Quando no nordeste, começamos a sentir um cheirinho de milho no ar, é porque chegou o tempo dos louvores e festas. É o mês de junho com seus sabores, cores, sons e fogos, carregando nas suas entranhas uma história cultural de grande significado.
No ciclo junino ou joanino como se diz em Portugal, há uma fusão de celebrações sagradas e profanas que nos remetem a épocas muito mais antigas do que a estabelecida pelo cristianismo entre nós.
Na verdade é “muito antes do antes”, como fala o povo na sua sabedoria. A história vem da antiguidade, quando povos como celtas, bretões, bascos, egípcios e sumérios, faziam suas invocações aos deuses para que terra se fizesse fértil, e lhes oferecesse fartura.
Depois, à época do solstício de verão-junho no hemisfério Norte-vinha os agradecimentos, quando louvavam, dançavam e se embriagavam em verdadeiras orgias profanas.
As mudanças climáticas provocadas pela posição do sol em sua órbita alteravam a duração do dia e a intensidade do calor, o que naturalmente influenciava no plantio e na colheita e eram consideradas por eles como resultantes da interferência dos deuses sobre a natureza.
Assim a festa do solstício, era a festa da fertilidade, o que fazia com que vivessem atentos às mudanças da natureza e organizassem rituais propiciatórios para os deuses como forma de obter fartura. Esse espírito voltado para as soluções mágico-religiosas, sem se fez presente na história da humanidade desde os tempos mais longínquos, quando os fenômenos da natureza não eram visto como naturais.
Vale ressaltar que o ser humano sempre teve uma forte necessidade de apelar para seres superiores para nos momentos aflitivos, buscar soluções, vez que seu imaginário sempre foi povoado por divindades, mitos, deuses ou santos e até mesmo forças da natureza e orixás.
Nas mais diversas épocas, e de acordo com as diversas culturas, o homem sempre buscou se aninhar nos braços de Minervas, Apolos e Dianas, Dionísios, Osíris, Hermes ou Zeus, habitantes mágicos do Olímpio, para ter seus desejos de poder, amor ou vitória realizados, usando para isso peditórios e promessas. Alcançada a graça, ganhavam os deuses, altares, tempos magníficos, colunas votivas, a depender do acordo firmado entre deuses e homens.
O costume de pedir e fazer promessas para alcançar graças, também se incorporou ao cristianismo em suas variadas vertentes através dos santos da predileção de cada um, ou no culto negro seus orixás. Mas para combater as celebrações pagãs dos povos antigos, a Igreja lançou um véu cristão sobre a festa louva tória da fertilidade, e encontrou no mês de junho datas significativas, para a substituição.
Nascimentos e mortes de santos como Santo Antonio, São João e São Pedro passaram a marcar com suas práticas sagradas o período junino.
No bojo das caravelas, o costume louva tório dos portugueses chegou até nós ensinando práticas sagradas como procissões, romarias, novenários e trezenários, como um devocionário que encontrou no nordeste campo fértil para sua implantação.
E vieram também as práticas advinha tórias, as crenças populares, as supestições, rituais de magia que se somando à nossa diversidade étnica, deixou marcas profundas em nossa identidade cultural, O solstício de verão europeu, em nós, é tempo de inverno, chuvas e fartura também na terra e seu cultivo.
Na composição do nosso ciclo junino, duas forças se interligam: o sagrado e o profano. Louvores aos santos, procissões, novenas e trezenas, pagamentos de promessas. Mas também herdamos crenças populares remanescentes de cultos antigos a divindades, que se cristianizaram. E como não podia deixar de ser, cantamos, dançamos e fazemos da fartura do ciclo, não só o sabor especial da mesa, mas a dança, a festa, onde estão presentes também os fogos.
Com a mesma crença que dedicamos ao “pão de santo Antonio” para que guardado junto aos nossos alimentos, não permita que nos falte comida, assim mesmo acreditamos que o pio da coruja é “agourento”.
Usamos crucifixo no pescoço, e também um “patuá” para nos livrar de “mau olhado”. Plantamos espada de São Jorge na frente da casa para nos livrar de “olho grosso”. E numa herança medieval, ainda fustigamos o corpo, em celebrações penitentes para limpar o corpo do pecado.
Dentre as crenças populares, estão as Advinhas e Simpatias, herdadas dos oráculos da Europa, antes do cristianismo, e que ainda alimenta nosso imaginário não só no ciclo junino, mas na Páscoa, e entrada de um ano novo, embora que por sua ligação com a magia, não sejam aceitas pela igreja católica.
A SIMPATIA ou magia simpática se caracteriza como um ritual que pode forçar poderes ocultos a realizar algo desejado.
Assim ela se caracteriza pela utilização de palavras e ações que levam algum desejo a se concretizar. O que desejamos pode envolver tanto pessoas como objetos através de poderes superiores. É uma magia simpática daí o seu nome.
