domingo, 19 de agosto de 2012

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 642)

Uma Trova de Ademar 

Vendo o navio ancorado
e o lindo sol quase posto,
sinto, lembrando o passado,
uns pingos d’água em meu rosto..
–Ademar Macedo/RN–

Uma Trova Nacional 


Se caem do céu as águas
com tanta beleza e encanto,
por que desencanto e mágoas
há nas águas do meu pranto?
–Maria Conceição Fagundes/PR–

Uma Trova Potiguar 


Até o coração, se oprime,
ante ao intenso fulgor,
do sentimento sublime,
de uma carícia de amor...
–Fabiano Wanderley/RN–

Uma Trova Premiada 


2000  -  Pouso Alegre/MG
Tema  -  PASSADO  -  1º Lugar


Eu sinto, com desconforto,
que ainda sou teu vassalo:
nosso passado está morto,
mas não consigo enterrá-lo!
–Wanda de Paula Mourthé/MG–

...E Suas Trovas Ficaram 


Quando não vens, na ansiedade
desses momentos perversos,
vem a musa da saudade
pôr mais saudade em meus versos!
–Aloísio Alves da Costa/CE–

Uma  Poesia 


Poeta canta o que pensa
das coisas de um casarão,
onde a sombra do oitão
chega sem pedir licença;
o queijo feito na prensa
riquíssimo de proteína,
a tocha da lamparina
triste no canta da mesa
-Não há quem negue a beleza
da poesia nordestina.
–Pedro Ernesto Filho/CE–

Soneto do Dia 

SONETO DA SEPARAÇÃO.
–Vinicius de Moraes/RJ–


De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.

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