É como se fosse um poço profundo
é como se a questão maior do mundo
fosse apenas o fim do poço
No poço sem fundo, um mundo sem poço
um sem fim de mundo mas tudo é simples...
só o fim do mundo no fundo do poço,
tudo faz parte da vida do sofrimento
Até a alegria o espaço finito
entre dois sentimentos
é o burburinho misterioso
de todos os outros momentos
E todos os momentos
também passam e tem fim
infinita é apenas a eternidade
Mas inexorável é a vida
posto que tudo voa de repente
alucinadamente, irrevogavelmente
mas eu te perdôo
por que fostes embora
deixando este vazio em mim
saiu pelo mundo a fora”
Eu te perdôo
por teres me dado a vida
me teres feito frágil e covarde
eu te perdôo
por teres mostrado a mim
apenas coisas da natureza
e no misterioso universo
te escondeu de mim
É pouco...? Mas eu te perdôo
Por teres me feito guloso e insaciável
por viveres tão oculta
e não me teres revelado tantos
segredos que quero desvendar
Mas eu te perdôo
sobretudo e principalmente
por me teres deixado
te amar
“Palavras que me dão liberdade
eu,
você
e nunca nós e, eu também te perdôo
por ter me feito acreditar
na felicidade, na existência do amor
E agora não creio mais
todas as possibilidades você me tirou
mas eu também te perdôo”
canta vitória
com riso chorado
e mata a vitima de amor
“Quem é a vitima?”
Eu...
“Se falasse comigo agora
não saberia quem sou
posto que de tanto amor por ti
minha vida evaporou”
Por isso moço...
meu coração te perdoou.
Fonte:
Silviah Carvalho.
4 comentários:
Estava lendo agora a pouco no seu blog, um outro dueto com outro poeta, gostei muito, acho legal esta união em prol da poesia, que cada dia fica melhor.
Que bom! Escrever com Aparecido é uma viagem entre a poesia e o humor.
obrigada.
Explendido, um final feliz.
Belissimo! parabéns pelo dueto, saiu maravilhoso.
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