A ÁGUA
Certo dia, um pouco de água desejou sair de seu lugar habitual, no lindo mar, e voar para o céu.
Então a água pediu ajuda ao fogo. O fogo concordou e, com seu calor, transformou a água em vapor, tornando-a mais leve que o ar.
O vapor partiu para o céu, subindo cada vez mais alto, até finalmente atingir a camada mais fria e mais rarefeita da atmosfera. Então as partículas de água, enregeladas de frio, tornaram a se unir e voltaram a ser mais pesadas que o ar. E caíram sob a forma de chuva. Não se limitaram a cair, mas jorraram como uma cascata em direção a terra.
A arrogante água foi sugada pelo solo seco e, pagando caro por sua arrogância, ficou aprisionada na terra.
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A ÁGUIA
Certo dia uma águia olhou para baixo, do alto do seu ninho, e viu uma coruja.
- Que estranho animal! – pensou consigo mesma. Certamente não se trata de um pássaro.
Movida pela curiosidade, abriu suas grandes asas e pôs-se a descer voando em círculos. Ao aproximar-se da coruja perguntou:
- Quem é você? Como é seu nome?
- Sou a coruja – respondeu o pobre pássaro em voz trêmula, tentando esconder-se atrás de um galho.
- Há, há! Como você é ridícula! – riu a águia – sempre voando em torno da árvore. Só tem olhos e penas Vamos ver – acrescentou, pousando num galho – vamos ver de perto como você é. Deixe-me ouvir sua voz. Se for tão bonita quanto sua cara vou ter que tapar os ouvidos.
Enquanto isso a águia tentava, por meio das asas, abrir caminho por entre os galhos para apanhar a coruja.
Porém um fazendeiro havia colocado, entre os galhos da árvore, diversos ramos cobertos de visgo, e também espalhara visgo nos galhos maiores.
Subitamente a águia viu-se com as asas presas à arvore, e quanto mais lutava para se desvencilhar, mais grudadas ficavam suas penas.
A coruja disse-lhe:
– Águia, daqui a pouco o fazendeiro vai chegar, apanhar você e trancá-la numa grande gaiola. Ou talvez a mate para vingar-se pelos cordeiros que comeu. Você, que passou toda a sua vida no céu, livre de qualquer perigo, tinha alguma necessidade de vir até aqui para caçoar de mim?
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A ARANHA E A ABELHA
Certo dia uma aranha encontrou um local onde havia muitas moscas. Imediatamente pôs mãos à obra, tecendo uma teia. Escolheu dois galhos como apoio e começou a trançar para lá e para cá, entre um e outro galho. Tecendo seu fio de prata, construiu sua teia. Quando terminou o trabalho escondeu-se atrás de uma folha.
A espera foi breve. Logo uma mosca curiosa viu-se presa à teia. A aranha precipitou-se e devorou a mosca.
Porém uma vespa, pousada numa flor, a tudo assistira. Imediatamente vôou para cima da aranha e furou-a com uma ferroada.
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A ARANHA E AS UVAS
Uma aranha observou durante dias a fio os movimentos dos insetos, e notou que as moscas ficavam em torno de um grande cacho de uvas muito doces.
- Já sei o que fazer – disse ela para si mesma.
Subiu para o alto da parreira e, por meio de um tênue fio, desceu até o cacho de uvas, onde instalou-se num pequenino espaço entre duas frutas.
De dentro do esconderijo começou a atacar as pobres moscas que vinham em busca de alimento. Matou muitas delas, pois nenhuma suspeitava que houvesse ali uma aranha.
Porém em breve chegou a época da colheita.
O fazendeiro foi para o campo, colheu o cacho de uvas e atirou-o para dentro de uma cesta, na qual se viu espremido junto com os outros cachos.
As uvas foram a armadilha fatal para a aranha impostora, que morreu exatamente como as moscas que enganara.
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A ARANHA E O BURACO DA FECHADURA
Após ter explorado a casa toda, por dentro e por fora, uma aranha resolveu esconder-se no buraco da fechadura.
Que esconderijo ideal! Pensou ela. Quem jamais havia de imaginar que ela estava ali? E além disso podia espiar para fora e ver tudo o que acontecia.
Ali em cima disse ela para si mesma, olhando para o alto da porta:
- Vou fazer uma teia para moscas ali embaixo. – olhando a soleira, observou: - Farei outra para besourinhos ali. Ao lado da porta, vou armar uma teiazinha para os mosquitos.
A aranha estava exultante. O buraco da fechadura proporcionava-lhe uma nova e maravilhosa sensação de segurança. Era tão estreito, escuro, e era revestido de ferro. Parecia-lhe mais inexpugnável que uma fortaleza, mais garantido que qualquer armadura.
Imersa nesses deliciosos pensamentos, a aranha ouviu o som de passos que se aproximavam. Correu de volta para o fundo de seu refúgio.
Porém a aranha esquecera-se de que o buraco da fechadura não havia sido feita para ela. Sua legítima proprietária, a chave, foi colocada na fechadura e expulsou a aranha.
