quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Paulo R. O. Caruso (Cordel a Lavoisier e ao Lobisomem de Ocara)



Da grã Sagrada Família
a nossa Igreja Matriz 
certa vez foi ofendida 
por indivíduo infeliz
frente a quem diversos somem;
foi um tal de lobisomem 
que fazer bagunça quis!

Ele ameaçou um padre, 
que foi logo se benzendo,
pedindo a Deus pela vida,
mas esse bichão horrendo 
não contava com a ajuda 
de uma certa mão graúda 
de um super-herói tremendo!

Apareceu de repente,
para assombro do bichão, 
um cidadão ocarense 
que foi baita goleirão –
Lavoisier, brasileiro
que venceu no mundo inteiro,
a esperada salvação!

O lobisomem sorriu
para o herói desta cidade
e até mesmo gargalhou,
desdenhando de verdade
do vitorioso atleta
que teve atuação seleta 
contra a cria da maldade!

O lobisomem tentou 
no nosso herói dar patada,
mas não contava de fato 
com a esquiva preparada 
por Lavoisier guerreiro,
que fez o monstrengo arteiro
desabar lá na calçada.

Quem riu agora de fato 
foi somente o ex-goleiro,
para raiva do bichão,
que se levantou faceiro
como quem tenta um rebote 
mas Lavoisier, num trote,
o levou de novo ao chão. 

Cansado de brincadeiras, 
Lavoisier o levantou
e lhe deu baita patada
no ouvido, o que o transtornou,
fazendo tonto ficar 
o ser a pavor levar 
à cidade em que morou. 

Foi com a mão de defesas
históricas no futsal 
que o ex-atleta estatelou 
a criatura e todo o mal 
que esta então representava;
ali mesmo é que acabava
esse lunar ritual! 

A criatura ficou zonza,
como se tivesse feito 
ida a boteco beber,
e viu logo não ter jeito 
contra o nosso ex-goleirão,
sendo que veio a razão
ao pensamento perfeito.

Mandou-se cambaleante 
a criatura por ruas 
de Ocara até que sumiu
para que não mais das suas 
aprontasse na cidade, 
pois humilhou-se a maldade
que estava de faces nuas!

Fonte: Cordel enviado pelo autor 

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