luzes que foram clarão,
na estrada da meninice;
são sombras de solidão,
nos caminhos da velhice!!!

–Luiz Dutra/RN–

Uma Trova Premiada

1987 - Resende/RJ
Tema - ABANDONO - 2º Lugar


Abandonado e tristonho,
guri de rua, sombrio,
puxa as cobertas do sonho
pra agasalhar-se do frio.

–Paulo Cesar Ouverney/MG–

...E Suas Trovas Ficaram


Mostrando a força incontida
na teimosia e na fé.
Por mais que eu caia na vida
meus sonhos ficam de pé!

–Marisol/RJ–

Uma Poesia

SAUDADE...
–Antonio Roberto Fernandes/RJ–


...Quem diz que a saudade é roxa,
quem diz que a saudade é triste
e quem diz que não existe
quem a possa definir,
não sabe o que é saudade.
Saudade é mais do que isso.
Saudade é como um feitiço,
Saudade é falta de ti...

Soneto do Dia  

ASSIM SÃO MEUS VERSOS.
–Sônia Sobreira/RJ–


Assim são meus versos, enigmáticos,
como ventos que bailam nas andanças,
são mistérios, são fúlgidas lembranças,
luzeiros cintilantes, mas estáticos.

São girassóis altivos e fleumáticos,
são quimeras, retalhos de esperanças,
cantilenas que embalam as crianças,
fantasias dantescas de fanáticos.

Frágeis anseios a rimar cansaços,
que choram seus lamentos nos meus braços,
num desconsolo que jamais se acalma.

São espectros com dedos gigantescos,
desenhando nas pedras arabescos,
que entrelaçam pedaços de minh'alma.
Fonte:
Ademar Macedo

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