Fontes:
– Covil do Orc
– Imagem = http://contosdafloresta.blogspot.com
Certo dia, um pouco de água desejou sair de seu lugar habitual, no lindo mar, e voar para o céu.
Então a água pediu ajuda ao fogo. O fogo concordou e, com seu calor, transformou a água em vapor, tornando-a mais leve que o ar.
O vapor partiu para o céu, subindo cada vez mais alto, até finalmente atingir a camada mais fria e mais rarefeita da atmosfera. Então as partículas de água, enregeladas de frio, tornaram a se unir e voltaram a ser mais pesadas que o ar. E caíram sob a forma de chuva. Não se limitaram a cair, mas jorraram como uma cascata em direção a terra.
A arrogante água foi sugada pelo solo seco e, pagando caro por sua arrogância, ficou aprisionada na terra.
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A ÁGUIA
Certo dia uma águia olhou para baixo, do alto do seu ninho, e viu uma coruja.
- Que estranho animal! – pensou consigo mesma. Certamente não se trata de um pássaro.
Movida pela curiosidade, abriu suas grandes asas e pôs-se a descer voando em círculos. Ao aproximar-se da coruja perguntou:
- Quem é você? Como é seu nome?
- Sou a coruja – respondeu o pobre pássaro em voz trêmula, tentando esconder-se atrás de um galho.
- Há, há! Como você é ridícula! – riu a águia – sempre voando em torno da árvore. Só tem olhos e penas Vamos ver – acrescentou, pousando num galho – vamos ver de perto como você é. Deixe-me ouvir sua voz. Se for tão bonita quanto sua cara vou ter que tapar os ouvidos.
Enquanto isso a águia tentava, por meio das asas, abrir caminho por entre os galhos para apanhar a coruja.
Porém um fazendeiro havia colocado, entre os galhos da árvore, diversos ramos cobertos de visgo, e também espalhara visgo nos galhos maiores.
Subitamente a águia viu-se com as asas presas à arvore, e quanto mais lutava para se desvencilhar, mais grudadas ficavam suas penas.
A coruja disse-lhe:
– Águia, daqui a pouco o fazendeiro vai chegar, apanhar você e trancá-la numa grande gaiola. Ou talvez a mate para vingar-se pelos cordeiros que comeu. Você, que passou toda a sua vida no céu, livre de qualquer perigo, tinha alguma necessidade de vir até aqui para caçoar de mim?
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A ARANHA E A ABELHA
Certo dia uma aranha encontrou um local onde havia muitas moscas. Imediatamente pôs mãos à obra, tecendo uma teia. Escolheu dois galhos como apoio e começou a trançar para lá e para cá, entre um e outro galho. Tecendo seu fio de prata, construiu sua teia. Quando terminou o trabalho escondeu-se atrás de uma folha.
A espera foi breve. Logo uma mosca curiosa viu-se presa à teia. A aranha precipitou-se e devorou a mosca.
Porém uma vespa, pousada numa flor, a tudo assistira. Imediatamente vôou para cima da aranha e furou-a com uma ferroada.
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A ARANHA E AS UVAS
Uma aranha observou durante dias a fio os movimentos dos insetos, e notou que as moscas ficavam em torno de um grande cacho de uvas muito doces.
- Já sei o que fazer – disse ela para si mesma.
Subiu para o alto da parreira e, por meio de um tênue fio, desceu até o cacho de uvas, onde instalou-se num pequenino espaço entre duas frutas.
De dentro do esconderijo começou a atacar as pobres moscas que vinham em busca de alimento. Matou muitas delas, pois nenhuma suspeitava que houvesse ali uma aranha.
Porém em breve chegou a época da colheita.
O fazendeiro foi para o campo, colheu o cacho de uvas e atirou-o para dentro de uma cesta, na qual se viu espremido junto com os outros cachos.
As uvas foram a armadilha fatal para a aranha impostora, que morreu exatamente como as moscas que enganara.
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A ARANHA E O BURACO DA FECHADURA
Após ter explorado a casa toda, por dentro e por fora, uma aranha resolveu esconder-se no buraco da fechadura.
Que esconderijo ideal! Pensou ela. Quem jamais havia de imaginar que ela estava ali? E além disso podia espiar para fora e ver tudo o que acontecia.
Ali em cima disse ela para si mesma, olhando para o alto da porta:
- Vou fazer uma teia para moscas ali embaixo. – olhando a soleira, observou: - Farei outra para besourinhos ali. Ao lado da porta, vou armar uma teiazinha para os mosquitos.
A aranha estava exultante. O buraco da fechadura proporcionava-lhe uma nova e maravilhosa sensação de segurança. Era tão estreito, escuro, e era revestido de ferro. Parecia-lhe mais inexpugnável que uma fortaleza, mais garantido que qualquer armadura.
Imersa nesses deliciosos pensamentos, a aranha ouviu o som de passos que se aproximavam. Correu de volta para o fundo de seu refúgio.
Porém a aranha esquecera-se de que o buraco da fechadura não havia sido feita para ela. Sua legítima proprietária, a chave, foi colocada na fechadura e expulsou a aranha.
Fontes:
– Covil do Orc
– Imagem = http://contosdafloresta.blogspot.com
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