Mas para ter segurança na sua realização, é preciso contar com dois elementos: segredo e fé. Acreditar que vai realmente acontecer o que se pede é fundamental
Fonte:
http://www.sociedadesemear.org.br/
No ciclo junino ou joanino como se diz em Portugal, há uma fusão de celebrações sagradas e profanas que nos remetem a épocas muito mais antigas do que a estabelecida pelo cristianismo entre nós.
Na verdade é “muito antes do antes”, como fala o povo na sua sabedoria. A história vem da antiguidade, quando povos como celtas, bretões, bascos, egípcios e sumérios, faziam suas invocações aos deuses para que terra se fizesse fértil, e lhes oferecesse fartura.
Depois, à época do solstício de verão-junho no hemisfério Norte-vinha os agradecimentos, quando louvavam, dançavam e se embriagavam em verdadeiras orgias profanas.
As mudanças climáticas provocadas pela posição do sol em sua órbita alteravam a duração do dia e a intensidade do calor, o que naturalmente influenciava no plantio e na colheita e eram consideradas por eles como resultantes da interferência dos deuses sobre a natureza.
Assim a festa do solstício, era a festa da fertilidade, o que fazia com que vivessem atentos às mudanças da natureza e organizassem rituais propiciatórios para os deuses como forma de obter fartura. Esse espírito voltado para as soluções mágico-religiosas, sem se fez presente na história da humanidade desde os tempos mais longínquos, quando os fenômenos da natureza não eram visto como naturais.
Vale ressaltar que o ser humano sempre teve uma forte necessidade de apelar para seres superiores para nos momentos aflitivos, buscar soluções, vez que seu imaginário sempre foi povoado por divindades, mitos, deuses ou santos e até mesmo forças da natureza e orixás.
Nas mais diversas épocas, e de acordo com as diversas culturas, o homem sempre buscou se aninhar nos braços de Minervas, Apolos e Dianas, Dionísios, Osíris, Hermes ou Zeus, habitantes mágicos do Olímpio, para ter seus desejos de poder, amor ou vitória realizados, usando para isso peditórios e promessas. Alcançada a graça, ganhavam os deuses, altares, tempos magníficos, colunas votivas, a depender do acordo firmado entre deuses e homens.
O costume de pedir e fazer promessas para alcançar graças, também se incorporou ao cristianismo em suas variadas vertentes através dos santos da predileção de cada um, ou no culto negro seus orixás. Mas para combater as celebrações pagãs dos povos antigos, a Igreja lançou um véu cristão sobre a festa louva tória da fertilidade, e encontrou no mês de junho datas significativas, para a substituição.
Nascimentos e mortes de santos como Santo Antonio, São João e São Pedro passaram a marcar com suas práticas sagradas o período junino.
No bojo das caravelas, o costume louva tório dos portugueses chegou até nós ensinando práticas sagradas como procissões, romarias, novenários e trezenários, como um devocionário que encontrou no nordeste campo fértil para sua implantação.
E vieram também as práticas advinha tórias, as crenças populares, as supestições, rituais de magia que se somando à nossa diversidade étnica, deixou marcas profundas em nossa identidade cultural, O solstício de verão europeu, em nós, é tempo de inverno, chuvas e fartura também na terra e seu cultivo.
Na composição do nosso ciclo junino, duas forças se interligam: o sagrado e o profano. Louvores aos santos, procissões, novenas e trezenas, pagamentos de promessas. Mas também herdamos crenças populares remanescentes de cultos antigos a divindades, que se cristianizaram. E como não podia deixar de ser, cantamos, dançamos e fazemos da fartura do ciclo, não só o sabor especial da mesa, mas a dança, a festa, onde estão presentes também os fogos.
Com a mesma crença que dedicamos ao “pão de santo Antonio” para que guardado junto aos nossos alimentos, não permita que nos falte comida, assim mesmo acreditamos que o pio da coruja é “agourento”.
Usamos crucifixo no pescoço, e também um “patuá” para nos livrar de “mau olhado”. Plantamos espada de São Jorge na frente da casa para nos livrar de “olho grosso”. E numa herança medieval, ainda fustigamos o corpo, em celebrações penitentes para limpar o corpo do pecado.
Dentre as crenças populares, estão as Advinhas e Simpatias, herdadas dos oráculos da Europa, antes do cristianismo, e que ainda alimenta nosso imaginário não só no ciclo junino, mas na Páscoa, e entrada de um ano novo, embora que por sua ligação com a magia, não sejam aceitas pela igreja católica.
A SIMPATIA ou magia simpática se caracteriza como um ritual que pode forçar poderes ocultos a realizar algo desejado.
Assim ela se caracteriza pela utilização de palavras e ações que levam algum desejo a se concretizar. O que desejamos pode envolver tanto pessoas como objetos através de poderes superiores. É uma magia simpática daí o seu nome.
Mas para ter segurança na sua realização, é preciso contar com dois elementos: segredo e fé. Acreditar que vai realmente acontecer o que se pede é fundamental
Fonte:
http://www.sociedadesemear.org.br/
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