DESPEDAÇOS
foram tantos corações
sete agrados
onze fados
amores endiabrados
onze argolas de prata
nos braços errantes
acenos e despedidas
barcos já distantes
lenços muito brancos
tremulando na janela
vidros soltos e quebrados
onze destinos acabados
recolho os pedaços
os lençóis desarrumados
espero o esquecimento
neste porto abandonado
restou a esperança
alguns traços da paixão
leves despedaços
deste forte coração
FERA
sai... solta
macias patas
agudos olhos
fera de mim
feita em fogo
caminha... cresce
dança com o vento
doma o pensamento
rosna... inquieta
volteia o dorso
crava-me as unhas
rasga meu vestido
torna-me nua
mulher de mim mesma
tremo...
fera liberta
entrego-me ao fogo
OLHA-ME
Olha-me nos olhos
tece o veludo
da tua fala
olhando-me
nos olhos
assim quero conhecer-te
desfia as dobras
da mousseline
e desvela
meus segredos
deixa nossos corpos se entenderem
a alma não
a saciedade do nosso desejo
a alma não entenderia…
OLHOS DE GATO
se eu quiser...
te espio na noite
quando tu dormes,
rondo teu sono
com olhos de gato.
se eu quiser...
persigo em silêncio
todos teus passos
ouço teus suspiros
adivinho teus desejos
na noite...
se eu quiser,
com olhos de gato.
RIMAS E RAIOS
Não me peças versos
nem rimas
hoje não!
talvez amanhã
Tenho a boca em agulhas
os punhos cerrados
o peito em guerra
hoje firo
hoje mato
Tenho os raios
como pena
não queiras minha rima
hoje escrevo
as feridas dos punhais
Das flechas
desta vida
estou arqueira
hoje eu quero
desforrar
Tenho garras
em meus dedos
prendo,rasgo
tudo posso
tudo ataco
estou revolta
Quero o porre
a sorte
a morte
rimar? hoje não
Quero as tabernas
o vinho
as vadias
cafajestes
a ralé toda!
A vida nos porões
paixão detrás dos corpos
quero a vida nua
explodindo
em relâmpagos
rimar?
hoje não
talvez amanhã
SERPENTES
Domo feras e serpentes
numa luta íntima
de encanto
e fados
Meu corpo é coliseu
tua voz macia
incita as feras
à luta...
Bailam as serpentes
no meu corpo
quem vence
é tu…
PEDRAS
Vamos...
atire-me pedras !
me chame inconstante
eu sorrio
o riso distraído
das amantes
Enquanto lapidas pedras sem brilho
sou aquela abandonada
sem ternura
que rola na mão bruto diamante
dos amores perdidos
Aranha eu
teço minha teia
traço meu labirinto
com espinhos
e sobras do amor
porque sou em desatino
Suas pedras são para mim, estrelas
esferas sem lei
o sonho ou sol
essência do que sou
a angústia com que te afogas
Atire-me pedras, companheiro
pois tem a alma dura
nunca caminhará comigo
porque nesta vida eu prossigo,
...Tu ficas!!!
Fontes:
1 - http://www.blocosonline.com.br/literatura/autor_poesia.php?id_autor=2786&id_categoria=337&flag=nacional&tipo=c
2 - http://www.recantodasletras.com.br/autor_textos.php?id=1125
foram tantos corações
sete agrados
onze fados
amores endiabrados
onze argolas de prata
nos braços errantes
acenos e despedidas
barcos já distantes
lenços muito brancos
tremulando na janela
vidros soltos e quebrados
onze destinos acabados
recolho os pedaços
os lençóis desarrumados
espero o esquecimento
neste porto abandonado
restou a esperança
alguns traços da paixão
leves despedaços
deste forte coração
FERA
sai... solta
macias patas
agudos olhos
fera de mim
feita em fogo
caminha... cresce
dança com o vento
doma o pensamento
rosna... inquieta
volteia o dorso
crava-me as unhas
rasga meu vestido
torna-me nua
mulher de mim mesma
tremo...
fera liberta
entrego-me ao fogo
OLHA-ME
Olha-me nos olhos
tece o veludo
da tua fala
olhando-me
nos olhos
assim quero conhecer-te
desfia as dobras
da mousseline
e desvela
meus segredos
deixa nossos corpos se entenderem
a alma não
a saciedade do nosso desejo
a alma não entenderia…
OLHOS DE GATO
se eu quiser...
te espio na noite
quando tu dormes,
rondo teu sono
com olhos de gato.
se eu quiser...
persigo em silêncio
todos teus passos
ouço teus suspiros
adivinho teus desejos
na noite...
se eu quiser,
com olhos de gato.
RIMAS E RAIOS
Não me peças versos
nem rimas
hoje não!
talvez amanhã
Tenho a boca em agulhas
os punhos cerrados
o peito em guerra
hoje firo
hoje mato
Tenho os raios
como pena
não queiras minha rima
hoje escrevo
as feridas dos punhais
Das flechas
desta vida
estou arqueira
hoje eu quero
desforrar
Tenho garras
em meus dedos
prendo,rasgo
tudo posso
tudo ataco
estou revolta
Quero o porre
a sorte
a morte
rimar? hoje não
Quero as tabernas
o vinho
as vadias
cafajestes
a ralé toda!
A vida nos porões
paixão detrás dos corpos
quero a vida nua
explodindo
em relâmpagos
rimar?
hoje não
talvez amanhã
SERPENTES
Domo feras e serpentes
numa luta íntima
de encanto
e fados
Meu corpo é coliseu
tua voz macia
incita as feras
à luta...
Bailam as serpentes
no meu corpo
quem vence
é tu…
PEDRAS
Vamos...
atire-me pedras !
me chame inconstante
eu sorrio
o riso distraído
das amantes
Enquanto lapidas pedras sem brilho
sou aquela abandonada
sem ternura
que rola na mão bruto diamante
dos amores perdidos
Aranha eu
teço minha teia
traço meu labirinto
com espinhos
e sobras do amor
porque sou em desatino
Suas pedras são para mim, estrelas
esferas sem lei
o sonho ou sol
essência do que sou
a angústia com que te afogas
Atire-me pedras, companheiro
pois tem a alma dura
nunca caminhará comigo
porque nesta vida eu prossigo,
...Tu ficas!!!
Fontes:
1 - http://www.blocosonline.com.br/literatura/autor_poesia.php?id_autor=2786&id_categoria=337&flag=nacional&tipo=c
2 - http://www.recantodasletras.com.br/autor_textos.php?id=1125
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